Venha conosco ao Irã
ParsToday- apresentamos as nossas Saudações aos nossos estimados ouvintes e os interessados pelo programa Venha conosco ao Irã. Estamos com você com mais um programa desta série, na qual pretendemos fazer uma viagem virtual a diferentes locais e partes bonitas no Irã.
No programa de hoje, vamos lhes passar alguns fatos históricos da região do Golfo Pérsico, bem como, vamos informá-los sobre as características sócio-culturais, e econômicas da província de Hormozgan.
No programa anterior falamos que no final do século XVI os holandeses tinha fundado um local de comércio na cidade de Bandar-Abbas e, assim, se intensificou a rivalidade entre os Países Baixos e o Reino Unido.
Além disso, no final da monarquia do rei Xá Abbas Safavida, o governo persa isentou os holandeses de pagar taxas alfandegárias correspondentes às importações e exportações dos seus negócios. Mesmo assim, os holandeses, invadiram a fortaleza da ilha de Qeshm e espalharam seus navios militares no Estreito de Ormuz e Bandar-Abbas em forma de bloqueio para impedir o comércio dos britânicos.
Ao mesmo tempo, devido ao obscurecimento das relações entre os holandesas e britânicos na Europa, ele atacaram navios britânicos em Jask e ocuparam a ilha de Qeshm. Holandeses até atiraram contra a cidade de Bandar-Abbas, onde mais tarde iriam construir uma muralha fortificada nas proximidades do centro comercial de seu domínio. Aparentemente, isto não convenceu os colonialistas holandeses que, mudaram suas instalações comerciais para a ilha de Jask, assim, estando mais próximos da foz do Golfo Pérsico, e também não pagaram os contributos ao governador da ilha de Jask, de Port Rig e à ilha de Khark.
Mas, em 1765, o herói nacional, Mir-Mohana atacou os holandeses e expulsou-os de Jask. No entanto, desta vez, os britânicos começaram a se estabelecer a empresa das Índias Orientais e, assim, dominaram as costas do Golfo Pérsico. Pouco a pouco, o governo britânico, juntamente com os responsáveis por essa empresa, levou a guerras regionais para enfraquecer os poderes locais. O Reino Unido procurou se libertar de estes poderes locais no Golfo Pérsico, para este fim, começando formar múltiplos e pequenos emirados.
No final da primeira guerra mundial, o Golfo Pérsico não foi apenas um importante passo comercial marítimo, mas também um dos maiores recursos petrolíferos, que foi conhecido como um fator vital para o crescimento de indústrias que tiveram muita importância no econômico e estratégico. Assim, todos os parceiros estrangeiros do Irã, especialmente o Reino Unido, estavam tentando seriamente proteger sua presença física no Golfo Pérsico. A situação sensível da província de Hormozgan e a estreita estratégica com o mesmo nome (Hormozgan) centraram as atenções dos governos dos países estrangeiros, inclusive nas décadas seguintes. Hoje, os países colonialistas ocidentais estão fazendo todo o possível, sob o disfarce da segurança do Golfo Pérsico, para estarem presentes naquela região.
A província de Hormozgan é desde há muito tempo, um dos principais berços culturais onde, nos seus primórdios, foram criados os primeiros governos ricos culturalmente. Árabes, Persas, Bálticos e Turcos estão alojados nas margens costeiras e nas ilhas de Hormozgan; misturando-se com a gente local. Os habitantes de algumas regiões dos portos e ilhas desta região falam árabe mas, fisicamente, nada têm a ver com os árabes dos países vizinhos.
A idioma dos cidadãos de Hormozgan inclui diferentes dialetos e sub-ramos da língua persa e Lori. Vale ressaltar que, nas áreas ocidentais e nas ilhas iranianas do Golfo Pérsico, o árabe é frequente, enquanto nas áreas orientais, como o porto de Jask, se fala Baluchi.
Os habitantes da província de Hormozgan ocupam-se principalmente da agricultura, pesca e navegação. Além disso, a região é rica em recursos minerais, petróleo e gás, que são muito importantes para a economia do país persa.
Além disso, a indústria alimentícia e a navegação são outras duas importantes prioridades econômicas da região. A indústria pesqueira é uma das mais fortes indústrias marítimas da província de Hormozgan, cujos principais produtos são conservação de sardinha e atum que abastecem o consumo doméstico. Indústrias como têxteis, produção de gelo, suco de limão e estaleiros navais estão entre as principais indústrias da região.
Bandar-Abbas é a capital da província de Hormozgan e é uma das maiores cidades do Irã, com um centro de importantes atividades econômicas e comerciais, perto do estratégico Estreito de Ormuz.
A cidade histórica de Bandar-Abbas, além do valioso papel que desempenha na economia do país, também tem valores históricos. O bairro tradicional de Suro, a ponte de Latidin e o edifício chamado Kolah-farangui, juntamente com o templo dos hindus, estão entre os monumentos históricos.
O bairro de Suro fica no oeste da cidade de Bandar-Abbas, onde descobriram múltiplas moedas que correspondem a diferentes épocas, em particular, aos Sassânida, Safavida e dinastia de Qajar, e hoje estão protegidas e expostas no Museu Bandar-Abbas.
A ponte Latidin também é outro monumento histórico. Depois que os portugueses foram expulsos do Irã, pouco a pouco a ilha Ormuz perdeu sua importância e Bandar-Abbas foi seu substituto e se tornou uma ponte comunicativa no Irã. A ponte fica a 50 km no oeste da cidade e pertence ao tempo de dinastias safavidas; Ao contrário de outras pontes, esta é uma das pontes mais longas do Irã.
O edifício Kolah-farangui é uma das atrações turísticas de Bandar-Abbas e pertence à época de Safavida. É conhecido como Kolah-farangui (O chapéu estrangeiro) porque sua arquitetura tem semelhanças com as da Europa.
O templo dos hindus também atrai a atenção de qualquer visitante e, hoje, está localizado em uma das principais ruas da cidade. A construção do templo data do ano 1310 da Hégira lunar. O edifício é uma sala quadrada localizada em uma cúpula cujo estilo arquitetônico a diferencia não só de outras cúpulas nas margens do Golfo Pérsico, mas também de todas aquelas encontradas no Irã e que é devido às decorações de gesso que ele carrega. O templo tem uma grande semelhança com a arquitetura dos hindus.