Restrições à construção de mesquitas na Itália
(last modified Sun, 30 Oct 2016 13:18:53 GMT )
Out. 30, 2016 13:18 UTC
  • Restrições à construção de mesquitas na Itália

Neste programa, vamos abordar os protestos de muçulmanos na Itália a respeito de uma lei que proíbe a construção de mesquitas no país.

Centenas de muçulmanos na Itália se reuniram na sexta-feira 21 de outubro em monumento histórico "Coliseu" em Roma para rezar e também protestar ao encerramento das mesquitas e centros de oração na capital. 

Durante a cerimônia, manifestantes carregavam cartazes que diziam as palavras "paz", "amor" e "se a liberdade de culto." Eles também exigiram as autoridades romanas regulamentações municipais em matéria de locais de culto islâmico e denunciar a sua criminalização. 

A Itália tem cerca de um milhão 600 mil muçulmanos. O Islã, depois de o cristianismo é a segunda maior religião do país, no entanto, não tem sido reconhecido como formal, enquanto, ocorreu ao contrario com as religiões como o budismo, hinduísmo e judaísmo. 

A pessoa responsável pela coordenação dos grupos islâmico "Franco Tirri" na reunião de sexta-feira disse que “não existe uma política que nos reconheça oficialmente”. Cremos que os muçulmanos são vítimas de discriminação. Logo de assegurar que é um povo amante da paz, acrescentou, “por não ter um local de culto, temos que alugar o espaço para esta finalidade”. Mesquitas para os muçulmanos são a respiração, se não a tivermos, morremos. 

De acordo com estatísticas oficiais, os muçulmanos na Itália constituem quase 34 por cento da população residente do país europeu. A contravertida lei na região de Liguria restringe quase inteiramente a construção de qualquer nova mesquita, já que construí-las depende a permissão oficial das autoridades locais. De acordo com os meios de comunicação, construção de mesquitas com cúpula e os minaretes vai contra a estrutura histórica e arquitetônica das cidades italianas. 

A adopção desta lei contradiz a Constituição do país e da Carta dos Direitos Humanos da Europa, no entanto, como muitos outros países europeus, na Itália existem é uma exceção contra os muçulmanos. Itália não é o primeiro país europeu onde é proibida a construção de mesquitas ou estabelecer restrições contra centros religiosos.

França e Suíça são outros países que iniciaram o fechamento de mesquitas e estabelecer restrições em locais de culto. Com o pretexto de combate ao extremismo e ao terrorismo foram feitas estas ações. Um dia proíbem o uso de burka ou niqab, outro dia fica proibida a entrada das mulheres muçulmana em locais públicos com véus. Ou é proibido usar burkini na costa da França, sob o pretexto de combater ao extremismo. 

Nas escolas alemãs, os estudantes muçulmanos são forçados a nadar em piscinas mistas. O líder da Frente Nacional da França, Marin Loppe, alerta sobre crescente uso de alimentos Halal no país. O ponto interessante é que os franceses têm aumentado o consumo deste alimento, considerando-o mais saudável, mas Loppe vê isso como um sinal de influência cultural islâmico na nação gaulesa. 

Na maior parte da Europa, os muçulmanos enfrentam diariamente com restrições, sobretudo desde começou a onda de refugiados, a qual se espalhou a islamofobia neste continente. O aumento da atividade e os partidos de extrema direita tendem a incrementar a discriminação e ataques contra os muçulmanos e locais islâmicos. Tudo isso acontece em países que são promotores da liberdade e tolerância no mundo.

Segundo as estatísticas oficiais mais de 4 por cento da população atual da Europa é muçulmana e uma grande maioria delas nasceu ou passou a maior parte de sua vida neste continente; mesmo assim, se sente como estrangeiro e não como cidadãos europeus. 

Este processo tem sido particularmente intensificado com o aumento da população muçulmana na Europa. Para os promotores de liberdade e respeito pelas crenças e ideologias dos outros, não é suficiente pressionar os muçulmanos com restrições e proibições de culto e a vida baseada em crenças islâmicas. Com o pretexto da luta contra o extremismo, por um lado, eles pisotearam os primeiros princípios do liberalismo, e em segundo lugar, considerada admissível e justificável desrespeitar santidades islâmicas sob o pretexto da liberdade de expressão. 

Os governos ocidentais usam o extremismo islâmico como um pretexto para restringir ou proibir o culto dos muçulmanos de acordo com os ensinamentos e coberturas islâmicas, mas os ataques racistas dos grupos de extrema direita contra muçulmanos e locais islâmicos não são tomados em conta. 
O Islã é o real promotor de justiça e da paz no mundo. A Islamofobia na no Ocidente junto com as atividades dos grupos takfiris cujas ideias e ações não têm nada a ver com os ensinamentos islâmicos está tentando apresentar o Islã como uma religião que promove a violência e o extremismo. O crime perpetrado em 2009 em Dresden, na Alemanha, foi um dos acontecimentos mais hediondos que tinha sido ocorrido. A egípcia Marwa Shrvini que usava véu islâmico encaminhava em um parque quando um homem começou a insulta-la depois que ela perguntou se ele poderia balançar o seu filho no qual ele estava sentado. Um ano mais tarde, durante a audiência de apelação a multa por insultos racistas contra as mulheres, o réu tirou uma faca de 18 centímetros de comprimento, que havia conseguido trazer consigo no tribunal, desprovida de qualquer controle de segurança, e feriu com 16 golpe de facadas contra o seu marido e filho. A cobertura da mídia alemã sobre este evento foi muito fraca, tanto que em um artigo no jornal britânico The Guardian escreveu: os meios de comunicação alemães inicialmente colocaram este evento em manchetes, e logo após os extensos protestos de milhares de egípcios no Cairo, o Governo Federal ficou em silêncio por quase uma semana, em um comunicado lamentou o incidente. Em uma entrevista, o marido da vítima, ”Rader Marwa anunciou diante este crime terrorista todos que estavam em silêncio, mas ai do dia quando um crime é cometido com um europeu”! O governo alemão e os países europeus em todo o mundo desencadearam uma controvérsia.

O editor de um jornal independente egípcio "Alshorugh" em um artigo que escreveu: “Se a vítima tinha sido um judeu, havia causado controvérsia no mundo; o fechamento de mesquitas e restrições para a construção destes em Itália é a continuação do processo de islamofobia”.

 

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