Deserto de Lut, primeiro fenômeno natural do Irã registrado na lista mundial da UNESCO
O quadragésimo período de sessões do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO reuniu-se em Estambul mas devido à instabilidade política nesta cidade turca teve que encerrar seus trabalhos .
Segundo uma programação, que estava prevista para o dia 10 até 20 de julho sobre estudos e arquivos de paisagens naturais e culturais, três dias antes de finalizar foram suspensa e teram continuidade no próximo outubro, esse estudo em Paris.
Na sessão da cláusula da quadragésima sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO foi registrado o deserto de Lut, no sudeste do Irã . O deserto de Lut ocupa o quinto lugar iraniano que figura na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, depois de alguns dias que foram inscritos três aquedutos (Qanat) na província de Kerman nesta lista. Arg-e- Bam (a cidadesinha de Bam), o jardim de Shahzadeh Mahan e a aldeia de grutas de Meymand têm sido registradas diantes na lista da UNESCO. Agora, com o rendimento do deserto de Lut, a província de Kerman, tem o maior número de lugares do Irã inscritos na lista de patrimônio mundial da UNESCO.
O deserto de Lut tem cumprido com certos critérios para poder ser inscrito como patrimônio mundial da UNESCO, assim confirmaram os experientes desta agência da ONU em seus relatórios. Durante a reunião de Estambul, os participantes ficaram impressionados pelas fotos deste deserto iraniano. O deserto de Lut é o primeiro patrimônio natural do Irã na Lista do Patrimônio Mundial e o vigésimo primeiro registrado pela UNESCO.
O Irã é um dos poucos países em que os espaços naturais representam uma grande proporção de seu território. Segundo estudos, quase o 65 por cento do Irã possui clima seco e ultra seco o qual são condições para a formação de desertos. Este fenômeno deve-se à latitude geográfica especial na qual o nível de evaporação é muito maior do que a chuva, dando passo a massas de ar seco, a evaporação da água e inclusive a umidade da terra. A intensa evaporação provoca precipitações e a eliminação de sais bem como a formação de crostas que cobrem a superfície da terra. Nestas terras, devido à saturação dos minerales, não crescem plantas e só podem crescer certas espécies adaptadas a terras com alto teor de sal. De modo que desfrutar do deserto nu de vegetação é uma de suas importantes características.
O deserto de Lut também se conhece como "Kavir", que significa sem vegetação. Enquanto os semi-desertos conhecem-se como "biaban", isto é escasso de vegetação.
O deserto (Kavir) de Lut cobre ao redor de 175 mil quilômetros quadrados. Está situado no nordeste da província de Kerman entre as duas distorça Nahbandan (leste) e Naiband (oeste) e equivale a quase 10 por cento de todo o território do Irã.
80 por cento do deserto de Lut encontra-se na província de Kerman, o resto nas províncias de Khorasan do sul e Sistão wa Balutschestan. De norte a sul, o deserto de Lut mede uns 900 km e de oeste a leste,de 300 km.
O ponto mais baixo deste deserto encontra-se a 190 metros baixo ao nível do mar (Lut central). Lut tem sido o lugar de grandes e importantes terremotos. Nas saias das montanhas encontraram-se restos humanos que pertenceram ao período de 4000 antes de Cristo.
A periferia mais povoada do deserto de Lut é conhecida como Shahdad, que há muito tempo era chamada de Chabis. O vale Sirtsch era uma zona residencial do mesmo nome que constituem uma das paisagens verdes mais belas na borda deste deserto misterioso.
Entre os anos 2004-2009 (excepto em 2008), o deserto de Lut era a zona mais quente da superfície terrestre, sobretudo, em 2005 registrou a máxima temperatura de 70,7 ° C. Os cientistas afirmam que as altas temperaturas se devem à cor escura e secura da Terra nessa zona que causa a absorção dos raios do sol.
O historial das civilizações humanas no deserto de Lut datam do terceiro milênio antes de Cristo. A antiguidade de cinco mil anos se refrenda com a descoberta de 3000 monumentos históricos na região, como dezenas de castelos, caravansares, depósitos de água e os ecossistemas associados à natureza virgen, o que causou que esta região fosse conhecida como "o diamante dos desertos no mundo".
