Nov. 28, 2017 10:18 UTC
  • Surata Al Imran (A Família de Imran), versículos 83-90

Começamos este programa com a recitação do versículo 83 da surata da família de Imran:

 

أَفَغَيْرَ دِينِ اللّهِ يَبْغُونَ وَلَهُ أَسْلَمَ مَن فِي السَّمَاوَاتِ وَالأَرْضِ طَوْعاً وَكَرْهاً وَإِلَيْهِ يُرْجَعُونَ

Anseiem, acaso, por outra religião, que não seja de Allah? Todas as coisas que há nos céus e na terra, quer queiram, quer não, estão-Lhe submetidas, e a Ele retornarão. (83)

As criaturas que Deus criou são dois grupos: um grupo tem vontade e determinação, e eles são livres para escolher o seu caminho, como humanos e o outro grupo sob a criação divina, não tem o direito de agir e não tem instinto como anjos.

Este versículo diz que a existência e os diferentes seres, todos se rendem às normas de Deus na criação, tanto com poder de determinação ou não. O fim da existência igual ao seu começo está nas mãos de Deus.

Bem, agora que é assim e todos na criação se rendem a Ele, porque buscam o detalhe das normas nas escolas humanas e ignoram a lei divina.

Principalmente, há quem, com exceção de Deus, que promulga a lei para o criado? É digno que o criado deixa os critérios do criador e procura as normas nas outras religiões?

A partir deste versículo aprendemos que:

A existência com toda a sua grandeza rende-se a Deus e se não obedecemos não estamos em coordenação com a existência.

A finalidade da existência e de nós está nas mãos de Deus, pois, porque com a nossa vontade não vamos em direção a Ele?

A verdade da religião é rendição a Deus e o crente não tem outro desejo em face de vontade divina.

Agora lemos os versículos 84 e 85 da Sura da família de Imran:

قُلْ آمَنَّا بِاللّهِ وَمَا أُنزِلَ عَلَيْنَا وَمَا أُنزِلَ عَلَى إِبْرَاهِيمَ وَإِسْمَاعِيلَ وَإِسْحَاقَ وَيَعْقُوبَ وَالأَسْبَاطِ وَمَا أُوتِيَ مُوسَى وَعِيسَى وَالنَّبِيُّونَ مِن رَّبِّهِمْ لاَ نُفَرِّقُ بَيْنَ أَحَدٍ مِّنْهُمْ وَنَحْنُ لَهُ مُسْلِمُونَ

Dize: Cremos em Aljah, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos. (84)

وَمَن يَبْتَغِ غَيْرَ الإِسْلاَمِ دِيناً فَلَن يُقْبَلَ مِنْهُ وَهُوَ فِي الآخِرَةِ مِنَ الْخَاسِرِينَ

E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que noa seja o Islã, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.  (85)

Nestes versículos o profeta do Islã e os outros crentes são encarregados de declarar sua fé nos profetas precedentes e em suas escrituras e enfatizar aos mandatos divinos, porque todos vieram em nome de um Deus, Deus que desde o começo da criação do ser humano designou sempre os profetas de gênero humano para levar a humanidade a felicidades.

É natural que com a chegada de cada Profeta a permanência do Profeta precedente seja oposta ao desenvolvimento e à perfeição do guia humano e os profetas são iguais aos professores a uma escola que elevam o ser humano em classes diferentes.

O último profeta divino é o Profeta Mohammad que ofereceu suas instruções dentro do quadro do Islã.

Em princípio, era claro que com a sua chegada, os seguidores dos profetas anteriores fossem obrigados a segui-lo e se alguém ficaria em outras religiões não seria aceito.

A partir destes versículos aprendemos que:

1-O objetivo de todos os profetas tem sido único, embora o método de seu convite tivesse sido diferente e de acordo com os tempos e lugares.

2-Com a existência de uma religião boa e perfeita, a seleção de outra é prejudicial.

3-A aceitação do Islã não significa a negação da autenticidade dos profetas anteriores, mas a fé neles é uma parte das crenças dos muçulmanos.

