Consequências do califato autodenominado falso ‘estado islâmico’ em Mosul 1
(last modified Wed, 26 Jul 2017 12:08:58 GMT )
Jul. 26, 2017 12:08 UTC
  • Consequências do califato autodenominado falso ‘estado islâmico’ em Mosul 1

Crime contra a humanidade

O autodenominado califato no Iraque terminou com a recente recuperação de Mosul pelo Governo iraquiano.  A imposição falsa deste califato deixou muitos desastres e consequências para o povo iraquiano, especialmente para os residentes de Mosul. Consequências do califato autodenominado falso ‘estado  islâmico’ em Mosul estudamos este tema. Obrigado por acompanhar-nos.

O termo “crimes de lesão a humanidade” foi utilizado pela primeira vez pelos governos do Reino Unido, França e Rússia em 1915 para  condenar a matança de armênios nas mãos do Governo turco daquela época. No entanto, a primeira vez que foi processada uma pessoa por este tipo de crimes foi em 1945 no Tribunal Internacional de Núremberg. Na carta dos julgamentos de Núremberg, o assassinato, o extermínio, a escravidão , o exílio  e outros tratos desumanos antes ou durante a guerra, bem como  a perseguição de grupos religiosos, políticos ou raciais  definem-se como crimes contra a humanidade. Em 1946, o Tribunal de Tokyo também teve a mesma definição para os crimes de lesão a humanidade. O artigo 5 do Estatuto do Tribunal Penal Internacional da antiga Yugoslavia catalogou da mesma maneira os crimes contra a humanidade e, além dos casos que propôs o Tribunal Internacional de Núremberg, a prisão, tortura e a violência foram catalogados como este tipo de crimes. No entanto, a mais importante base teórica, que evidentemente define os crimes contra a humanidade está escrito no artigo 7 do Estatuto da Côrte Penal Internacional. além dos casos que propôs o Tribunal Internacional de Núremberg, a prisão, a tortura e a violação foram catalogados como este tipo de crimes. No entanto, a mais importante base teórica, que evidentemente define os crimes contra a humanidade se lê no artigo 7 do Estatuto da Côrte Penal Internacional.

Neste artigo lê-se;  " Segundo o artigo 7 do Estatuto, estes crimes compreendem qualquer dos seguintes atos quando se cometa como parte de um ataque generalizado ou sistemático dirigido contra qualquer população civil: assassinato, extermínio, escravidão , deportação ou translado forçado de população, ou outra privação grave da liberdade física em violação de normas fundamentais de direito internacional, tortura, violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada e qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável, perseguição de um grupo ou coletividade com identidade própria fundada em motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos, de gênero, ou outros motivos universalmente reconhecidos como inaceitáveis com arranjo ao direito internacional, em conexão com qualquer ato mencionado no presente parágrafo ou com qualquer crime  de concorrência da Côrte, desaparecimento forçado de pessoas, o crime de apartheid, outros atos desumanos de caráter similar que causem intencionalmente grandes sofrimentos ou tentam gravemente contra a integridade física ou a saúde mental ou física”.

Os crimes que  cometeram o grupo terrorista EIIL (Daesh, em árabe) durante os últimos três anos contra o povo iraquiano, especialmente em Mosul, estão evidentemente qualificados entre os pontos listados no artigo 7 do Estatuto do Côrte Penal Internacional. A característica mais resaltante de Daesh arraiga em que seus crimes atrocidades no Iraque que os cometeu sistematicamente de várias formas. De fato, Daesh no Iraque põe em seu alvo a dignidade humana. O assassinato, o primeiro ponto do artigo 7 do Estatuto do Corte Penal Internacional, tem sido exercido diariamente por Daesh nas zonas civis sob seu domínio, no entanto, o nível de matança tem sido tão horrível que essa é a primeira vez que se viu na era  contemporânea. Assassinatos em massa, pondo pessoas em fila e descarregando sobre ela  balas ou lhe disparando diretamente na cabeça, é uma das formas  terríveis como morreram os iraquianos, em particular em Mosul . Queima-a de pessoas vivas em jaulas, mataram  homens vivos com moto-serras , decapitações ou enterrar a pessoas vivas foram  as piores formas que havia usado Daesh para acabar com o povo iraquiano. De fato, a forma como tem assassinado Daesh aos cidadãos iraquianos são conceituados entre os outros pontos que inclui o artigo 7 do Côrte Penal como a tortura, o apartheid, o ataque em massa e organizado e outros atos desumanos de caráter similar que causem intencionalmente grandes sofrimentos ou atentem gravemente contra a integridade física ou a saúde mental ou física. Aparte disto, os cidadãos iraquianos, em diferentes formas, têm sido branco de torturas físicas e psicológicas. O corte de línguas, mãos e pés, ou a cegueira são as torturas mais violentas que tem usado Daesh no Iraque.

