Set. 13, 2018 15:19 UTC
  • A manifestação do Alcorão na Revolta do Imam Hussein (AS) (3)

Pars Today- Iniciamos o 3º episódio do nosso Muharram Especial “A manifestação do Alcorão na Revolta do Imam Hussein(AS)”, na esperança que este amado líder mártir, possa nos orientar para o caminho da verdade e dignidade humana, conforme está traçada nas palavras divinas reveladas em o Alcorão Sagrado.

 

Imam Hussein (SA), como o neto e o 3º herdeiro infalível do Profeta Mahammad (Bênçãos sobre ele e sua descendência), que derivaram sua liderança de o Alcorão Sagrado com base na proclamação histórica do Profeta em que tinha designado o seu pai Imam Ali ibn Abi Taleb (AS) como o seu sucessor, isto aconteceu  no memorável dia de Ghadir-Khom em 10 Hégira lunar (HL) com base na revelação do versículo 67 da Surata al-Maedah em que Deus diz: “Ó Mensageiro! Proclame o que foi enviado a você do seu Senhor, e se você não o fizer, você não terá comunicado a Sua mensagem, e Allah o protegerá do povo. Na verdade, Allah não guia o destino infiel. ”

O Profeta havia saudado seus dois netos em palavras explícitas: “Hassan e Hussein são os principies dos Jovens do Paraíso”.

Isso é indicativo dos méritos dados por Deus da descendência do Profeta. No ano 40 HL, cerca de seis meses após o martírio de Imam Ali, o seu progênie mais velho e sucessor, Imam Hassan (AS), percebendo a fé inconstante dos iraquianos e as sua desatenções pelas diretrizes islâmicas em que estavam sendo enganados pelas ameaças e subornos dos inimigos, decidiu assinar um Pacto com o rebelde governador da Síria, o Muawiya em certas condições, incluindo o retorno do governo do estado islâmico para ele, e se ele não estivesse vivo, para seu irmão mais novo, Imam Hussein (AS).

Assim, quando Muawiya violou todas as cláusulas do tratado e em seu leito da morte designou seu filho libertino e ímpio Yazid como califa. Imam Hussein (AS) não sentiu outra escolha a não se revoltar, conforme os mandamentos de Deus no Alcorão Sagrado, a fim de salvar o Islã, cujos preceitos estavam sendo distorcidos pelo opressivo e corrupto regime omíadas.

Imam Hussein (AS), não só através de seus discursos expostos os crimes do regime ímpio Omíada, mas preparado para lutar até o último momento de sua vida. Talvez a declaração mais expressiva do Imam Hussein (AS) ao explicar o motivo principal de sua insurreição seja o famoso ditado de que ele estava se levantando para reformar a Ummah de seu avô, sobre o princípio corânico de ordenar o bem e proibir o mal, conforme o Profeta e Imam Ali (AS), tinham sempre enfatizando. As declarações do Imam derivam dos ensinamentos do Alcorão Sagrado que, em vários versículos, ordenou explicitamente que fizéssemos o bem e proibissem o mal, como acontece com o versículo 104 da Surata Aal-e Imran: "Tem de haver uma nação entre vocês convocando para o bem, oferecendo o que é certo, e proibindo o que está errado."

A lógica do Imam Hussein (AS) desde o início de seu movimento até o martírio, foi resistência e luta contra os malfeitores. Em todos os seus sermões e discurso proferidos, ele se concentrou no princípio fundamental da fé em Deus e na implementação prática do mandamento do Alcorão de “ordenar o bem e proibir e desencorajar o mal”.

Quando o Imam enfrentou um destacamento de tropas enviadas contra ele lideradas por comandante do exercito do inimigo, o Hurr e compostas pelo povo desleal de Kufa, que lhe escreveu cartas para ir ao Iraque salvá-las do regime de omíada, ele disse: Não se vê que a verdade não é implementada e a falsidade não é impedida? As circunstâncias garantem aos fiéis a ascensão por amor a Deus. Imam Hussein (AS) chamou a atenção para o mandamento do santo Alcorão para a reforma da sociedade.

Ele citou o Profeta dizendo: “Qualquer um que veja um governante opressor convertendo lícitas e proibidas por Deus permitida, impedindo os lícitos e permitidos, opondo-se à tradição do Profeta e tratando os servos de Deus com ódio e hostilidade, mas não mudar tais violações através de palavras e ações, Deus irá puni-lo com um doloroso tormento. Portanto, cuidado com os yazid que está seguindo a Satanás e eu sou a pessoa mais digna para mudar essa situação.

Imam Hussein (AS), recusando-se a dar lealdade ao governo ilegal de Yazid após a exigência do governador omíada Walid ibn Otbah e discordância com a malvado do Marwan ibn Hakam, decidiu deixar sua cidade natal Medina na noite do dia 28 Rajab 60 HL , juntamente com seus familiares e alguns companheiros leais.

Ao deixar a cidade de Medina e despedir-se do túmulo de seu avô, o Profeta, ele lembrou a situação mais ou menos semelhante do Profeta Moisés, que à noite foi para o deserto para escapar da opressão dos faraós.

Imam Hussein (AS) recitou o versículo 21 da Surata Qassas, que diz: “Então ele deixou a cidade, temeroso e vigilante. Ele disse: “Meu Senhor”! Livra-me do mal”.

Passado seis dias, o Imam Hussein (AS) chegou a Santa Meca, no dia 3 do mês islâmico de Shaban, e com um profundo e explícito suspiro, ele comparou novamente sua situação com Profeta Moisés quando este alcançou Midiã e recitou o versículo 22 da Surata Qasas: “E quando ele virou o rosto para Midiã, ele disse: 'Talvez meu Senhor me mostre o caminho certo.”.

A insurreição contra a opressão foi uma das tarefas mais importantes que Deus indicou ao Profeta Moisés, dizendo-lhe que não ficasse calado diante da opressão e corrupção do Faraó, e que se levantasse contra ele para salvar o povo, como é evidente no versículo 24 da Surata Ta Ha: “Vá a Faraó. Ele realmente se rebelou”.

Imam Hussein (AS) também condenou o silêncio da sociedade de seu tempo, destacando um dos objetivos mais importantes de sua revolta como Jihad ou combatendo no caminho de Deus, semelhante à revolta de Moisés contra a corrupção e opressão do faraó.

O Imam propagou assim a cultura da resistência contra a opressão, a fim de preparar o caminho para a disseminação da justiça social na sociedade em nome de Deus, como o Profeta e o seu pai haviam feito. Ele foi chamado para enfrentar o martírio, a fim de despertar as sociedades humanas do sono e desatenção.

 

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