Nov. 25, 2017 04:35 UTC
  • Surata Al Imran (A Família de Imran), versículos 77-82

Em primeiro lugar lemos o versículo 77 da surata da família de Imran:

 

 إِنَّ الَّذِينَ يَشْتَرُونَ بِعَهْدِ اللّهِ وَأَيْمَانِهِمْ ثَمَناً قَلِيلاً أُوْلَـئِكَ لاَ خَلاَقَ لَهُمْ فِي الآخِرَةِ وَلاَ يُكَلِّمُهُمُ اللّهُ وَلاَ يَنظُرُ إِلَيْهِمْ يَوْمَ الْقِيَامَةِ وَلاَ يُزَكِّيهِمْ وَلَهُمْ عَذَابٌ أَلِيمٌ

Aqueles que negociam o pacto com Allah, e sua palavra empenhada, a vil preço, não participarão da bem-aventurança da vida futura; Allah não lhes falará, nem olhará para eles, no Dia da Ressurreição, nem tampouco os purificará, e sofrerão um doloroso castigo (77).

 

Deus, para a felicidade do ser humano, orienta a humanidade em dois modos: pela sua natureza que se originaria a partir do interior, mostrando o bem e o mal ao homem e o outro é pela revelação que se origina pela infinita ciência divina e sob o título da religião e os mandatos religiosos que vai conduzir o homem passo a passo para o destino final e a perfeição.

O conjunto das recomendações naturais e religiosas são as alianças divinas acordadas e em conformidades ao intelecto e o homem é obrigado a fazê-lo, mas infelizmente um grupo dos homens quebra o pato e mal vendem esta aliança e para alcançar o mundano, priorizam caprichos ao desejo e petição divina.

É natural que esta conduta indecente abarque os seus convenientes efeitos coercivos cuja importância é privá-lo da bondade especial de Deus, no dia em que estamos todos a precisar da sua bondade e misericórdia.

A partir deste versículo aprendemos que:

Quebrar a aliança com Allah e aos seus juramentos significa sair da religião e se mergulhar no fogo do inferno.

Honestidade perante a promessa divina é um ato aceitável por Deus.

Nos versículos precedentes havíamos falado da fidelidade e lealdade do povo, este versículo igualmente reconhece a ser confiado como uma das alianças de Allah que todos se devem considera-lo.

Agora lemos o versículo 78 da surata da Família de Imran:

إِنَّ الَّذِينَ يَشْتَرُونَ بِعَهْدِ اللّهِ وَأَيْمَانِهِمْ ثَمَناً قَلِيلاً أُوْلَـئِكَ لاَ خَلاَقَ لَهُمْ فِي الآخِرَةِ وَلاَ يُكَلِّمُهُمُ اللّهُ وَلاَ يَنظُرُ إِلَيْهِمْ يَوْمَ الْقِيَامَةِ وَلاَ يُزَكِّيهِمْ وَلَهُمْ عَذَابٌ أَلِيمٌ

E também há aqueles que, com suas línguas, deturpam os versículos do Livro, para que peneis que ao Livro pertencem, quando isso não é verdade. E dizem: Estes (versículos) emanam de Allah, quando não emanam de Allah. Dizem mentiras a respeito de Allah, conscientemente. (78)

Tal como foi dito nos programas anteriores, uma das razões para o desvio das pessoas ao longo da história, foram os sábios e sacerdotes religiosos que, por vezes, para proteger a sua situação social ou religiosa, ou com base no ciúme ou obstinação recorriam a ignorar e tergiversar as verdades e não estavam dispostos a colocar o povo em direção certa e no caminho da verdade.

No entanto, eles ofereceram seus pensamentos e opiniões ao povo como se fossem da religião.

O Alcorão adverte os muçulmanos ao perigo de tais pessoas para que não se enganem pela aparência das pessoas ou pela sua linguagem eloquente e sabedoria, já que são muitas pessoas que em nome de Deus atribuem as maiores mentiras a Ele.

A partir deste versículo aprendemos que:

Não tem que se iludir e ser atraído ao ouvir qualquer palavra, já que é possível que as belas palavras que o homem imagina que são do Alcorão Sagrado estejam contra o Alcorão. Devemos saber que um grupo em nome da religião poderia contradizê-la.

Não devemos ignorar o perigo de sacerdotes ímpios. Eles também podem enganar o povo e os desviar. Eles dizem mentiras sobre Deus e apresentam suas palavras como a palavra de Deus.

Agora lemos os versículos 79 e 80 da surata da Família de Imran:

مَا كَانَ لِبَشَرٍ أَن يُؤْتِيَهُ اللّهُ الْكِتَابَ وَالْحُكْمَ وَالنُّبُوَّةَ ثُمَّ يَقُولَ لِلنَّاسِ كُونُواْ عِبَاداً لِّي مِن دُونِ اللّهِ وَلَـكِن كُونُواْ رَبَّانِيِّينَ بِمَا كُنتُمْ تُعَلِّمُونَ الْكِتَابَ وَبِمَا كُنتُمْ تَدْرُسُونَ

É inadmissível que um homem a quem Allah concedeu o Livro, a sabedoria e a profecia, diga aos humanos: Sede meus servos, em vez de o serdes de Allah! Igualmente, o que diz, é: Sede servos do Senhor, uma vez que sois aqueles que estudam e ensinam o Livro. (79)

