Surata Al Imarn (Família de Imran), versículos 8 -13
Em nome de Deus, Saudamos os nossos ouvintes de programa “A estrada para a Luz”, e como costume, no início vamos escutar os versículos 8 e 9 de Surata Al Imran.
رَبَّنَا لاَ تُزِغْ قُلُوبَنَا بَعْدَ إِذْ هَدَيْتَنَا وَهَبْ لَنَا مِن لَّدُنكَ رَحْمَةً إِنَّكَ أَنتَ الْوَهَّابُ
(Que dizem:) Ó Senhor nosso, não desvies os nossos corações, depois de nos teres iluminado, e agracia-nos com a Tua misericórdia, porque Tu és o Munificente por excelência. (8)
رَبَّنَا إِنَّكَ جَامِعُ النَّاسِ لِيَوْمٍ لاَّ رَيْبَ فِيهِ إِنَّ اللّهَ لاَ يُخْلِفُ الْمِيعَاد
Ó Senhor nosso, Tu congregarás os humanos para um dia indubitável, e Allah não falta com a promessa. (9)
No programa anterior, referimos que segundo Alcorão os cientistas estavam divididos em dois agrupamentos, ou seja, um grupo que foi desviado do caminho divino e segue a distorção dos significados e conceitos do Alcorão para que atribuam seus temas e considerações ao livro divino, e o outro grupo que é aquele que se aproveitou da verdadeira ciência e alcançou a profunda sabedoria, uma vez que este grupo se rende absolutamente a Deus e a seus mandatos sem criar mudança ou distorção nos versículos, alcançando as verdades dos versículos e os define se necessário, mas o homem sempre se expõe ao perigo de desvio, por isso nestes versículos, os cientistas ainda que desfrutem de ciência e da fé, todavia pedem a Deus que impede aos seus corações a provocação de qualquer desvio; para que não se enfrentam com os que têm enfrentado o primeiro grupo.
Eles sempre pensam no dia da ressurreição e não atribuem sem motivo algo a Deus, já que sabem que existe um juízo final e tem de responder ao que diz na Corte divina e isso é um tribunal que não aceita qualquer profanação, porque isto viola a promessa, quer por esquecimento, pelo arrependimento, pela incapacidade ou temor, nada disto não é aceito por Deus.
A partir destes versículos ficamos sabendo que:
Em primeiro lugar, não devemos se orgulhar por nossa ciência e fé, porque são muitos cientistas que, em vez de servir, tinham traído e, finalmente, havia muitos crentes que morreram, sendo infiéis e descrentes.
O sinal da verdadeira ciência é apresentar atenção a Deus e pedir ajuda a sua corte. Agora vamos ouvir versículos 10, 11 e 12 da Surata a Família de Imran:
إِنَّ الَّذِينَ كَفَرُواْ لَن تُغْنِيَ عَنْهُمْ أَمْوَالُهُمْ وَلاَ أَوْلاَدُهُم مِّنَ اللّهِ شَيْئاً وَأُولَـئِكَ هُمْ وَقُودُ النَّارِ
Quanto aos incrédulos, nem as suas riquezas, nem os seus filhos, de nada lhes servirão ante Allah, e serão combustíveis do inferno. (10)
كَدَأْبِ آلِ فِرْعَوْنَ وَالَّذِينَ مِن قَبْلِهِمْ كَذَّبُواْ بِآيَاتِنَا فَأَخَذهُمُ اللّهُ بِذُنُوبِهِمْ وَاللّهُ شَدِيدُ الْعِقَابِ
Terão a mesma sorte do povo do Faraó e dos seus antecessores, que desmentiram os Nossos versículos; porém, Allah os castigou por seus pecados, porque Allah é Severíssimo na punição. (11).
قل للذين كفروا ستغلبون وتحشرون إلى جهنم وبئس المهاد
Dize (ó Profeta) aos incrédulos: Sereis vencidos e congregados para o inferno. Que funesto leito! (12)
Deus nestes versículos dirigindo-se a Profeta e aos muçulmanos dizendo que a riqueza e o poder dos infiéis não motivem sua surpresa, uma vez que este apenas está neste mundo e na ressurreição nenhum deles servirá aos ateus e incrédulos.
