2016, o ano mais crítico para os refugiados (1)
Neste programa, aborda-se uma descrição da situação dos imigrantes em 2016 e o enfoque dos governos europeus para fazer frente a este fenômeno humano.
2016 terminou em condições em que as diversas instituições e organizações a nível regional e global proporcionaram estatísticas em diferentes áreas.
Uma destas estatísticas tem sido o número dos mortos durante o caminho de abandonar sua pátria para somar à imigração. Segundo o último relatório da Organização Internacional de Imigração, o número de pessoas que durante o ano passado têm abandonado seu país com o fim de encontrar um lugar seguro e têm morrido supera as 7189 pessoas. Isso significa um aumento do 20 por cento em comparação com 2015 e, se continua esta tendência migratoria em 2017, a cada dia em média se acrescentarão 20 pessoas ao número de vítimas mortais. Em Ásia, África, América do Sul, centos de milhares de pessoas abandonam sua pátria para fugir da guerra, a destruição, os desastres naturais, o genocídio, a discriminação racial, entre outros. No entanto, muitos destes desalojados vivem com menos possibilidades e nas condições mais difíceis. Uma das direções principais dos refugiados e desalojados para encontrar condições para uma vida melhor, ou melhor dito para sobreviver, é o caminho para Europa. Eles para chegar ao velho continente devem cruzar a via marítima do Mediterráneo. Refugiados indefesos com a esperança de chegar a Europa entregam todas suas poupanças a traficantes. Os traficantes, a sua vez, embarcam aos refugiados em um bote de borracha sem nenhuma segurança e deixam-nos no meio do mar. Muitos destes botes embarcam a mais passageiros que sua capacidade e basicamente não são seguro para uma viagem por mar. Milhares destes refugiados, em sua maioria mulheres e meninos, não têm chegado a seu destino e se afogaram no mar Mediterráneo.
A Organização Internacional de Migração em um relatório declarou que a cifra de desalojados morridos em 2016 no Mediterráneo era a mais de quatro mil pessoas. Segundo este relatório, desde princípio do ano em curso até agora, 4220 pessoas para fugir da guerra e insegurança tem tentado através do mar Mediterráneo chegar a Europa mas por desgraça têm perdido a vida. Enquanto o número das vítimas em 2015 foi de 3770 pessoas. O comandante de operações de Europa para luta contra o tráfico de pessoas no mar Mediterráneo, Enrico Credendino, que dirige a operação chamada “Sophia” disse: “bandas rivais de traficantes humanos enfrentam-se em Líbia e às vezes interceptam a migrantes no mar para extorsionarlos ou deixam-nos abandonados no mar”. Desde o início do ano em curso mais de 160 mil refugiados têm viajado de Líbia para Itália e entre eles 3500 de pessoas se afogou devido à precariedade da embarcação que se terminou afundando nas águas para perto da Itália. A ONU tem anunciado que o mar Mediterráneo se converteu no grande cemitério para os refugiados.
O despacho do Alto Comisionado da ONU para os Refugiados catalogou o 2016 como no ano mais mortífero para os refugiados no mar Mediterráneo. Em seu relatório lê-se: “a probabilidade de perder a vida para os refugiados neste mar que saem de Líbia a Itália com respeito aos que vão de Turquia a Grécia é 10 vezes mais. Reduziu-se o número dos refugiados que tratam de chegar a Europa desde Turquia, devido ao acordo que assinaram a União Europa e Turquia para controlar as fronteiras navais deste país. Por outro lado, tem aumentado a cifra dos refugiados e desalojados desde norte de África para Itália”.
O Ministério do Interior de Itália, em seu relatório anual, anúncio: “durante o 2016, o número dos migrantes estrangeiros que têm chegado a Itália em barco enfrenta a um crescimento do 20 por cento o total de migrantes que têm chegado à Itália durante os três últimos anos, isto é, mais de 500 mil de pessoas”. Segundo o relatório, durante 2016, mais de 181 mil imigrantes têm arribado em barco a Itália, esta cifra tem subido mais do 18 por cento em comparação com 2015. A perspectiva incerta dos focos críticos dos pontos de imigração em África e Ásia e as políticas anti-imigração dos países europeus mostra que 2017 ser um ano perigoso para os refugiados que tentam viajasse Europa.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU informou que só em 2016 mais de meio milhão de afegãos têm sido deslocados como resultado dos distúrbios civis e se considera a cifra mais alta desde 2008. O coordenador de Assuntos Humanitários da ONU, Marc Buden, expressou sua preocupação pelo aumento dos refugiados afegãos e disse: “estou preocupado porque estas estatísticas não só falam dos refugiados internos sina que mostram uma crise de longo prazo”.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU também anunciou que mais de 600 mil refugiados afegãos em 2016 foram expulsos de Paquistán e obrigados a regressar a seu solo natal. Afeganistão é um dos grandes países de origem da imigração. Ainda que a maioria destes migrantes refugiam-se na República Islâmica do Irã e Paquistão, de todas formas muitos jovens afegãos utilizam qualquer oportunidade para viajar a Europa. Pelo contrário, a motivação dos refugiados de Afeganistão e outros países críticos têm posto na agenda a deportação dos refugiados. Na Alemanha começou-se expulsar os refugiados afegãos. O ministro de Interior alemão, Thomas de Maiziere, fazendo finca-pé na criação de leis estritas contra os refugiados afegãos, disse que se intensificará o processo de expulsão obrigatória do país.
Destacou também que vai fechar algumas das fronteiras dA Alemanha e intensificar o processo de expulsão forçada. Maiziere mencionou que o governo alemão está considerando uma importante resolução. Estas declarações propuseram-se enquanto as organizações alemãs de direitos humanos em várias ocasiões têm pedido ao governo permissões legais para os refugiados afegãos e sua integração neste país europeu.
O Ministério do Interior da Itália também tem declarado que com a mudança das regras, facilitará a expulsão dos imigrantes neste país. A maioria dos países europeus desde finais de 2016 têm posto em sua agenda a expulsão dos imigrantes cujas solicitações de refúgio têm sido recusadas.
A onda de imigrantes à Europa que desde 2015 se converteu em um problema para os países ricos de Europa tem tido um amplo eco nas notícias. Os governos europeus sem fazer frente a este problema têm pisoteado as regras internacionais de apoio aos direitos dos refugiados e com diferentes pretextos tentam fechar suas fronteiras e expulsar aos refugiados. No próximo programa falaremos sobre o enfoque anti-imigrante dos governos europeus defensores dos direitos humanos para a política da República Islâmica de Irão que acolhe a milhões de refugiados afegãos e iraquianos.