Mar. 04, 2018 18:06 UTC
  • Surata Al Imran (A Família de Imran), versículos 116-120

Pars Today- Estimados ouvintes, ao expressar as nossas saudações e alto estimo, graças a Deus, surgiu novamente outra oportunidade para conheceremos juntos mais capítulos do Alcorão e deliciar as Palavras de Deus. Primeiramente vamos ouvir os versículos 116 e 117 da surata da Família de Imran:

 

ان الذين كفروا لن تغني عنهم أموالهم ولا أولادهم من الله شيئا وأولئك أصحاب النار هم فيها خالدون

 

Aos incrédulos de nada valerão a fortuna e os filhos, ante Allah, porque serão os condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente. (116)

مثل ما ينفقون في هذه الحياة الدنيا كمثل ريح فيها صر أصابت حرث قوم ظلموا أنفسهم فأهلكته وما ظلمهم الله ولكن أنفسهم يظلمون

O que eles gastam na vida deste mundo é semelhante à geada intensa; ela ataca e destrói as colheitas daqueles que danificaram suas almas; mas não Allah Que as danificou; eles próprios as danificaram.  (117)

Um dos fatores do ateísmo diante de Deus é apor motivo da riqueza e o poder, que causam com que a pessoa não se sente a necessidade de adorar o Deus. Alguns povos imaginam que enquanto desfrutam de fortuna e de filhos, já não necessitam mais a Deus e mesmo se existisse o Deus, nada valeria, porque têm a fortuna e a família.

Este versículo ao rejeitar esta imaginação equivocada recorda que, supondo que, a riqueza e a família possam protegê-los neste mundo, mas no dia de ressureição nada valerá esta fortuna. No Dia de Juízo Final a sua descrença interna aparecerá na forma de fogo e levará a pessoa ao inferno.

O versículo 117 refere-se a alguns bons atos de incrédulos, como a doação e afirma: “o que eles gastam neste caminho, é semelhante a cultiva de sementes numa terra apropriada”. É semelhante à geada intensa; ela ataca e destrói as colheitas de aqueles que danificaram suas almas e não produziram qualquer tipo de frutas.

A blasfêmia e os motivos não-divinos são tempestades que danificam o campo cultivado por boas ações e destruam o que foi plantado, já que o valor do ato depende da intenção e do motivo e não pela sua aparência.

O ateísmo é  pecado, porque coloca as suas boas ações à beira da destruição; Deus não lhe faz a injustiça, mas é pela sua própria ação que está fazendo a injustiça diante do campo fértil da existência.

A partir desses versículos, aprendemos isso:

-O estado orgulhoso em relação à fortuna, o filho e não sentir a necessidade de Deus, é sinal de ateísmo e da desgraça.

-O objetivo da doação no Islã não é apenas preencher o estômago da fome, que se fosse assim, não se diferenciava quem fosse o doador, muçulmano ou ateu.  Mas, é o desenvolvimento do doador e o ateísmo dificulta o desenvolvimento espiritual do ser humano.

-A ira divina é o reflexo do nosso próprio ato e não da injustiça feita por Ele.

Agora ouvimos o versículo 118 da surata da família Imran:

يا أيها الذين آمنوا لا تتخذوا بطانة من دونكم لا يألونكم خبالا ودوا ما عنتم قد بدت البغضاء من أفواههم وما تخفي صدورهم أكبر قد بينا لكم الآيات إن كنتم تعقلون

Ó crentes, não tomeis por confidentes a outros que não sejam dos vossos, porque eles falharão em vos arruinar e de vos corromper, posto que só ambicionam a vossa perdição. O ódio já se tem manifestado por suas bocas; porém, o que ocultam em seus corações é ainda pior. Já vos elucidamos os sinais, se sois sensatos. (118)

Um dos perigos que ameaça a comunidade islâmica é tomar por confidentes as pessoas que não têm a mesma fé, e coloca-las em postos governamentais mais sensíveis, chaves, influentes e importantes, de modo que elas poderiam ter acesso aos segredos e as informações dos muçulmanos.

Mesmo que eles aparentemente colaborassem, mas no fundo do coração não gostariam do Islã e não queriam o desenvolvimento e o progresso dos muçulmanos. Mas, pelo contrário, fazem o possível para enfraquecer e destruir os muçulmanos e nem sequer escondem suas inquinações e rancor.

A partir desses versículos, aprendemos isso:

-O crente não deve ser genuíno, tem de ter inteligência e estar sempre pronto para enfrentar o inimigo, aplicando o seu talento e esperteza.

-Confiar em forças alheias e em descrentes nos cargos importantes é proibida nos países islâmicos, pois motiva a revelação dos segredos dos muçulmanos.

-Embora seja prometido ter relações pacíficas com ateus, no entanto, devemos saber que o islamismo e o ateísmo não podem ser conciliados.

Agora ouvimos os versículos 119 e 120 da surata da família Imran:

ها أنتم أولاء تحبونهم ولا يحبونكم وتؤمنون بالكتاب كله وإذا لقوكم قالوا آمنا وإذا خلوا عضوا عليكم الأنامل من الغيظ قل موتوا بغيظكم إن الله عليم بذات الصدور

E eis que vós os amais; porém, eles não vos amam, apesar de crerdes em todo o Livro; porém, eles, quando vos encontram, dizem: Cremos! Mas quando estão a sós mordem os dedos de raiva. Dize-lhes: Morrei, com a vossa raiva! Sabei que Allah bem conhece o íntimo dos corações.   (119)

ان تمسسكم حسنة تسؤهم وإن تصبكم سيئة يفرحوا بها وإن تصبروا وتتقوا لا يضركم كيدهم شيئا إن الله بما يعملون محيط

Quando sois agraciados com um bem, eles ficam aflitos; porém, se vos açoita uma desgraça, regozijam-se. Mas se perseverardes e temerdes a Allah, em nada vos prejudicarão as suas conspirações. Allah está inteirado de tudo quanto fazem. (120)

Esses versículos revelam as intenções malignas e os pensamentos do inimigo diante dos muçulmanos e os advertem: “Não imaginem que se vocês gostam deles, eles gostariam também de vocês e mudariam sua opinião perante de vocês. Mesmo que pareçam crentes, mas dentro de si têm uma raiva contra vocês e perante o seu desenvolvimento e o progresso ficariam incomodados e diante de sua inconveniência e problemas ficariam felizes”.

Portanto, o único remédio é resistir às promessas dos inimigos e ser piedoso e fazer cuidadosamente os deveres divinos. Se atuar estes dois atos, os descrentes e ateus nunca conseguiram realizar os seus planos maliciosos contra vocês e não podem prejudica-los.

A partir desses versículos, aprendemos isso:

-As relações políticas e econômicas com os países não islâmicos devem se basear no respeito mútuo e reciproca, se não fosse assim, motiva a humilhação dos muçulmanos.

-Os muçulmanos não devem ser ingênuos e confiar em amizade dos inimigos.

-Quando o inimigo não esconde seu rancor e desprezo, o muçulmano também deve declarar o seu repudio com um tom duro.

-O caminho da penetração do inimigo é o nosso medo ou o nosso interesse por eles, ou até nossa impiedade a Deus; A nossa paciência e piedade fecharão o caminho do inimigo.

Terminando este programa, desejamos a dignidade e exaltação dos muçulmanos e a sua resistência aos poderes colonialistas do mundo.