Set. 10, 2017 08:32 UTC
  • Islamofobia no ocidente

Pars Today- Neste programa analisamos o ataque a uma mesquita no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, e a reação dos muçulmanos sobre as medidas antislâmicas.

Na madrugada do sábado (5 de agosto),  inúmeros  muçulmanos havia  ido a uma mesquita na cidade de Bloomington, no estado de Minnesota, quando de repente a explosão de uma bomba assustou a todos, mas felizmente, o incidente não causou vítimas. A mesquita atacada é conhecida como o Centro Islâmico Dar Al-Farooq.  Mohamad Omar, responsável por este centro disse que anteriormente já tinham ameaças por telefone e correio eletrônico. Além de recordar que o Centro Islâmico Dar Al-Farooq previamente chamava-se Centro Familiar e de Jovens de al-Farooq, disse: "Toda a comunidade estava tranquila. Supunha-se que as pessoas estavam dormindo;   pacífico deveria estar tudo isso . Fiquei muito surpreso ao inteirar-me do que havia ocorrido ". Algumas horas após a explosão, um dos vizinhos desta mesquita, Rio Curtis dei Yang, depois de colocar flores e uma nota fora da mesquita Dar Al-Farooq, assinalou: "Meus amigos e eu íamos à mesquita durante o Ramadã e estávamos juntos com os muçulmanos". Agregou: “Atacar   mesquitas é como atacar igrejas, sinagogas e outros lugares sagrados de qualquer religião. Todos nós, estamos juntos com os muçulmanos. Mas todos nos Estados Unidos não pensam assim. Há uma clara diferença entre os muçulmanos e os que não são muçulmanos. Se bombardeassem uma igreja nos Estados Unidos considera-se um ataque terrorista. Donald Trump, alegando que esta guerra é contra o cristianismo, tem convertido estes incidentes não só em um dos assuntos  mais importantes dos Estados Unidos, mas também em todo mundo. Mas nos Estados Unidos em menos de uma semana atacam-se mesquitas e lugares públicos dos muçulmanos e não ocorre nada".

A princípios de agosto também ocorreu um ataque contra os muçulmanos em Minnesota. Um cemitério pertencente à comunidade islâmica  nos suburbios de Minneapolis foi atacado. Os agressores picharam as paredes usando termos ofensivos e romperam as cruzes. Mas isto é só uma pequena amostra de uma onda de ataques contra os muçulmanos nos Estados Unidos, especialmente desde que Trump chegou à Casa Branca. Nos primeiros meses de 2017, foram queimadas quatro mesquitas intencionadamente. Fotos de mezquitas destruídas em vários estados, em Flórida, Texas e Washington evocam as imagens das igrejas negras que foram queimadas por racistas nas últimas décadas.

A União de Liberdades Civis dos Estados Unidos  publicaram um mapa dos 50 estados onde se identificaram os últimos ataques contra mesquitas. Este mapa é muito surpreendente e a evidência de que não há um estado onde não tenha ocorrido um ataque contra as mesquitas. Apesar de que este fato é muito alarmante, não é raro que surja tal situação após a chegada de Trump. Os islamófobos nos Estados Unidos perseguem dois objetivos principais nos ataques a mesquitas e lugares dos  muçulmanos. Um, criar pânico e medo entre os muçulmanos e evitar sua presença nas mesquitas, e o outro, obrigar os muçulmanos  que respondam com ataques similares nos lugares de outras religiões para que os muçulmanos sejam chamados como antiestadounidenses . Para conseguir estes propósitos, os antislâmicos conseguirão seus objetivos principais que é demonstrar que os muçulmanos são terroristas e apresentar o Islã como uma religião extremista e violenta.

O fundador do grupo islamófobo, ACT for America (Ação para os EUA), Brigitte Gabriel, afirma que as pessoas que crêem no Alcorão não podem ser cidadãos fiéis de Estados Unidos. Alguns grupos anti-Islã, que apoiam aos republicanos, consideram que o Islã não é uma religião, mas sim uma ideologia totalitaria e, portanto, os muçulmanos não devem estar sob a lei de liberdade religiosa dos Estados Unidos. Com a tomada do poder de Trump, este grupo islamófobo tem recobrado força e a corrente antislâmica estão se fazendo mais potente. O aumento de ataques terroristas racistas contras os muçulmanos e a discriminação de imigrantes nos Estados Unidos são  reflexos do aumento da força da islamofobia nos Estados Unidos sob o pretexto da luta contra o terrorismo. No entanto, a reação dos muçulmanos aos atos de islamofobia tem sido muito inteligente. Os muçulmanos não têm entrado no jogo criado pelos islamófobos e centram-se em propagar um enfoque claro do Islã. Uma das medidas dos muçulmanos é abrir a porta dos centros islâmicos para todos cidadãos estadounidenses e responder às perguntas sobre os ensinos islâmicos.

