Trigésimo sexto Festival de Cinema Nacional de Fajr
Parstoday- Cinema Nacional de Fajr é a celebração anual do cinema iraniano e a reunião de entusiastas deste outras artes em Teerã. Agora, lhes oferecemos uma breve descrição da 36 edição deste evento cinematográfico.
O Festival de Cinema Nacional de Fajr é o evento deste ramo artístico mais importante que se celebra em Teerã desde princípios de fevereiro de 1983. O Ministério de Cultura e Orientação Islâmica, desde um princípio, tem estado encarregado de organizar estes eventos e agora tem posto em marcha a 36 edição. Desde o começo até o décimo terceiro período, este festival mostrava só a produção anual do cinema iraniano. Mas após a edição 13 começou a incluir uma seção internacional com filmes de diversas partes do mundo. Em 2015, o Festival de Cinema de Fajr dividiu-se em dois e, desde então, celebra-se de forma independente o Festival Internacional de Cinema Nacional de Fajr iraniano em fevereiro. Nas seções de concorrência, os participantes procuram fazer com um prêmio especial chamado "Simorgh Blorin" (Fénix de Cristal).
No 36º Festival de Cinema Nacional de Fajr tentou-se levar a paixão deste evento a todos os centros provinciais onde se estrearam os filmes. Também, teve um espetáculo gratuito para meninos e adolescentes. Os filmes estrearam-se em 31 salas de cinema de Teerã com a presença de artistas, produtores e público em general.
Na cerimônia de inauguração rendeu-se homenagem a quatro personagens, ao saber, o diretor de fotografia iraniana, o falecido Ali Moalem (crítico e produtor); Manouchehr Esmaeili (locutor e ator de dobragem); Mohammad Ali Najafi (diretor e produtor); e Akbar Abdi (ator).
25 longa-metragens , animações e documentários competiram no concurso de cinema iraniano do 36º Festival Nacional de Cinema de Fajr. Desta cifra, um terço dos filmes baseou-se em temas da defesa sagrada e os grupos takfiri, como Daesh.
O filme Sarve zir ab (Cedro debaixo de água), dirigido por Mohammad Ali Bashe Ahangar, versa sobre os mártires anônimos e os eventos que tiveram lugar na mesquita em Ahvaz. O filme Bomb: Asheghane (Bomba, uma história de amor), dirigida por Peyman Moadi, remonta-se ao período da guerra imposta em Teerã. Tangue Abu Qoraib (Estreito perdido), dirigido por Bahram Tavakoli, aborda a resistência do batalhão de Ammar para preservar um área nos últimos dias da guerra imposta, nesta obra, um dos pontos sensíveis é que o inimigo tinha a intenção de cruzar e chegar às principais cidades e estradas do Irã.
Os recentes eventos da região e as ações de Irã são tão importantes, que se precisam anos para as analisar e conhecer. A luta generalizada e complexa do Irã e seus aliados na guerra contra o EIIL (Daesh, em árabe) em alguns poucos anos tem estado sob controle desde uma situação crítica. Hoje, graças à resistência do povo da região, alguns dos Estados, bem como o martírio de um grande número de defensores do santuário, Daesh já não domina e tem perdido o controle. No entanto, é muito sentida a necessidade de mostrar parte da resistência e os sacrifícios da juventude iraniana na batalha contra os terroristas.
Vários diretores de cinema iranianos centraram-se nos acontecimentos da região e têm produzido obras sobre Daesh e suas ações e a formação destes terroristas. Os filmes mais destacados e atraentes, neste âmbito são Bê vaghte Sham (Na hora do jantar), dirigida por Ibrahim Hatamikia.
Hatami Kia, que no filme Khakestar Sabz (Cinza esverdeado) mostrou uma resposta artística ao massacre de muçulmanos no coração da Europa durante a guerra da Bósnia, uma vez mais, em seu trabalho "Na hora do jantar" mostrou a brutalidade e violência de Daesh contra o povo sírio.
