Surata Bácara (a Vaca), versículos 238-244
Os seguidos comentários dos versículos 238 e 239 da surata de Bácara se falam da nutrição sadia do corpo e da alma do homem e a sua influencia no seu comportamento físico e mental.
حافظوا على الصلوات والصلاة الوسطى وقوموا لله قانتين
Observai as orações, especialmente as intermediárias, e consagrai-vos fervorosamente a Allah. (238)
فإن خفتم فرجالا أو ركبانا فإذا أمنتم فاذكروا الله كما علمكم ما لم تكونوا تعلمون
Se estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando; porém, quando estiverdes seguros, invocai a Allah, tal como Ele vos ensinou quando não o sabíeis. (239)
O homem saudável é um homem que o seu corpo e o seu espírito desfrutam constantemente de conveniente nutrição, se nosso corpo não receba alimento, enfrentaremos deficiência e adoecemos, o nosso espírito também é assim e para desenvolver e aproximar a origem da existência necessita de uma relação contínua com o seu Criador, neste caso fazer adoração (salta) é um fato obrigatório, tal como as fazes das refeições diárias, todos os dias e em várias vezes por dia para que o nosso corpo e espírito, simultaneamente, alcancem ao desenvolvimento e perfeição, para que o espírito fique longe de impurezas e encontrar a frescura. Os versículos do Alcorão enfatizam na proteção e realização deste preceito divino em todos os estados, mesmo em guerra e no temor do inimigo, mas uma vez que neste estado a realização desta disposição (a oração) não é possível em todas as condições, por isso o Islã aceita essa percepção de qualquer forma possível. A partir destes versículos aprendemos que a necessidade do homem de fazer a oração é permanente e contínuo, inclusive no estado da guerra. A necessidade da oração não é apenas um obstáculo no caminho de defender ou lutar, mas sim motiva de fortalecimento do poder e da moral da pessoa combatente. Agora lemos os versículos de 240, 241 e 242 do surata Bácara:
والذين يتوفون منكم ويذرون أزواجا وصية لأزواجهم متاعا إلى الحول غير إخراج فإن خرجن فلا جناح عليكم في ما فعلن في أنفسهن من معروف والله عزيز حكيم
Quanto àqueles, dentre vós, que falecerem e deixarem viúvas, a elas deixarão um legado para o seu sustento durante um ano, e residência. Porém, se elas voluntariamente abandonarem as residências, não sereis responsáveis pelo que fizerem, moderadamente, de si mesmas, porque Allah é Poderoso, Prudentíssimo. (240)
وللمطلقات متاع بالمعروف حقا على المتقين
Proporcionarem o necessário às divorciadas (para a sua manutenção) é um dever dos tementes. (241)
كذلك يبين الله لكم آياته لعلكم تعقلون
Assim Allah vos elucida os Seus versículos, para que raciocineis. (242)
Esses versículos outra vez se referem à família e recomendam às mulheres cujos maridos têm morto e se têm divorciado dele e primeiramente diz: Se a mulher por respeite ao seu marido morto não se case novamente e durante um ano e quiser ficar em sua casa, tem que lhe fornecer uma vida digna e ninguém pode tira-la da casa do seu marido, se após a conclusão de 4 meses e 10 dias quiser se casar com outro homem, ninguém pode impedir e ela é livre na escolha de seu novo marido, logo diz: os homens crentes ao separar da sua esposa, pagam um bom dote a ela para recompensar uma parte dos seus problemas e decepções. A partir destes versículos ficamos sabendo que: O Islã tem prestado muita atenção aos direitos das mulheres na família e considera necessário a fornecer os meios adequados da vida, mesmo após a morte do seu marido ou divorciar-se dele. A mulher é livre na escolha de seu novo marido, digna para si e deve ser protegido o seu caráter e reputação na família. Agora vamos ouvir os versículos 243 e 244 da surata Bácara:
ألم تر إلى الذين خرجوا من ديارهم وهم ألوف حذر الموت فقال لهم الله موتوا ثم أحياهم إن الله لذو فضل على الناس ولكن أكثر الناس لا يشكرون
Não reparastes naqueles que, aos milhares, fugiram das suas casas por temor à morte? Allah lhes disse: Morrei! Depois os ressuscitou, porque é Agraciante para com os humanos; contudo, a maioria é mal agradecida. (234)
وقاتلوا في سبيل الله واعلموا أن الله سميع عليم,
Combatei pela causa de Allah, e sabei que Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo. (244)
Estes versículos primeiramente defendendo a história de uma tribo que não estava disposto a defender sua religião e escola perante os inimigos e que pretendiam abandonar o seu território, mas Deus para fazê-los entender que a morte não é apenas na frente da guerra, mas sim é possível que o homem morra em qualquer lugar, faze-lo morrer e logo o ressuscita para que seja avisada a geração futura. Depois, dirigindo aos muçulmanos e diz: tirar uma lição deste evento e saibam que a fuga da frente não significa fuga da morte, mas sim, é possível que a mesma fuga motiva a ira e o castigo divino, pois é melhor lutar com os inimigos da religião e saber que Deus está ciente de todas as dificuldades da guerra e não deixa os combatentes sem recompensa. A partir destes versículos aprendemos que: 1. Ressuscitar aos mortos no dia da ressurreição é algo possível, já que o Deus neste mundo tem ressuscitado repetidamente os mortos. 2. Talvez se possa escapasse da cena da guerra, mas não significaria a fuga da vontade e o desejo divino. 3. A guerra santa é para defender a religião de Deus e não a expansão, exibindo o poder, dominar um país ou impor uma opinião.