Ago. 24, 2017 05:16 UTC
  • O crescimento de extrema direita e a islamofobia na Europa 5

Neste programa estuda-se o aumento da islamofobia nos Estados Unidos e os ataques à mesquitas no Reino Unido.

O Islã é a religião da justiça, paz, filantropía e amor . Uma característica principal do Hazrat Mohamad, (cumprimentos sejam para ele e seus descendentes) foi seu amor e bons tratos . Uma das razões pelas quais o Islã se estendeu rapidamente na península arábiga entre os árabes beduinos tem sido o amor e os bons ensinamentos do Profeta do Islã. Uma das recomendações do Profeta e seu Ahlul- Beit (sua família), é o bom comportamento com os seguidores do Islã, mas este conselho, que põe também ênfase na bondade e filantropía, não só está dirigido ao aplicar só com os muçulmanos, mas inclusive com aqueles que não têm aceitado o Islã. Há muitas narrações na história islâmica sobre o amor e o carinho do Profeta e os Imames com os não muçulmanos e a conversão de muitas pessoas  ao Islã graças e ao caráter do Profeta e Ahlul- Beit.

No entanto, após decorridos 1400 anos do aparecimento do Islã, muitas pessoas no Ocidente, nos termos e atos contra o Islã e em prol da islamofobia, tratam de apresentar o Islã como uma religião que promove o extremismo e o terrorismo. Por desgraça, algumas correntes nos países islâmicos, especialmente os governantes do wahabismo da Arábia Saudita, com uma interpretação equivocada dos ensinos islâmicos, apoiam os atos extremistas e medidas islamófobas no Ocidente para apresentar ao Islã como uma religião que promove a violência. Eles formaram e apoiam os grupos terroristas e takfiries como o EIIL (Daesh, em árabe) em suas ações para destruir a imagem verdadeira do Islã. No entanto, o Islã puro de Mohamad (que a paz esteja com ele ) nada tem à ver com o Islã de Daesh e do wahabismo reinante na Arábia Saudita.

O notável é que os países ocidentais, especialmente os Estados Unidos e o Reino Unido, são aliados estratégicos da Arábia Saudita. De fato, os governos ocidentais, com o apoio dos dirigentes sauditas , ajudam às correntes islamófobas e a promover o anti-Islã. Com seus atos, estes governos evitam que o  povo conheça o verdadeiro Islã que promove a justiça, a paz e a bondade. Um Islã que convida a todos ao  monoteísmo e a não aceitar a tirania e a criar uma comunidade baseada na justiça e na paz. Como resultado, a relação entre os governos ocidentais e o saudita está aumentado as estatísticas de atos de violência e discriminação contra os muçulmanos, grupos minoritários étnicos e de outras religiões nos países ocidentais. De fato, o Conselho de Relações Islâmico-Estadounidenses (CAIR, por sua sigla em inglês), em um relatório, assinalou que "o número de delitos relacionados com o ódio para com os muçulmanos nos primeiros seis meses de 2016 havia sido registrado um aumento alto em comparação com a segunda metade do ano anterior". Neste relatório lê-se: "Desde 2013, em que a organização de direitos civis começou a documentar e recolher provas, em  2016 foi um dos piores anos no campo dos incidentes contra os muçulmanos".

De acordo com o CAIR,  aumentou  24 por cento o número de atos contra os muçulmanos na primeira metade de 2017. A coordenadora para controlar e combater a islamofobia da CAIR, Zainab Aryan, disse: "Donald Trump, durante sua campanha eleitoral e presidenciais dos Estados Unidos e depois de já instalado na Casa Branca,  promoveu a intolerância e o ódio cujo resultado  afetou os muçulmanos dos Estados Unidos e  outros grupos de minorias deste país". Esta dama muçulmana residente nos Estados Unidos agregou: "Se continuam as medidas fanáticas contra a comunidade  muçulmana, em 2017 será um dos piores anos no terreno de tais acontecimentos". O CAIR anunciou que "a faísca principal que tem acendido os fatos antimusulmanos deste 2017, está formado em  32 por cento pela cultura  ou a nacionalidade das vítimas, os 20 por cento das condutas violentas ou discriminatoria ocorre porque pensam que a vítima é muçulmana. O véu islâmico das mulheres também é a razão dos 15 por cento dos comportamentos violentos contra os muçulmanos.

 Está aumentando a islamofobia e o anti-Islã na Europa, especialmente no Reino Unido.  Nas últimas estatísticas, Tell Mama, uma organização que recopila denúncias de delitos de ódio contra a comunidade muçulmana por todo o Reino Unido, advertiu de que na visão das estatísticas da violência contra os muçulmanos e  locais islâmicos, neste país europeu, mostra que as mesquitas a cada semana são branco de atos anti-Islã. Segundo dados oficiais, a polícia britânica, após a celebração do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Européia (Brexit), reportou um incremento de 23 por cento nos delitos proveniente do ódio contra os muçulmanos. O responsável por Tell Mama, Fayad Muqal, em uma análise do porquê  as mesquitas são objetivos de ataques islamófobos, disse: "que as mesquitas são símbolo do Islã e lugar de reunião dos muçulmanos, essa é a razão mais específica de que sejam branco dos ataques e as ameaças dos antislamicos".

A seguir, acrescentou: "as pessoas que cometem ações islamófobas acham que o impacto de seus atos contra as mesquitas pode ter mais  reflexo que um ataque ou ameaça a uma pessoa.  O ataque a uma mesquita envia uma mensagem aos fiéis que se dirigem aí e ameaça a todos os muçulmanos da cidade". Segundo o relatório de Tell Mama, os maiores ataques contra as mesquitas e centros islâmicos do Reino Unido, incluem atos incendiarios e preparar comida com carne de porco para perto destes lugares. Os detractores do Islã no Reino Unido, em forma organizada, têm apontado às mesquitas. A tentativa mais recente  foi o envio de cartas nas quais  ameaça em bombardear estes recintos religiosos. O objetivo destas ações é criar medo entre os muçulmanos no Reino Unido. Nos últimos quatro anos, registraram-se  perto de 197 casos de ameaça, de acordo com Tell Mama que, no entanto, alerta que muitos não foram  reportados. Por suposto, os  antimusulmanos como se não bastasse agredir fisicamente os muçulmanos também atacam seus locais religiosos. Um dos métodos destes  grupos é escrever notas e artigos islomófobos. Alguns meios de comunicação do Reino Unido têm colunas especiais para aqueles que são conhecidos por sua aversão ao Islã. Ademais, tais pessoas têm uma presença ativa nos programas de televisão.

Por desgraça, a islamofobia e o anti-Islã não se limita aos países ocidentais. Desde oeste da Ásia até o coração da África são  muitos os casos de islamofobia e anti-Islã. Em uma recente conferência celebrada em Singapura, jovens muçulmanos expressaram sua preocupação pelo aumento da islamofobia neste país . Um dos estudantes ativistas da Singapura, organizador da reunião contra a islamofobia neste país, indicou que a islamofobia em Singapura não é como no Oeste, mas nestes dias se observou que as pessoas vê os muçulmanos com outros olhos. Para finalizar, instou a realizar esforços para que o povo conheça mais sobre o Islã e  na luta contra a islamofobia.

No próximo programa seguiremos abordando sobre este assunto., suspeita.

 

 

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