O começo do filme narra o assédio de Foe e Kafaryast, mas continua em Palmira (Tadmir). Dois pilotos iranianos têm uma missão de salvar um número de gente da cidade de Tadmir, que se encontra baixo assédio de Daesh e a história termina com seu confronto com os terroristas. O diretor tem pôde estudar as atitudes e o comportamento dos opositores sírios e dos terroristas. Em seu filme, o diretor aborda os jogos mediáticos de Daesh que alguma vez alguém pensou que eram verdadeiro.
"Na hora do jantar" mostra que pára Daesh, mais importante que a violência, é a incitação à violência e a imagem fatal de qualquer resistência e oposição contra eles que, em sequências dramáticas, culmina com decapitações.
O filme "Caminhão", dirigida por Kambouzia Partovi, é outra obra cinematográfica sobre o tema de terroristas e Daesh. Um caminhoneiro iraniano leva a uma família de curdos iraquianos a Teerã para encontrar o pai da família. O diretor, sobre este filme, diz: "A história é sobre a deslocação de uma mulher izadí. Em um verão recente, fomos testemunhas da deslocação de mulheres e meninos izadíes que se refugiaram nas montanhas. Neste filme tentei seguir seus destinos no meio do inverno, a neve e o frio". O diretor agrega: "Todos os dias, somos testemunhas de naufrágios e mortes de refugiados em todo mundo. Ao produzir este filme, quero dizer que podemos ser um bom refúgio o um para o outro, já que albergar aos demais é uma oportunidade para todos".
O filme "O imperador do inferno", dirigida por Parviz Sheikh Tadi, mostra uma história sobre os terroristas. Neste ano, Parviz Sheikh Tadi levou seu nono longa-metragem ao 36 Festival de Cinema Nacional de Fajr. "O Imperador do Inferno" critica os crimes da família real saudí e sua relação com a expansão de Daesh e a corrente takfiri, bem como os movimentos extremistas na região, Europa e Estados Unidos. O filme trata sobre alguns muftís e suas estranhas fatwas no nome do Islã. O objetivo deste guion é estudar que parte do mundo está doente e nos enfrenta a crise. Sheikh Tadi, o diretor do filme, anteriormente, tem feito um filme similar, "Caçador no sábado" na que também atuou Ali Nasirian. A presença de Ali Nasirian em seu novo filme, promete algo interessante no campo da atuação. Ademais, o trigésimo sexto festival pode presenciar o ressurgimento de um dos maiores atores na história do cinema iraniano. Cabe mencionar que a corrente takfiri, considerando o conteúdo do filme, através de seus meios, a atacou e a descreveu como uma obra perigosa.
As documentária "Mulheres com pendentes de pólvora", dirigido por Reze Farahmand, também aborda o tema de Daesh e as mulheres que têm sido hostigadas por este grupo terrorista. A trama deste filme trata de uma jornalista iraquiana que, durante a guerra, conhece mulheres e meninos deslocados por Daesh e, junto a eles, entrou em um acampamento de famílias estrangeiras e iraquianas de Daesh. Após chegar ao acampamento, fala com as mulheres vítimas dos terroristas. Neste documentário, podemos ver a mulheres e meninos que têm sofrido nas mãos de Daesh. A cada um das personagens vive de maneira diferente na cidade de Kuju, que é o lugar onde foram masacrados os izadíes. Estes acampamentos pertencem às Nações Unidas. Daesh devolve os estrangeiros a seus países, mas se são iraquianos, estes devem esperar para ver que decisão tomam. Não há homens nestes campos, eles escaparam ou foram assassinados.
A câmera deste documentário trata de mostrar a realidade, por mais crua que seja, e a decisão final depende da audiência. Inclusive nas documentária "Mulheres com pendentes de pólvora" vemos a mulheres de Daesh que querem abandonar a banda.
O trigésimo sexto Festival de Cinema Nacional de Fajr, conclui o 11 de fevereiro, com o aniversário da vitória da Revolução Islâmica, com uma cerimônia de premiacão de obras e autores.