Surata Bácara (A Vaca), versículos 158-162
As colinas de Assafa e Almarwa (1 ) fazem parte dos rituais de Deus e, quem peregrinar a Casa (2 ), ou cumprir a ‘umra ( 3), não cometerá pecado algum em percorrer a distância entre elas. Quem fizer espontaneamente além do que for obrigatório, saiba que Deus é Retribuidor, Sapientíssimo. (Bácara: 158) إن الصفا والمروة من شعائر الله فمن حج البیت أو اعتمر فلا جناح علیه أن یطوف بهما ومن تطوع خیرا فإن الله شاکر علیم
A cerimônia da peregrinação que se originou no tempo do profeta Abraão, ao longo de muitos anos tem sido misturada com muitas superstições pelos povos ignorantes e idólatras, o Islã o melhorou e purificou protegendo a base desta grande peregrinação. Uma das cerimónias da peregrinação é ir e volta entre as duas montanhas que são localizadas fora da Mesquita AL-Haram, os idólatras tinha colocado ídolos nos cumes destas montanhas e ir e voltar entre elas também se circula a frente dos ídolos, quando os muçulmanos desejavam realizar a cerimônia de peregrinação não gostavam de fazê-lo considerando aquela história dos ídolos sobre estas duas montanhas e imaginavam não deveriam caminhar entre estas, pois, Deus revelou estes versículos advertiu que estas duas montanhas são sinais do poder divino e memória do fundador da peregrinação, ou seja, o Abraão e se os ignorantes o contaminaram com sinais de ateísmo, visitantes não devem deixa-lo, mas sim com a sua presença, devem cortar as mãos dos desviadores deste lugar.
Quando profeta Abraão com sua esposa e filho foi para a Meca, deixou-os ao guarda de Deus nesta terra seca e foi para cumprir sua missão divina, a mãe de Ismael correu entre duas montanhas em busca de água, neste estado, Deus fez sair água da terra sob o dedo da criança e a esta fonte foi chamado Zam Zam, a partir deste mandamento de Deus cada pessoa que faz a peregrinação deve recordar o ato de Hajar e fazer ir e voltar entre Safa e Marwa comemorar a memória do sacrifício daquela estimada mãe. A realização desta cerimônia é um sinal de adoração e gratidão a Deus por este esforço sincero que nos ensina a não pensar de agradecer ao povo, e que Deus está ciente de nossas boas ações.
Agora vamos ouvir o versículo 159 da sura de Bácara:
إن الذین یکتمون ما أنزلنا من البینات والهدى من بعد ما بیناه للناس فی الکتاب أولئک یلعنهم الله ویلعنهم اللاعنون
Aqueles que ocultam as evidências e a Orientação que revelamos, depois de as havermos elucidado aos humanos, no Livro, serão maldiçoados por Deus e pelos imprecadores. (Bácara: 159)
Este versículo sobre os sábios judeus e cristãos que ocultaram os sinais de aparição do profeta do Islã, que se encontravam nos seus livros, neutralizavam os esforços daqueles profetas divinos no caminho para alcançar a salvação e felicidade. A renúncia à verdade se fez por pessoas ignorantes, cobre menos castigo, mas a realização de tal ato pelos sábios da uma nação é uma grande injustiça ao povo, aos profetas e ao Deus, por isso vai cobrir sua maldição permanente.
Este versículo põe em evidência que, junto expressar amizade com os puros, deve que expressar o ódio e maldição aos impuros, sobretudo aqueles que causam o desvio dos homens, logo Deus no versículo seguinte excepcionou um grupo e diz:
إلا الذین تابوا وأصلحوا وبینوا فأولئک أتوب علیهم وأنا التواب الرحیم
Salvo os que se arrependeram, emendaram-se e declararam (a verdade); a estes absolveremos porque somos o Remissório, o Misericordiosíssimo. (Bácara: 160)
Na escola do Islã não existe impasse, mas Deus sempre deixa aberta a janela de esperança e o caminho de regresso para o homem, para que não se desiludem nem mesmo homens pecadores.
Desde logo é evidente que o arrependimento de todo pecado é adequado com o mesmo pecado para que se possa recompensar, sempre que possível, os seus sinais, por isso o arrependimento da renúncia a verdade é definir a verdade às pessoas para que se encontrarem no desvio e chegam à justiça.