Por iniciativa dos muçulmanos do estado de Illinois iniciaram  uma passeata dos muçulmanos pelos  Estados Unidos com o fim de familiarizar aos não muçulmanos com os ensinos do Islã. Dezenas de residentes de Illinois reuniram-se em uma mesquita para contestar  diretamente as perguntas sobre o Islã. A esta reunião na mesquita assistiram cidadãos norte-americanos de diversas religiões e diferentes grupos , muitos dos quais entravam pela primeira vez em uma  mesquita ou centro islâmico. Uma dos participantes Michelle Goydaynaf disse qual foi o motivo que a levou a participar nesta reunião dizendo assim: “No domingo passado na igreja, o sacerdote falou da unidade na sociedade e sublinhou que a amizade deve ir para além da igreja, e  minha presença neste local foi para fazer amizades com cidadãos  muçulmanos norte-americanos.  Outro participante na mesquita do estado Illinois declarou que, com as explicações do Imam das orações  de outros muçulmanos e ver de perto as atividades que se realizam nas mesquitas e centros islâmicos se resolveram muitas dúvidas que tinha em sua mente. Agregou que, por exemplo, agora sabe porque os muçulmanos para entrar na mesquita se tiram os  sapatos, porque se  prosternaran em suas mesquitas e porque estes lugares devem estar limpos e ordenados. O diretor do centro islâmico da cidade Dekalb, Mohammad Labady,  deu as boas-vindas a seus convidados não muçulmanos e frisou  em seu discurso sobre a importância das cinco orações diárias que devem realizar os muçulmanos  e respondeu a diversas questões. Explicou que nos países ocidentais, inclusive europeus e  EUA, se elegeu um dia para deixar as portas abertas das mesquitas e, neste dia, é permitida a presença de todas as pessoas de diversas religiões. Agregou que este programa se propôs tendo em vista elevar o conhecimento correto sobre o Islã e os muçulmanos.

Os resultados de novas investigações mostram que, enquanto o aumento do nível da islamofobia nos Estados Unidos, se incrementou o interesse do povo para conhecer o Islã e os muçulmanos e expressar sua simpatia e amizade com os muçulmanos. Os muçulmanos  também utilizam diversas iniciativas para introduzir o Islã a cidadãos norte-americanos. Ayaz Virgi, um médico de origem indiana de 42 anos de idade, nascido em Kenia, que viveu na Flórida  graduado na Universidade de Georgetown de Washington estava interessado em servir nas zonas rurais. Ele é  o primeiro muçulmano que desde há três anos vive na cidade de Dawson. Virgi diz que depois da eleição de Trump como presidente dos Estados Unidos, decidiu apresentar o verdadeiro Islã ao povo  para enfrentar as declarações anti-islamistas de Trump. Este médico, graças a Deus  tem servido fielmente a seus  pacientes conquistando assim muita  popularidade  e usa, justamente, esta popularidade para propagar o Islã verdadeiro.

Gilani Husein, gerente da sucursal do Conselho de Relações Estadounidenses-Islâmicas  no estado de Minnesota, para ser reconhecido por suas atividades em demonstrar o Islã, disse: "Uma das medidas educativas é a membresías de pessoas não muçulmanas do estado de Texas  nas equipes de gerenciamento de crise sobre incidentes discriminatorios contra os muçulmanos. Disse que tento ensinar os estudantes que não são  muçulmanos a como responder às declarações antislâmicas.  Hussein agregou: "A inimizade contra os muçulmanos, tem aumentado após as eleições com medidas como registrar as informações dos muçulmanos e proibir a entrada dos imigrantes muçulmanos ao país" Agregou que um grande número de pessoas nos Estados Unidos está disposto a unir a estas equipes que lutam contra as políticas discriminatorias  de Trump.

Os partidários muçulmanos devem tomar algumas medidas simples, como usar  as redes sociais para compartilhar boas lembranças com os muçulmanos ou recolher doações populares para os refugiados, concluiu Hussein.

O professor da Universidade Santa María do Texas, Rick Bernardo,  um dos voluntários que se esforça em mudar a imagem negativa do Islã e os muçulmanos, tem muitos amigos e colegas muçulmanos e recorda a bondade de seus amigos muçulmanos nas redes sociais. Outro empregado voluntário, é o  aposentado S.t.paul, deu seu ponto de vista,  que com o ensino de inglês aos meninos imigrantes muçulmanos, pode ser criado uma ponte de comunicações entre  os demais.

 

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