Jun. 12, 2016 18:01 UTC
  • Surata Bácara (Vaca), versículos 215- 218

Iniciamos o nosso programa de hoje com leitura do versículo 215 da surata Bácara.

A nossa conversa desta semana é sobre a doação e guerra santa na sua forma divina, Deus o Todo poderoso disse no versículo 215 da surata de Bácara:

 يسألونك ماذا ينفقون قل ما أنفقتم من خير فللوالدين والأقربين واليتامى والمساكين وابن السبيل وما تفعلوا من خير فإن الله به عليم

Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Toda a caridade que fizerdes, deve ser para os pais, parentes, órfãos, necessitados e viajantes (desamparados). E sabei que todo o bem que fizerdes, Allah dele tomará consciência (215).

Um dos sinais de crentes a que se refere em muitos dos versículos do Alcorão é a sua atenção e comportamento perante os oprimidos, por isso os muçulmanos no início do Islã perguntaram ao profeta, como e em que quantidade que deviam ajudar os necessitados. Uma vez que o tipo e quantidade de doação não são fixos, depende de nossas possibilidades e da necessidade de outra, daí o Alcorão em resposta a esta pergunta diz que na doação, o importante é o próprio ato de doar como uma coisa útil pode ser qualquer coisa e em qualquer quantidade e nesta ação tem que prestar atenção a todos, incluindo os pais, parentes idosos, os oprimidos e também a diferentes camadas da comunidade que precisam de ajuda.

No final do versículo diz: Deus tem conhecimento de não somente da doação, como de qualquer bondade que se faz para ajudar os outros. Pois, não é necessário revelar e explicitar ao povo a bondade que tem feito, ao contrario tentam ocultar sua doação que assim estão mais perto à sinceridade. A partir deste versículo nós aprendemos que:

1. Na doação os pais e parentes mais próximos têm prioridades.

2. As boas ações nunca se perderam, mesmo que os outros não as saibam, tanto que sejam explicitas ou ocultos.

Agora vamos ler o versículo 216 da surata Bácara.

 كتب عليكم القتال وهو كره لكم وعسى أن تكرهوا شيئا وهو خير لكم وعسى أن تحبوا شيئا وهو شر لكم والله يعلم وأنتم لا تعلمون

Está-vos prescrita a luta (pela causa de Allah), embora a repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Allah sabe, e vós ignorais. (216)

Deus para proteger a religião obriga os crentes à guerra santa contra os inimigos, mas o ser humano pela natureza tem uma tendência à bem estar e alegria e não gosta da guerra e combate que causam morte e lesões. Este versículo recorda que embora seja difícil o combate contra o inimigo, a felicidade de este e no outro mundo se deve a isso, pois, perante os mandamentos de Deus não apresentam o bem e mal com base nos desejos internos, como uma criança que foge para que não o ponha uma injeção embora sua saúde e vida dependessem disso e podia mudar do gosta de sua comida deliciosa, mas isto cause lesões, nem cada alegria é boa ou toda dificuldade é ruim. A partir deste versículo nós aprendemos que:

1. O critério para o bem e o mal não são desejos internos do homem, mas os mandamentos de Deus devem ser determinados com base na sua conveniência e, como o objetivo de sua felicidade.

2. A ciência dos seres humanos é limitada e a do Deus é ilimitada, pois devemos nos render aos mandamentos de Deus, mesmo se não entendemos a conveniência desses mandatos ou sua realização não seja difícil.

Em seguida, lemos os versos 217 e 218 da surata Bácara:

 يسألونك عن الشهر الحرام قتال فيه قل قتال فيه كبير وصد عن سبيل الله وكفر به والمسجد الحرام وإخراج أهله منه أكبر عند الله والفتنة أكبر من القتل ولا يزالون يقاتلونكم حتى يردوكم عن دينكم إن استطاعوا ومن يرتدد منكم عن دينه فيمت وهو كافر فأولئك حبطت أعمالهم في الدنيا والآخرة وأولئك أصحاب النار هم فيها خالدون

Quando te perguntarem se é lícito combater no mês sagrado, dize-lhes: A luta durante este mês é um grave pecado; porém, desviar os crentes da senda de Allah, negá-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela (Meca) os seus habitantes é mais grave ainda, aos olhos de Allah, porque a perseguição é pior do que o homicídio. Os incrédulos, enquanto puderem, não cessarão de vos combater, até vos fazerem renunciar à vossa religião; porém, aqueles dentre vós que renegarem a sua fé e morrerem incrédulos tornarão as suas obras sem efeito, neste mundo e no outro, e serão condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente. (217)

 إن الذين آمنوا والذين هاجروا وجاهدوا في سبيل الله أولئك يرجون رحمت الله والله غفور رحي

Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Allah poderão esperar de Allah a misericórdia, porque Allah é Indulgente, Misericordiosíssimo. (218)

 Tal como foi dito nos programas anteriores, entre árabes, desde o tempo de Abraão, era habitual a proibição da guerra em quatro meses, o Islã aceitou esta tradição e proibiu guerra em quatro meses do calendário Hégira lunar, Rajab, Zighade, Zihaye e Moharam, mas sobre este versículo se lê na história que o profeta antes de batalha de Badr, enviou à Meca um grupo de oito muçulmanos para obter informações sobre a situação do inimigo, no caminho foram confrontados com uma caravana de Quraish e um dos líderes dos ateus se encontrava entre eles, os enviados do profeta, sem ter em conta que estavam no mês de Moharam, atacaram a caravana, mataram e fizeram vários prisioneiros e tomaram os despojos para o profeta, o profeta ficou irritado e disse que não os tinha mandado para ataca-los e isso era proibido neste mês, por isso, não aceitou os prisioneiros e o despojos que difamariam os outros muçulmanos, o inimigo abusou da situação e dizendo mal do Profeta Mohammad e falando que considerava ilícita a guerra e derramamento de sangue nos meses proibidos e acusando-o de encorajar os muçulmanos a fazê-lo, e perante as propagandas de inimigos foi revelado este versículo advertiu o ponto importante que, embora a guerra tivesse proibido em alguns meses do ano, no entanto, isto tinha sido feito sem a permissão do profeta, e não havia nenhuma intenção pelo líder dos muçulmanos, enquanto a moléstia e a tortura de muçulmanos por você, a sua explosão da casa, bem como o encerramento da casa divina diante deles e abranger todos os muçulmanos ao longo do ano e não por alguns meses é um pecado muito maior do que esta matança. Em logo, adverte os muçulmanos a vingar-se e não imaginar que o inimigo os tem deixado, mas que sempre tenta mantê-los longe de sua religião, conscientes que cada pessoa que abandona sua fé, destrói o seu fundo neste mundo e no outro mundo, morrerá no fogo eterno.

Por outro lado, uma vez que os muçulmanos tinham atacado esta caravana, a sua intenção era divino, fazer a guerra santa e não tinha nenhum motivo mundana, Deus perdoou o seu pecado e foi inspirado versículo de 218 sobre o perdão. Com estes versículos ficamos sabendo que:

1. Devemos cuidar do nosso comportamento e nossas ações para que o inimigo não usá-lo como pretexto contra nos mesmo.

2. No juízo devemos ser realistas e não superficiais, tem que ver a raiz do incidente e não os galhos. Uma pessoa conspiradora, aparentemente, não mata ninguém, mas suas ações podem causar a criação de conflitos e insegurança e, eventualmente, levar ao assassinato de um grupo.