Uma vez que os corpos dos infiéis são combustíveis ao fogo, pois nada pode levá-los longe do fogo. Então, Deus adverte aos muçulmanos que não imaginam que apenas em seu tempo existem infiéis a Deus e seu livro, e estão combatendo com eles. Mas ao longo da história, diferentes povos e tribos foram infiéis e seguiram tal abordagem diante a verdade, mas não podiam anula-la, eles mesmos foram anulados, inclusive Faraó que foi o símbolo do poder, não poderia resistir nem um momento ante a cólera divina.
O último versículo é uma espécie de previsão do Alcorão em que Deus enuncia ao seu profeta que em breve os politeístas e infiéis de Meca e Medina serão reprimidos por ele. E recebem o seu castigo.
A partir destes versículos aprendemos que:
Em primeiro lugar, devemos saber que não nos servirão, nem nossos filhos, nem podendo fazer algo no dia da ressurreição e são os infiéis àqueles que veem a desnecessidade na fazenda e nas crianças.
Em segundo lugar, os pensamentos ateístas e as ações falsas mudam a identidade do homem e colocam o homem na linha de os objetos e se faz combustível para o fogo. Em terceiro lugar, cometer pecado é muito ruim, mas o pior é que quando o pecado torna-se parte do moral e do costume do homem que, neste caso, vai acabar em um mau destino e sorte.
Em quarto lugar, o ateísmo é condenado ao fracasso e finalmente à verdade prevalecerá e alcançará o triunfo.
Agora vamos ouvir o versículo 13 da Surata da Família de Imran:
قد كان لكم آية في فئتين التقتا فئة تقاتل في سبيل الله وأخرى كافرة يرونهم مثليهم رأي العين والله يؤيد بنصره من يشاء إن في ذلك لعبرة لأولي الأبصار
Tivestes um exemplo nos dois grupos que se enfrentaram: um combatia pela causa de Allah e o outro, incrédulo, via com os seus próprios olhos o (grupo) crente, duas vezes mais numeroso do que na realidade o era; Allah reforça, com Seu socorro, quem Lhe apraz. Nisto há uma lição para os que têm olhos para ver (13).
O profeta e os muçulmanos durante três anos viviam em Meca, sob a moléstia e o incómodo de os politeístas, até que os inimigos decidiram matar o profeta que Deus tinha enviado. O Profeta migrou de Meca para Medina; no segundo ano após a emigração na região de Badr, ocorreu uma batalha em que o número de muçulmanos era 313 e os ateus foram 1.000 pessoas, mas os inimigos deixando 60 prisioneiros obrigatoriamente aceitaram o fracasso.
Este versículo refere-se a socorro de Deus nesta batalha e diz. Deus mostrou-lhes duas vezes mais numeroso do que na realidade o era, de modo que eles entraram em pânico e assustaram e perderam o poder de resistir.
O início e o fim do versículo enfatiza este ponto que o auxilio divino em Badr e o triunfo do exército de justo sobre a falsidade devem-lhes servir como uma lição, para que não tenham medo por ser pequeno número de pessoas na frente e atuar e seguir o seu dever e Deus também iria auxilia-los desta forma.
A partir deste versículo aprendemos que:
A guerra em Islã é para Deus e para defender a religião divina e não para mostrar o poder, o expansionismo e domínio aos outros.
Um dos versículos invisíveis é que dá o temor ao coração do inimigo de modo que motiva que o inimigo enxergar dobro o poder dos muçulmanos e neste caso perder o seu poder de resistência.
Os acontecimentos que ocorrem ao nosso redor são todos os sinais divinos e lições para nós, mas somente aqueles que têm visão podem tirar lição com estes.
No final deste programa, pedimos a Deus que nos conceda a visão direita para ver as verdades como elas são e tenhamos essas lições da história dos antecessores para a vida de hoje.