O deserto de Lut divide-se em três unidades geográficas, Lut norte, centro e sul. No sul a vegetação é mais rica. Nesta ampla área além das atrações históricas, podem ser observado atraentes naturais singulares como "kalut" de Shahdad (montanhas de areia), plantas únicas e espécies de animais raros. O professor de Geografia da Universidade de Viena, Startil Sauer, foi o primeiro pesquisador que aproveitou de seu automóvel para estudar o deserto de Lut durante os anos de 1931 até 1933 cristão.
Sauer publicador de vários livros em idioma alemão com respeito a morfología e suas condições climáticas. Na bacia central do deserto de Lut não cresce por embaixo da linha de nível 550 m nenhuma planta porque o solo é muito seco. No grande deserto de sal (Kavir) o solo é tão salgado e calcário que inclusive as plantas que toleram um maior conteúdo em sal, já não é capaz de prosperar. Isto vemos especialmente no Lut central.
O deserto de Lut é o palco dos melhores fenômenos extraordinários do mundo. A cidade terrón maior do mundo, que desde longe parecem ruínas de uma grande cidade situada nesta região. Este deserto também alberga altas dunas. Enquanto as dunas mais altas conhecidas, de uns 300 metros de altura , estão na Líbia, em Lut, algumas dunas que chegam a 480 metros. Há 40 cones vulcânicos quaternários no deserto de Lut.
Ademais, grandes extensões de areia que são de cor Marron claro e cinza passando por uma faixa de cores negras. Outra maravilha excepcional de Lut é a existência ao lado oeste das maiores Nebkhas (microdunas) do mundo. Quase uns 30 quilômetros de Shahdad existem arbustos e pequenas árvores de tamariscos, além de numerosas variedades de flores silvestres. Os Nebkhas crescem nos pontos mais quentes do mundo isto é em Shahdad e as vezes podem atingir os dez metros de altura. Enquanto os mais altos Nebkhas do deserto da África dificilmente chegam aos três metros. As terras entre Nebkhas estão cheias de areia. Nebkhas em geral crescem em uma superfície lisa onde o nível de areia deve ter uma média elevada de água subterrânea, ou deve ser preparada para a umidade suficiente para o seu crescimento. Os elementos que formam a Nebkha, são areia e argila.
Uma das particularidades singulares de Lut, além de ter as maiores formações rocosas e Nebkahs do mundo é a existência de um pólo de aquecimento nesta região. Segundo as investigações dos pesquisadores e geólogos neste lugar registram as temperaturas mais elevadas do planeta. O famoso pesquisador iraniano, Dr. Parviz Kordovani, em relação a Lut diz, segundo os relatórios existentes a temperatura média de Lut é mais elevada que as dos desertos de África e Nevada. Ele também acrescentou que não existe nenhum buraco na capa de Ozônio que cobre o deserto de Lut sendo uma das mais importantes capacidades deste grande plano. Portanto, os raios solares não só não são perigosos mas sim que têm a propriedade de tratamento. Nesta zona, a cem quilômetros de longitude e 50 quilômetros de latitude não se pode ser encontrado no mínimo rastro de vida, nem sequer a nível bacteriano. As equipes de investigações que têm viajado a esta zona, têm declarado que os alimentos que chegam a este deserto jamais se puderam e quando um animal morre, seu corpo não se decompõe. Porque o calor não o permite e o corpo antes de se deconpor seca-se .
O rio salgado é uma das atrações naturais de Lut, que lava a areia salina. Este rio é único e imortal que se encontra no interior de Lut. Durante o ano é muito caudaloso. A afluencia deste rio vem das montanhas do noroeste de Biryand e seu percurso é de 200 quilômetros que finaliza em uma mina de sal em Shahdad. A água deste rio é muito salgada e a cada vez que nos acercamos à cavidade central de Lut e pelos tranquilos cauces salgados faz se também com a vaporização da água que aumenta a espessura do sal.
Por isso ao lado das partes mais baixas do rio após muitos quilômetros não se vê nenhuma planta e antes de chegar à mina de sal de Shahdad a água do rio aumenta sua viscosidade de sal convertendo em uma matéria parecida ao yogurt. Apesar da aridez dos anos, a corrente de suas águas seguem-se vivas.