Jan. 20, 2017 15:03 UTC
  • O crescimento de extrema direita e a islamofobia na Europa (2)

Cumprimentos cordiais a todos estimados ouvintes da Voz Exterior da República Islâmica do Irã. Estamos a seu serviços com o segundo programa da série “O crescimento da extrema direita e a Islamofobia na Europa”. No programa anterior falamos sobre as mudanças e os avatares políticos durante os últimos anos e as razões da inclinação da extrema direita nesta área.

A inclinação da extrema direita na Europa teve raízes profundas que exatamente já faz um século de existência .Os europeus pagarão um preço muito alto por ter matado mais de 50 milhões de pessoas e destruído  dezenas de outros países com a tendência neo-nazista na Alemanha na década dos anos 30 e  os fascistas na Itália na década dos anos 20  e  a explosão da Segunda Guerra Mundial. O medo pela tomada do poder dos partidos de extrema direita, considerando a amarga experiência dos acontecimentos da segunda guerra mundial, temem institucionalizados na Europa. Mas durante os últimos anos, este temor vem diminuindo pela vasta insatisfação popular em torno da atuação dos partidos de esquerda e do centro de direita tradicional. Nas eleições   realizadas em diferentes países europeus, os partidos de extrema direita tiveram sucessos consideráveis distanciando-se da margem que têm influído no processo das  mudanças políticas e culturais da Europa. Por suposto, os partidos de extrema direita neste continente  tem semelhanças com os partidos  de direita neo-nazista e fascistas. No programa anterior mostramos algumas características e índices dos partidos de extrema direita. Hoje falaremos sobre outras características dos partidos de direita européia.O historial da extensão da extrema direita, em geral segundo estudos se realizaram em  três etapas. Após a finalização da segunda guerra mundial e o fracasso dos fascistas, os sistemas políticos firmes estabeleceram na maioria dos países europeus. Estes sistemas políticos criaram imediatamente após a segunda guerra mundial, e os partidos e correntes de extrema direita ainda que não desapareceram por completo, foram marginalizados  por seu lema anti-judeu e racista. A vitória sobre o fascismo, a prosperidade econômica e a redução do desemprego foram fatores que impediram a ascensão da extrema direita nesses anos todos .A segunda etapa da extrema direita começou na década dos anos 70 que incluiu os partidos avançados na região Escandinavia que foram os movimentos populistas anti- imposto. No entanto, por último o quarto do século XX, apareceram novos partidos e movimentos que conseguiram o apoio dos povos . Por exemplo, promoveu-se o Partido da Liberdade da Áustria em 5 por cento em 1986 à 27 por cento em 1999. A Frente Nacional, por ter sido um partido marginal  na França, converteu-se em um dos mais importantes que em cada eleição que houve pelo menos obtiveram 10 por cento dos votos. De fato, até antes da década dos 80,  o termino da ‘extrema direita’ foi  sinônimo do neo-fascismo .

O único partido que obtinha conhecimentos  de extrema direita, era o MSI da Itália, considerado um partido fascista. Mas na década dos anos 80 toda mudança,  criaram os novos partidos. Os partidos de extrema direita na Europa que à princípio naquela época entraram no Parlamento foram seis e até o final da  mesma época havia chegado a dez,  e na metade da década dos anos 90 , atingiu a cifra dos quinze partidos.

Com a chegada do século XXI, os  partidos de extrema direita trataram de converter na corrente principal. No ano 2000,  o Partido Libertem da Áustria (FPÖ) entrou em uma coalizão com o Governo de centro direita da Áustria.  Na Itália,  o partido Une do Norte (LN) inteirou-se no Gabinete. Em 2002,  o partido de extrema direita dos países baixos (LPF), atingiu os 17 por centos dos votos e obtendo 36 cadeiras no Parlamento finalmente  entrou no Gabinete da coalizão. No mesmo ano no França, o líder do partido de Frente Nacional,  Jean-Marie Lhe Pen,  após derrotar o candidato socialista Lionel Jospin com aproximadamente  cinco milhões de votos, equivalentes à 18 por cento dos sufragios, junto com Jacques Chirac no segundo turno , atraiu a atenção da Europa e do o mundo. A imprensa da Europa descreveu a entrada de Jean-Marie Lhe Pen para o segundo turno das eleições presidenciais na França como um terremoto político. Estes partidos poderiam manter seus partidários ao invés do que se imaginava.  Marine,  filha de Jean-Marie Lhe Pen, tratou de apoderar da direção da Frente Nacional nas eleições presidenciais da França em 2012, obtendo ao seu favor  18 por cento dos votos. Alguns especialistas sociais disseram que a ascensão dos partidos de extrema direita não deve ser considerado  como a nova cara do  fascismo;  mas é possível que em alguns casos existisse alguns vínculos entre estes dois fenômenos.

A corrente de extrema direita atual apareceu em condições completamente diferentes em comparação com o período entre as duas guerras mundiais. Estes partidos apareceram quando a guerra fria estava perto de  seu fim e  o comunismo foi derrotado e cresceu a  globalização,  na convergência européia, a imigração e o multiculturalismo.

A extrema direita em geral pode ser  considerada à nível legal que inclui partidos, organizações,  grupos e  pessoas; e estes dois últimos realizam atividades violentas. Na classificação dos partidos de extrema  direita segundo a tendência ideológica, também os pesquisadores têm ideias diferentes. Entre elas pode ser considerado a classificação de extrema direita em dois aspectos : os partidos tradicionais com tendência neo-fascista e o dos novos partidos com tendência popular em países como França, Áustria, Itália, Holanda e Suíça,  longe do fascismo  enfoque moderado com lucros sucessos consideráveis.

Figuras da direita da Europa:

Na Holanda, o líder do Partido pela Independência,  Geert Wilders, na Grã-Bretanha, o líder do Partido da Liberdade, na França,  Marine Lhe Pen, líder da Frente Nacional, na Alemanha, o líder do partido "Alternativa para Alemanha”, Frauke Petry, o líder do partido,  da Liberdade da Áustria, Ashtrakhh e o premiê do Hungria, Viktor Orban.

A extrema direita tem diversos rasgos e características. Entre elas destacam a natureza anti- islâmica, anti-globalização, anti-Brushelas,  (Contra a União Européia) e sua natureza popular , que agora se estendeu em países como Grã-Bretanha, França, Bélgica,  países baixos, Áustria e os países Nórdicos.

O referendo sobre a saída do Reino Unido da UE  realizou uma publicidade anti-imigrante do partido de Independência do Reino Unido.  O premiê britânico David Cameron, em prol da permanência da UE, realizou um referendo  com a esperança de que a maioria dos ingleses votassem por permanecer na União Européia, no entanto o resultado do referendo foi o contrário à suas expectativas pelo qual renunciou o seu cargo. 

Agora, a Frente Nacional da França, e o Partido pela Liberdade da Holanda,  também  pediu a saída da União Européia. Os especialistas sociais definiram o anti-sistema da extrema direita como  popularismo anti-democrático. A maioria dos  especialistas  sociais e políticos através do nacionalismo  destacaram várias particularidades principais da extrema direita em cinco características: o nacionalismo,  o racismo, a xenofobia e os esforços dos governos antidemocráticos e autoritarios para criar um governo poderoso. No próximo programa  falaremos mais sobre esse  tema.

 

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