Crise dos emigrantes na Líbia
(last modified Mon, 08 May 2017 16:44:44 GMT )
May 08, 2017 16:44 UTC
  • Crise dos emigrantes na Líbia

O comportamento dos governos europeus em frente à emigração dos refugiados do norte da África e a região do Oriente Médio tem motivado que se esqueça as dimensões da crítica situação dos refugiados nos países que alegam ser defensores dos direitos humanos na Europa.

A situação dos imigrantes na Líbia

Recentemente, algumas entidades internacionais e defensoras de direitos humanos têm oferecido relatórios terríveis a respeito da situação crítica dos refugiados na Líbia o que tem motivado a emigração dos refugiados para a Europa bem como a situação desumana dos refugiados em alguns países europeus. A Organização Internacional para as Migrações em um recente relatório tem declarado que os traficantes de pessoas têm convertido Líbia em um lugar para as atividades dos mercados de escravos, de maneira que cativa aos refugiados e lhes impõem o trabalho obrigatório. Um número de refugiados sobrevividos têm atestiguado que lhes tinham vindo várias vezes e lhes obrigaram a trabalhar em vários lugares. Diziam que chamavam a suas famílias e faziam chantagem para os libertar. A Organização Internacional para as Migrações já o mercado da compra e venda de escravos está trabalhando de forma preocupante na Líbia.

Segundo os relatórios desta organização, a venda e compra dos escravos realizam-se em estacionamentos e praças e os vindos obrigam-se a trabalhar em casas ou oficinas abandonadas.  A desnutrição , abuso sexual e o assassinato ameaçam os refugiados cautivados. O chefe da Organização Internacional das Migrações, Othman Belbeis disse : “Se vão ao mercado, com 200 a 500 dólares levam à casa a um refugiado que pode fazer as tarefas de casa. Após comprar este refugiado agora você é seu dono. Muitos deles  escapam, e outros vivem cautivados e alguns fazem trabalhos obrigatórios”.

Segundo as testemunhas, os emigrantes e refugiados são vendidos como escravos sexuais. Diretor da Operação Urgente da Organização Internacional para as Migrações, Mohammad Abdolkabir disse : “É uma situação terrível. À medida que trabalhamos mais na Líbia, dá-nos conta que este país é a terra de lágrimas para os refugiados”.

A venda dos refugiados na Líbia

Depois do acordo assinado entre Itália e o Governo apoiado pela ONU na Líbia, a situação voltou-se tremenda para os refugiados na Líbia cuja maioria têm vindo desde outros países pobres africanos. Segundo este acordo, a Itália fornece  educação, equipamento e as despesas das   pessoas no país norteafricano. Este memorandum de entendimento havia sido conseguido após o acordo dos líderes da União Européia em Malta para a luta contra a emigração desde África para Europa. O governo libio receberá 200 milhões de euros para a execução destes planos incluindo o fornecimento da Guarda Costeira. Após a assinatura deste  acordo entre à UE e a Turquia  fecharam as vias marítimas dos refugiados à Grécia.

Agora, uma das vias mais importantes da imigração para a Europa é da Líbia entre barco a Itália; onde os traficantes de pessoas estão trabalhando tranquilamente. Mas os refugiados são as principais vítimas destes acordos. Eles capturam os refugiados e lhes deicham enjaulados em cárceres ou campos onde existe uma situação desumana. Kita, refugiado de Gambia diz: “Na Líbia disparavam os pés das pessoas . Disparavam as cabeças. Eles apreciam mais os cães do que os seres humanos. Em suas prisões  só podem ver os negros. Todos os dias lhes golpeiam. Não têm comida e só uma vez ao dia comem. Foram dias horríveis”.

A Organização dos Médicos Sem Fronteiras tem expressado sua preocupação pelas consequências deste acordo entre Itália e Líbia para a luta contra o tráfico de pessoas. Está muito débil a situação e previdência dos refugiados nos campos no sul do Grande Deserto na Líbia. Estes campos parecem  “armazéns de pessoas”.

O diretor geral de MSF disse à respeito que “o sistema de maltrato e força” obriga os refugiados que elejam entre fazer chantagem aos traficantes para passar do mar ou serem vendidos como escravos. Isto mostra a terrível situação dos emigrantes que nos campos da Líbia procuram uma oportunidade para chegar a Europa.

Situação crítica dos refugiados na Líbia

Muitos dos refugiados que vêm do Mar Mediterrâneo com a esperança de chegar na Europa nunca vêem a costa. Segundo a Organização Internacional para as Migrações, neste ano caso 32 mil emigrantes  chegaram a Europa . Neste período, 650 pessoas  perderam suas vidas no caminho a Europa. Milhares deles também foram salvos pela Guarda Costeira dos países europeus. Os que chegam a Europa não têm uma boa situação. Na Alemanha publicou-se recentemente um relatório a respeito da prostituição das adolescentes e jovens para obter suas primeiras necessidades.

Anteriormente, tinha-se publicado relatórios a respeito da prostituição das jovens em Grécia, um dos primeiros destinos dos refugiados após passar de Mediterráneo. Mas não podia ser imaginado em Alemanha, onde Angela Merkel alegava ajudar os refugiados, as jovens também se viam obrigadas à prostituição. Muitas  das organização pró direitos humanos advertem sobre esta situação e consideram-na perigosa para Alemanha, pois está aumentando o número de jovens prostitutas. 

Está muito ampla a dimensão da prostituição de jovens e adolescentes. Muitos destas desapareceram.  O Porta-voz do Escritório Penal de Alemanha disse em janeiro de 2016 que não existe nenhuma impressão de 4749 meninos e adolescentes sós que haviam se refugiado neste país. Acrescentou que 431 eram menores de 13 anos, 4287 tinham entre 14 a 17 anos. 31 deles eram maiores de 18 anos. A Polícia da União Europa tinha anunciado que durante os últimos 24 meses,  desapareceram   pelo menos 10 mil meninos depois de ter chegado a Europa. Na Itália cinco mil e na Suécia mil meninos haviam  desaparecidos. 

Segundo as organizações pró direitos humanos, estes meninos devido a sua especial situação, foram “iscas muito fáceis” para os delinquentes em podem abusá-los. A Polícia da UE anunciou que os delinquentes que fazem o tráfico de pessoas se esforçam por escravizar os meninos, mulheres e jovens para a exploração sexual.

Os emigrantes de verdade  não têm nenhum refúgio. Eles emigram para Europa não para ter uma vida melhor, e também para sobreviver . Mas os governos europeus não olham este fenômeno desde o ponto de vista humano,  que totalmente tomam em conta o aspecto da segurança alegando que os refugiados representam um perigo para a segurança e identidade européia. Desta maneira fecham os olhos a todos os crimes que se cometem neste caminho.