Set. 08, 2017 13:01 UTC
  • Islamofobia no ocidente

Pars Today-Este programa é dedicado ao aumento da islamofobia nos EUA depois da chegada ao poder do presidente Donald Trump.

A islamofobia no Ocidente tem raízes em propagandas  antislâmicas realizadas durante muitos anos. Os governos ocidentais, aproveitando dos meios de comunicações e com o uso de percepções distorcidas de algumas correntes entre os muçulmanos, como o wahabismo, fizeram um planejamento de longo prazo para danificar a imagem do islã, esta religião pacífica e que defende a justiça.

O Hazrat Mohamad (que a paz esteja  com ele), como o útimo profeta de Deus foi quem completou os ensinamentos do monoteísmo dos profetas anteriores, desde o Hazrat Adão até Jesus cristo, deu início a sua missão através do convite. Este grande Profeta enfrentou-se com muitos obstáculos no caminho de cumprir com sua missão e perdeu  muitos de seus amigos. Inclusive após conseguir governar toda a península Arábica  e formar o grande Estado Islâmico, recorria ao convite e não à espada para completar sua missão.

Ninguém foi obrigado a converter se ao islã e aqueles que não abandonaram sua religião conviviam com os muçulmanos de maneira pacífica  e sob o refúgio do sistema islâmico. Inclusive ninguém tem a permissão de  invadir os seguidores do Islã ou violar seus direitos.

Todas as guerras  desencadeadas durante  dez anos do Governo do Hazrat Mohamad (P) na cidade de Medina foram contra os que atacaram os muçulmanos. Os muçulmanos comportavam-se tão bem com os cativos que haviam  participado na guerra contra muçulmanos  que na maioria deles se convertia ao Islã.

Na história desta religião, existem muitas que pertenceram à época do grande Profeta (P) sobre a defesa dos direitos dos que não eram muçulmanos e a eliminação da provável crueldade por parte dos muçulmanos. Talvez o Islã, com tais ensinos e mestres de moralidade e a filantropía, pode propagar o radicalismo, a violência e o terrorismo?

Se deixamos de lado os comportamentos de uma minoria na Síria,  Iraque e vários outros países, quem dedicam-se a cometer crimes sob o nome do Islã,  a maioria dos muçulmanos, particularmente a minoria muçulmana que vive em países não muçulmanos, figuram entre os mais pacíficos seguidores das religiões divinas.

As minorias religiosas dos judeus, cristãos e os seguidores de outras religiões que vivem em países muçulmanos realizam seus ritos livremente e convivem pacificamente com os muçulmanos. Na República Islâmica do Irã, as minorias cristãs, judaicas , asirias e zoroástricas têm seus representantes no Parlamento. Os grupos takfiries e terroristas são uma pequena minoria entre os muçulmanos e a atribuição de seus atos selvagem e seus crimes a contra todos os muçulmanos é resultado das propagandas e os complôs dos governos ocidentais em países muçulmanos no avanço de seus objetivos políticos.

Os governos e os meios de comunicações ocidentais, de maneira intencionada, atribuem os atos e os crimes dos grupos takfiries e terroristas contra as leis do Islã e apresentam esta religião como promotora da violência e o radicalismo. Donald Trump, o presidente dos EUA, é uma das personalidades que, depois de sua chegada ao poder, intensificou a islamofobia no Ocidente.

Recentes investigações revelam que, durante o último ano, quase a metade dos muçulmanos estadounidenses têm sofrido um tipo de discriminação racista. Os resultados de um telefonema , realizado nos EUA e com a participação de 1001 muçulmanos,  revelou que  48 por cento dos muçulmanos foram expostos a discriminações racistas. Esta investigação demonstra que  32 por cento destas medidas racistas se realizou em forma de ameaças verbais,em que 19 por cento dos casos, as forças de segurança dos aeroportos mostraram comportamentos de racismo, 18 por cento dos muçulmanos foram  insultados e o restante,  10 por cento, foram alvo de comportamentos de racismo por parte das forças governamentais.

A insegurança que sentem os muçulmanos estadounidenses devido à discriminação racista tem afetado sua vida quotidiana. Uma das dimensões desta investigação foi o ponto de vista dos muçulmanos sobre Trump.

Mais de 74 por cento dos participantes considera o presidente dos EUA como uma pessoa com pensamentos anti-islamicos. Segundo as cifras do Conselho de Relações Islâmica-Estadounidense, o número de grupos antiislamicos aumentaram de 34 em 2015 para 101 em 2016. Um destes grupos, é o grupo radical e antiislamico chamado “ACT for America”, (Ação para os EUA).

Aumento do ódio e radicalismo nos EUA com respeito às minorias

O diário Washington Post considerou em um relatório que o objetivo do grupo ACT for America é mostrar uma imagem antiestadounidense do islã e os muçulmanos. Este grupo se esforça em  demonstrar os muçulmanos como pessoas fora da lei. Recentemente, este grupo realizou dezenas de manifestações contra os muçulmanos sob o título de Protesto contra a lei islâmica (sharía)” em todo o país.

Em uma nota publicada em Washington Post, Khizer Khan, membro da junta diretiva de um grupo antirracista, escreveu que o objetivo destas ações é induzir esta alegação que a lei islâmica contradiz a Constituição dos EUA.

Segundo Brigitte Gabriel, fundadora do grupo ACT for America, quem acredita no Alcorão não pode ser cidadão fiel aos EUA Alguns dos cristãos estadounidenses que apoiam os republicanos, consideram o Islã como uma ideologia totalitaria e não uma religião e  acham que os muçulmanos não figuram sob a lei da liberdade das religiões. Estas propagandas antislâmicas têm provocado pensamentos negativos entre algumas classes dos EUA com respeito aos muçulmanos.

A pouco tempo , um alvo radical matou  dois estadounidenses de 53 e 23 anos em Portland, no estado de Oregón, por ter defendido a duas meninas muçulmanas desrespeitadas por estas pessoas racistas. Na Virginia, uma adolecente muçulmana foi atropellada mortalmente por um extremista enquanto caminhava com suas amigas em direção à uma mesquita. A polícia dos EUA alegando que o enfado provocado durante a condução foi a causa deste assassinato, mas na verdade é que esta vítima foi assassinada por estar usando  o véu islâmico.

O aumento da islamofobia nos EUA

Depois da chegada ao poder de Trump nos EUA, multiplicaram-se os atos racistas com respeito aos muçulmanos. Depois de sua chegada à Casa Branca, Trump proibiu a entrada dos cidadãos de seis países muçulmanos usando um protesto da luta contra o terrorismo. Estas políticas implantaram-se, enquanto durante nos últimos anos, os cidadãos dos países sancionados por Trump não terem, desempenhado nenhum papel nos atentados terroristas dos EUA, Irã é um destes países, no entanto, nos últimos anos, não se emitiu nem sequer um relatório sobre a violência dos cidadões iranianos nos EUA. Os iranianos residentes no território norte-americano consideram-se pessoas muito convergentes com este país. Trump  proibiu a entrada de cidadãos de seis países aos EUA sob  desculpa de lutar contra o terrorismo , depois de sua viagem a Arábia Saudita, em que assinou vários contratos rendendo centenas e milhares de milhões de dólares com os governantes  Al Saud. Cabe recordador que 15 dos 19 autores do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 foram cidadãos sauditas.  

Não obstante, não deve ser esquecido que as propagandas antislâmicas nos EUA têm causado também o aumento das solidariedades com os muçulmanos e a oposição à islamofobia. No próximo programa falaremos mais sobre este tema.

 

 

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