Os elementos de Daesh, na presença de suas famílias,  violentaram mulheres e meninas iraquianas de forma individual ou em grupo. O nascimento de crianças do Daesh é um dos mais sérios problemas de hoje no Iraque;   crianças que conhecem suas mães, e mães que não sabem como responder quando seus filhos lhes perguntam por seu pai!! A violência sexual, a gravidez forçada, a escravidão sexual e a esterilização humana são outros dos crimes contra a humanidade que estipularam no artigo 7 do Estatuto do Côrte Penal Internacional.

A deslocação forçada e o exílio são também outros dos mais severos crimes que  cometeram Daesh durante sua presença no Iraque, sobretudo contra a cultura izadí.  De fato, um dos  mais dolorosos crimes que foram cometidos pelos terroristas  Daesh  neste país árabe ocorreu quando atacaram a cidade de Sinjar em agosto de 2014. Os terroristas assassinaram os homens izadíes e capturaram às mulheres e  meninas e depois puseram-nas em venda como escravas. Os izadíes que conseguiram escapar desta barbaridades se refugiaram nas montanhas de Sinjar e passaram semanas em péssimas condições sem  água nem alimentos, pelo que um número deles morreram de fome e sede. A publicação de fotos de mulheres e meninos famintos e sedentos nas montanhas, lutando contra  a morte, rompia o coração de todos, mas era agradável aos olhos dos terroristas de Daesh  já que provocava medo e era isso o que eles estavam procurando.

Outros crimes contra a humanidade que cometeram os terroristas maus, chamados islâmicos de Daesh tem usado os seres humanos como  escudo. De fato, os terroristas desta banda para sair de qualquer pressão ou bloqueio das forças armadas e de segurança utilizavam a seres  humanos como escudo o que tem causado o aumento da cifra de mortos iraquianos. Os terroristas de Daesh, inclusive, em algumas zonas de Iraque, para escapar das forças iraquianas, obrigavam aos cidadãos a mover-se juntos com eles para se proteger e não permitir que os soldados iraquianos possam atuar abertamente.

Os terroristas de Daesh, para colocar medo e pânico, realizaram  operações suicidas e colocar bombas em lugares muito aglomerados como mercados e centros de saúde. A seleção destes lugares causou o aumento do número de vítimas  e intensificou a atmosfera de medo em várias partes do Iraque.

Não há estatísticas detalhadas sobre o número de mortos, feridos e deslocados em três anos do califato de Daesh autodenominado falso estado islâmico no Iraque, mas segundo o relatório do mês de julho de 2017 da Unicef, nos três anos da presença de Daesh no Iraque, morreram 1075 crianças , desta cifra 152 casos  ocorreram nos primeiros seis meses deste ano.  Ademais, 1130 meninos foram mutilados ou feridos. No final de 2016, 40 milhões 300 mil pessoas  foram deslocadas como resultado dos conflitos e a violência em todo mundo dentro de seus próprios países, dos que 3 milhões eram iraquianos e a maioria teve lugar nos três últimos anos pelos crimes de Daesh. Só em 2016, 660.000 pessoas ficaram sem lar em Iraque.

Para finalizar esta , cabe dizer que nos três anos do domínio de Daesh no Iraque, "a morte da humanidade" foi controlada nas zonas pelos criminosos e talvez a geração atual e as futuras em todo mundo não sejam testemunhas de crimes tão atrozes como os que têm perpetrado os terroristas de Daesh. De fato, seria bom que o mundo chegue à fronteiras da justiça e julgue aos criadores e seguidores destes criminosos, mas surge esta importante pergunta: qual havia sido o objetivo da criação e o apoio de Daesh que tem rebaixado o lugar da humanidade?

 

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