Refugiados, uma prova de lealdade dos europeus aos direitos humanos 3
(last modified Sun, 04 Dec 2016 19:34:23 GMT )
Dez. 04, 2016 19:34 UTC
  • Refugiados, uma prova de lealdade dos europeus aos direitos humanos 3

Neste programa falaremos sobre a difícil situação das crianças refugiadas na Europa.

Cumprimentos cordiais a todos vocês estimados ouvintes da Voz Exterior da República Islâmica do Irã, estamos a seu serviço com outro programa  da série “Refugiados, uma prova de lealdade dos europeus aos direitos humanos”.

Neste programa fazemos uma análise das dimensões que implica a onda dos refugiados na Europa e as medidas contrárias ao direito internacional humanitário daqueles que afirmam ser defensores dos direitos humanos. Nos dois programas anteriores falamos sobre o conceito de migração,  dos refugiados,  e as condições difíceis de sua deslocação.

A onda de refugiados para Europa tem dirigido os regulares dualistas dos ocidentais para questões dos direitos humanos em suas fronteiras, o que tem criado um grande desafio para os governos europeus. Entre os refugiados, as principais vítimas são as criancas, já que eles não têm a suficiente capacidade para suportar uma viagem que implica tantos perigos e esforço físico para poder chegar a seu destino. Segundo as últimas estatísticas, mais de um milhão de refugiados que em 2015 inteiraram na Europa, 27 % são crianças e adolescentes; dos quais menos da  metade tinham viajado sem nenhuma  pessoa que fosse responsável por eles. Seus nomes não têm sido registrados em nenhum país europeu e se encontram dentro daqueles que estão desaparecidos.  No final de agosto de 2015, a imagem do corpo de um menino de quatro anos, chamado Aylan, encontrado na costa do  Mediterrâneo,  provocou um sentimento global sobre a crise  humanitária que sofrem os imigrantes sírios  em seu caminho para Europa.

As imagens de Aylan que estava jogado nas areias da costa mediterrânea, foram  publicados amplamente nos meios de comunicações em todo mundo. O diário Independente escreveu: se a imagem deste menino não muda a opinião  dos países europeus aos refugiados, então, que o mudará?.  O diário “Lhe Monde”,  considerou de que a imagem abriria a consciência dos Europeus .

De acordo com o jornal “Lhe Point”, a imagem correu como pólvora em todos os jornais da Europa e se converteu no símbolo da tragédia humanitária dos imigrantes na Europa.  Neste sentido, Philip Kuyar, político canadense, lamentou que fosse necessária a imagem de um menino refugiado sírio para acender as consciências.

Cabe assinalar que Canadá, foi um dos países que recusou conceder asilo ao pai de Aylan.  Após duas tentativas frustradas de levar a sua família (esposa e dois filhos)  à ilha grega de Kas, o pai de Aylan tomou a decisão de mudar-se à Europa de maneira ilegal em um bote inflável, mas a viagem terminou em tragédia com o naufrágio  da embarcação. A imagem do pequeno Aylan, afogado na costa da Turquia, deu  volta ao mundo, percorreu as redes sociais e tratou de concienciar sobre o drama da crise dos refugiados e o sofrimento de suas vítimas mais vulneráveis: os menores .

Em seguida, os políticos europeus trataram de utilizar este tema com fins políticos e propagandísticos. O ex premiê britânico David Cameron disse: "tudo o que temos visto nestas imagens não pode ser indiferente…eu como pai, senti muita dor ao ver o corpo sem vida do menino caído  na águas da costa da Turquia. vamos fazer cargo o mais cedo possível de nossas responsabilidades morais”. No entanto  , o premiê francês Manuel Vallas,  ao expressar sua preocupação  pelo sucedido escreveu no Twitter: o menino de  nome: Aylan Kurdi. É necessário fazer algo  o quanto antes. Que a Europa caia em si. No entanto, não durou muito a influência e o  reflexo da imagem de Aylan na opinião pública e dos governos europeus que ainda não reagiram diante as estatísticas das entidades civis não governamentais e as de algumas entidades oficiais da União Européia sobre a crise humanitária dos refugiados nos campos e por trás das fronteiras da Europa.

E continuando a onda de refugiados para Europa, os governos europeus, esquecendo a situação desumana e dolorosa dos refugiados sírios, têm tomado estritas medidas para evitar a entrada de um maior número deles.  Os refugiados, particularmente as crianças  que têm entrado a Europa, se encontra em uma situação mais difícil e dura. Os governos europeus negaram-se a aceitar qualquer responsabilidade pelos   refugiados.

Nestas condições,  os meninos que chegaram sem acompanhante se encontram expostos a graves perigos, especialmente a exploração sexual. Dezenas de meninos refugiados que foram sequestrados  nos  países europeus,  se encontram dentro  de grupos de tráfico, corrupção e prostituição.

Um dos destinos que preferem os refugiados é Suécia, onde lhes dá um melhor trato em comparação com outros países europeus, no entanto os meninos também não estão seguros da exploração sexual.  Recentemente,  alguns meios suecos informaram que os filhos  de refugiados que vivem na cidade “Malmo” no sul de Suécia estão baixo o perigo das máfias de meninos. O diário  "Aftunbladt", informou que um diretor de uma escola denunciou que muitos  meninos refugiados que estudam nas escolas de Malmö, são sequestrados no pátio da escola para ser utilizados como escravos sexuais. Este diretor, que preferiu ficar no anonimato agregou que, lamentavelmente a polícia  não faz nada ante os fatos.

A coordenadora para os assuntos de luta contra o tráfico na zona  Ascona no sul da Suécia,  “Liza Green”  em uma entrevista com o diário "Sydsunskan", depois de confirmar o abuso sexual de meninos refugiados, assinalou: “No ano 2014,  informamos à polícia quase de 40 sequestros de meninos, mas o número real de meninos  refugiados sequestrados no sul de Suécia    é muito maior.

Faz pouco, o governo francês, realizou uma operação em um campo de refugiados  no bosque de Calais. Aí confirmou que os mais expostos a danos eram os meninos.  As equipes de resgate que ajudam ao mencionado campo de refugiados, no meio da preocupação pela falta de medidas para proteger aos meninos que vivem aí, reportaram sobre a violência que sofrem os meninos  e o risco de abuso sexual.

Assim mesmo, o jornal The Observer,  informou sobre mulheres e meninos que têm sido atacados e violados em campos supostamente seguros. Um exemplo disso, é que mulheres e meninos não se atrevem a ir ao centro de saúde de um dos campos,  por causa dos ataques que se comentem contra eles.

Um dos representantes do Parlamento da Grécia disse  Observar que estas informações  deveriam ser uma vergonha para todos e que devem  tomar medidas urgentes para proteger a estes meninos indefesos.  Inclusive a polícia conhecida como Europol já advertiu sobre o possível abuso sexual dos filhos dos refugiados na Europa. Os governos europeus que se dizem defensores dos direitos humanos,  de conformidade com os tratados internacionais de proteção dos direitos dos meninos estão obrigados a tomar medidas para os proteger, mas se mantêm indiferentes diante  as situações dos meninos refugiados e as notícias sobre abuso infantil ; inclusive consideram que seu  comportamento perante os fatos, é uma forma de criar medo entre os meninos que decidem deixar a suas  famílias para ir à Europa.