Agora lemos os versículos 86, 87 e 88 da surata da família de Imran:

كَيْفَ يَهْدِي اللّهُ قَوْماً كَفَرُواْ بَعْدَ إِيمَانِهِمْ وَشَهِدُواْ أَنَّ الرَّسُولَ حَقٌّ وَجَاءهُمُ الْبَيِّنَاتُ وَاللّهُ لاَ يَهْدِي الْقَوْمَ الظَّالِمِينَ

Como poderá Allah iluminar aqueles que renunciaram à fé, depois de terem acreditado e testemunhado que o Mensageiro é autêntico e terem recebido as evidências? Allah não encaminha os iníquos. (86)

أُوْلَـئِكَ جَزَآؤُهُمْ أَنَّ عَلَيْهِمْ لَعْنَةَ اللّهِ وَالْمَلآئِكَةِ وَالنَّاسِ أَجْمَعِينَ

 

A retribuição desses será a maldição de Allah, dos anjos e de toda a humanidade. (87)

خَالِدِينَ فِيهَا لاَ يُخَفَّفُ عَنْهُمُ الْعَذَابُ وَلاَ هُمْ يُنظَرُونَ

A qual (maldição) pesará sobre eles eternamente; o suplício não lhes será mitigado, nem serão tolerados. (88)

Um dos perigos que ameaçam os crentes é deixar a fé. A história mostra que muitas pessoas acreditavam em Deus e em seu profeta, mas algumas delas, embora tivessem sabido a verdade e conhecido a veracidade do Islã, mas se desviavam desse caminho, tornando-se ateus.

É claro que há muita diferença entre aqueles que conhecem a verdade e têm consciência da veracidade do Islã e outro grupo que não entendem a verdade e não aceitaram o Islã por inimizade e abstenção e não acreditavam nele.

A pessoa que não aceita a verdade por inimizade e se abstenha, está fazendo injustiça a si mesma, se priva de receber a bondade divina especial que é particular para os crentes.

Não somente Deus, mas os funcionários do sistema de criação, ou seja, os anjos e os buscadores da verdade também repudiam a essas pessoas que desperdiçaram os esforços dos profetas e os meios da orientação divina.

A partir destes versículos aprendemos que:

1-Não é suficiente a fé primaria, mas o mais importante é a sua proteção até o fim da vida, uma vez que o perigo da apostasia sempre ameaça o homem.

2- O nível de apreciar a orientação divina ou privar-se dela está em nossas mãos e depende de nós, Deus não é injusto com ninguém, somos nós que ignoramos a verdade, criamos a injustiça contra nós mesmos.

3-As pessoas devem mostrar reação aos desvios ideológicos das pessoas apóstatas e declarar as suas separações deles e as suas desaprovações.

Agora lemos os versículos 89 e 90 da surata da família de Imran:

إِلاَّ الَّذِينَ تَابُواْ مِن بَعْدِ ذَلِكَ وَأَصْلَحُواْ فَإِنَّ الله غَفُورٌ رَّحِيمٌ

Salvo aqueles que, depois disso, arrependem-se e se emendarem, pois que Allah é Indulgente, Misericordiosíssimo. (89)

 

Grupos que desviam do seu caminho e aqueles que depois de saber a verdade, abandonam a fé e não se arrependam, terão um duro castigo e privados da bondade divina; serão amaldiçoados por aqueles que aceitaram e se submeteram a verdade tanto neste mundo como no outro mundo e serão litigados a castigo, porem, desde logo, nunca é fechado o caminho de arrependimento e retorno. Quando uma pessoa realmente se arrependa e melhore seus pensamentos e opiniões, o perdão divino irá abarca-la, já que Deus é Indulgente e Misericordioso.

A partir destes versículos aprendemos que:

1-O arrependimento não é algo verbal, o verdadeiro arrependimento é melhorar em boas ações os pensamentos corruptos do passado.

2-Deus não só aceita o arrependimento do pecador e perdoa-o, mas sim ama a quem se arrepende.