Agora vamos ouvir os versículos 161 e 162 do surata Bácara:
إن الذین کفروا وماتوا وهم کفار أولئک علیهم لعنة الله والملائکة والناس أجمعین
Sobre os incrédulos, que morrem na incredulidade, cairá a maldição de Deus, dos anjos e de toda humanidade. (Bácara: 161)
خالدین فیها لا یخفف عنهم العذاب ولا هم ینظرون
Que pesará sobre eles eternamente. O castigo não lhes será atenuado, nem lhes será dado prazo algum. (Bácara: 162).
No versículo anterior se definem os que ocultam a verdade, defendem a verdade, receberam a recompensa divina, este versículo mais uma vez ameaça os infiéis, por que o castigo de Deus, dos anjos e do povo se dirige a eles. Visto que o arrependimento é eficaz antes da morte e chegar os sinais de morte, já não é mais válido o arrependimento, assim como Faraó se arrependeu nos limiares da morte, no entanto, não foi aceite, por isso, um das orações de profetas e guias divinos era morrer com fé e ser crente, já que morrer sendo ateu é uma dor sem esperança.
Desrespeitar a bondade divina é um castigo que tanto neste mundo como no outro se dirige aos que renunciam à verdade e em que todas as consciências humanas expressam seu ódio a deste ato nefasto, pelo qual o julgamento divino é baseado na justiça e sabedoria, e não por injustiça e vingança. Por isso, para aquele que oculte conscientemente a verdade não existe limite do tempo ou redução já que não diminui o efeito de sua ação.
Agora vamos estudar as lições que aprendemos:
1. Se os centros da verdade como mesquitas e templos sejam contaminados por pessoas ignorantes ou por superstições, não saem destes lugares, com a nossa presença nestes lugares, devemos purifica-los e avivar o caminho reto da adoração.
2. Os lugares que são sinais da aparência de bondade e do poder e milagres como Safa e Marwa divina devem ser respeitados para que se aguarde a memória dos puros e seus esforços na mente e no coração do povo.
3. A renúncia à verdade é um dos pecados que até mesmo a consciência dos renunciadores o reprova, pois Deus colocou o espírito da verdade e da justiça na natureza de todos os homens.
4. Deus por um lado, preparou o caminho do arrependimento e retorno dos pecadores e do outro lado prometeu aceitação de arrependimento.
5. A conclusão da ação é muito importante, ou seja, se o homem morre, desde logo esta conclusão também é resultado de nossas ações durante a vida.
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1- A virtude da paciente perseverança na fé induz à menção de dois monumentos simbólicos dessa virtude. Existem dois pequenos montes, o de Assafa e o de Almarwa, agora absorvidos pela cidade de Makka, situados perto do poço de Zamzam. Aí, de acordo com tradições, Agar, mãe de Ismael, orou suplicando por água no deserto adusto e, levada pela sua afoita busca ao redor desses montes, teve respondidas as suas orações e avistou o manancial de Zamzam. Infelizmente os árabes idólatras haviam colocado ali um ídolo masculino e outro feminino, causando, com seus rituais grosseiros e supersticiosos, ofensa aos primitivos muçulmanos, fazendo com que estes experimentassem alguma hesitação em percorrer aquelas plagas durante a peregrinação.
2- A Sagrada Mesquita: a Caaba, na sagrada cidade de Meca. Não é correto insinuarmos que a ordem, instituindo a Caaba como quibla, ab-rogue o versículo 115 desta, onde é asseverado que o Leste e o Oeste pertence a Allah e que Ele é Onipresente. Isto é perfeitamente verdadeiro em todas as épocas, antes e depois da instituição da quibla.
3- O Hajj é a peregrinação principal, cujos rituais acontecem durante os primeiros dez dias do mês de Dul-hijja. A Umra constitui uma peregrinação menos formal e se dá em qualquer época do ano. Em ambos os casos suplicante peregrino começa por colocar sobre si uma vestimenta simples, de tecido, sem costura, dividida em duas peças, quando ainda está a alguma distância de Makka. A colocação dessa vestimenta peregrina (Ihram) caracteriza o simbolismo da renúncia às vaidades do mundo. De pois disto, e em todo o transcorrer da peregrinação, ele não deve usar outras roupas, não deve usar ornamentos, besuntar seus cabelos, usar perfumes, caçar, ou praticar outros atos proibidos. O complemento da peregrinação é simbolizado por rasparem as cabeças os homens, cortarem as madeixas de seus cabelos as mulheres, pelo abandono do Ihram a reposição das vestes comuns.