وَلاَ يَأْمُرَكُمْ أَن تَتَّخِذُواْ الْمَلاَئِكَةَ وَالنِّبِيِّيْنَ أَرْبَاباً أَيَأْمُرُكُم بِالْكُفْرِ بَعْدَ إِذْ أَنتُم مُّسْلِمُونَ

Tampouco é admissível que ele vos ordene tomar os anjos e os profetas por senhores. Poderia ele induzir-vos à incredulidade, depois de vos terdes tornado muçulmanos? (80)

Em seguimento dos últimos versículos que alertaram o perigo dos sacerdotes perversos, estes versículos se referem que mesmo os profetas que trouxeram a Escritura divina e baseando na sabedoria tivessem o direito de governar, tampouco é admissível convidar o povo a si mesmo, induzir ao povo incredibilidade, mas sim devem chamar o povo a Deus e à sua servidão.

Bem, como é que vocês!  Como seguidores dos profetas que somente são mestres daquelas Escrituras celestiais, se permitem intervir em mandatos divinos, fazendo isto de um modo que parece que se considerem como criador do povo?

Espera-se que vocês como sacerdotes que conheçam mais do que outros o livro divino, e sempre o ensinam ao povo, obedecessem e acreditassem em seus mandatos e fossem sábios celestiais.

Tendo em conta que a aceitação de qualquer tipo de divindade para o ser humano e a intervenção na promulgação de mandatos ou mudá-los, é o ateísmo e nenhum profeta se considera tomar tal direito para si mesmo ou para os outros profetas ou mais para os anjos de revelação divina.

Bem, como é que vocês, os sacerdotes da escritura foram considerados um tipo de divindade e se permitem impor suas opiniões ao povo, em nome da religião ou alterar os mandatos divinos.

A partir destes versículos aprendemos que:

É proibido qualquer tipo de abuso da situação, popularidade e responsabilidade. Mesmo os profetas não têm o direito de tirar proveito de sua situação sublime.

Somente os Ulemás divinos têm o direito de comentar o Alcorão, já que o caminho de ser divino é também conhecer o Alcorão e ensiná-lo.

É proibido qualquer tipo de exagero e ter aspirações exageradas sobre os profetas e Imames divinos, eles são servos de Deus que pela oração e servidão a Deus alcançaram aos elevados graus de perfeição.

O ateísmo, somente não significa a negação de Deus, mas a aceitação de qualquer papel para o ser humano na promulgação das normas em contra as normas divinas, ou seja, negar a divindade de Deus e colocar o ateísmo em face de Ele.

Agora lemos os versículos 81 e 82 da surata da Família de Imran:

وَإِذْ أَخَذَ اللّهُ مِيثَاقَ النَّبِيِّيْنَ لَمَا آتَيْتُكُم مِّن كِتَابٍ وَحِكْمَةٍ ثُمَّ جَاءكُمْ رَسُولٌ مُّصَدِّقٌ لِّمَا مَعَكُمْ لَتُؤْمِنُنَّ بِهِ وَلَتَنصُرُنَّهُ قَالَ أَأَقْرَرْتُمْ وَأَخَذْتُمْ عَلَى ذَلِكُمْ إِصْرِي قَالُواْ أَقْرَرْنَا قَالَ فَاشْهَدُواْ وَأَنَاْ مَعَكُم مِّنَ الشَّاهِدِينَ

Quando Allah aceitou a promessa dos profetas (161), disse-lhes: Eis o Livro e a sabedoria que ora vos entrego. Depois vos chegou um Mensageiro que corroborou o que já tendes. Crede nele e socorrei-o. Então, perguntou-lhes: Comprometer-vos-eis a fazê-lo? Responderam: Comprometemo-nos. Disse-lhes, então: Testemunharei que também serei, convosco, Testemunha disso. (81)

فَمَن تَوَلَّى بَعْدَ ذَلِكَ فَأُوْلَـئِكَ هُمُ الْفَاسِقُونَ

E aqueles que, depois disto, renegarem, serão depravados. (82)

Tal como se lê nos comentários e relatos de histórias, Deus recebeu a aliança a seus profetas anteriores tais como o Moisés e o Jesus Cristo, que anunciassem notícias da chegada do novo Profeta, do advento do profeta do Islã, e disseminar suas peculiaridades e características, preparar o terreno da fé do povo, uma vez que todos os profetas são designados por um Deus e seus livros celestes confirmam a chegada do outro, pois com o advento do novo profeta, os seguidores do Profeta anterior devem acreditar nele e ajudá-lo perante os inimigos.

Mesmo que os profetas não presenciassem no tempo da designação do profeta do Islã, para acreditarem nele, porém o importante seria sua preparação para este ato.

Tal como combatentes em via divina, vão ao campo de batalha e estão dispostos para se sacrificar, mesmo que não fossem mártires, no entanto, o importante é a rendição ao mandato de Deus, mesmo sem não se preparar para realizá-lo.

A partir destes versículos aprendemos que:

Primeiramente a diferença dos profetas na realização de suas missões é igual a dos professores de uma escola no ensino. O objetivo de todos estes é único, cada professor apresenta a seus alunos aos professores posteriores, para continuar seus estudos.

Só a fé não é suficiente, é necessário o apoio, ajuda e orientação dos líderes religiosos.

Embora todos os profetas aceitassem o outro que vinha posteriormente, não era motivo para que os seguidores das religiões divinas mostrassem tanto fanatismo inoportuno.