O tiroteio mais sangrento na historia dos Estados Unidos
(last modified Fri, 24 Jun 2016 12:13:02 GMT )
Jun. 24, 2016 12:13 UTC
  • O tiroteio mais sangrento na historia dos Estados Unidos

Incidente terrorista de Orlando nos Estados Unidos em termos do impacto que isso pode trazer para região e as relações internacionais pode igualar a 11 de setembro, porem, com uma escala mais limitada que terá consequências regionais e internacionais.

"Omar Mateen" um cidadão norte-americano de origem afegã, no domingo 12 de junho atacando a clube na Flórida, criou um episodio mais sangrento na história dos EUA. As fontes norte-americanas dizem que Omar Mateen, de 29 anos que foi batido por forças policia após de três horas de disparo no clube, tinha ligado a polícia declarando sua lealdade a grupos extremistas.

Presidente dos EUA, Barak Obama após a reunião no Conselho nacional de Segurança da Casa Branca, disse a jornalistas "parece que ele é jovem irritado, confuso e perturbado que se tornou um extremista." Ele acrescentou que Omar Mateen era filho de um casal imigrante afegão que tinha nacionalidade dos Estados Unidos, nascido em Nova York e em que tem aumentado agora as especulações sobre o motivo da sua ação e as suas tendências políticas e religiosas.

O porta-voz do FBI tinha afirmado que as autoridades estavam estudando precisamente este assunto para saber e se fosse um caso interna ou seria um ataque terrorista internacional.

O incidente terrorista de Orlando em termos do impacto que isso pode trazer para a região e as relações internacionais podem ser consideradas outro 11 de setembro com uma escala mais limitada, em que pode trazer mensagens e consequências regionais e internacionais.

Roger Cohen, comentarista de “New York Times” em um curto comentário sobre o ataque em Orlando e os seus efeitos negativos, em particular os seus efeitos sobre o fortalecimento do racismo nos Estados Unidos e na Europa, diz: o tiroteio em massa de Orlando favorece drasticamente os processos direitistas, isolacionistas, populistas e racistas nos Estados Unidos e na Europa.

Como esperado, em reação a este ataque, o ponto de seta mais uma vez foi apontado para os muçulmanos, e o Donald Trump, o candidato presidencial dos republicanos, exigiu a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

Trump abusou deste incidente na sua concorrência com "Hilary Clinton" e se orgulhava que estava certa quando tinha falado sobre o extremismo. Ele disse que depois deste incidente, um número de pessoas procurou-o e lhe parabenizou pela sua posição correta. Ele falou que não precisava de saudações, mas que precisava mais rigor e severidade e atenção.

Os observadores acreditam que este incidente poderia aumentar o poder da extrema direita nos Estados Unidos e ampliar a base dos que disseminam o fenómeno da islamofobia. Esses grupos querem apertar o cerco aos muçulmanos nos Estados Unidos e nos países europeus e controlar a entrada de requerentes de asilo e os estrangeiros muçulmanos nos Estados Unidos.

Foram precipitadas, as consequências negativas de tais incidentes para os muçulmanos nos Estados Unidos. Este evento acelerou mais uma vez os esforços racistas e extremistas nos Estados Unidos para denegrir a imagem do Islã. Eles utilizaram desse incidente negativamente nas redes sociais contra os muçulmanos e tentaram apresentar o autor desse incidente um muçulmano.

Por outra parte, alguns acreditam que este acontecimento afetará a presença de muçulmanos nas urnas em eleição presidencial norte-americana.

Muitos observadores creem que se aumentarem as pressões contra os muçulmanos, eles no dia da eleição, por temor de serem alvos de violência, não aparecerão nas urnas.

O senador republicano "Gio Flayk", disse: “As investigações sobre este incidente vai determinar a intenção do seu autor”. Se for determinado que o autor tivesse seguido o Daesh, seria analisado o caso do terrorismo e se for confirmado o seu papel psíquico e espiritual, será analisado também a lei da arma.

“O candidato democrata para as eleições presidenciais nos Estados Unidos o Berni Sanders” acredita que o caso deste tiroteio é outro fator que exige a revisão das leis de porte de armas.

Outra candidata deste partido, "Hillary Clinton" coincide com ele e previamente tinha pedido à proibição de porte de armas nos Estados Unidos.

De fato, outra consequência de massacre da Flórida será tratar novamente a lei da liberdade de porte das armas nos Estados Unidos. Obama também enfatizou em seu discurso sobre a falta de uma conexão entre o autor de massacre da Flórida e grupos terroristas islâmicos, ele considera este evento o resultado da liberdade de porte das armas e criticou Trump para atribuir o incidente aos muçulmanos.

Este assunto ganha mais relevância no momento em que um dos principais lobbies de armas nos Estados Unidos, a NRA7, é um dos apoiantes importantes de Trump nas campanhas eleitorais. Após o tiroteio, mais uma vez as atenções e criticas foram viradas para esta empresa.

O jornal “New York Daily News” no sua manchete polemica "Thanks, ANR" apontou as empresas da venda de armas como os principais culpados que apoiam Trump. Clinton também mencionou em seu discurso ao lobby e o considerou culpado. Antes desse incidente, Trump e Clinton trocavam acusações  sobre as empresas ANR nos seus pronunciamentos. Os apoiantes e oponentes da liberdade de porte de armas podem tirar vantagem deste massacre ao seu favor. Enquanto os oponentes da liberdade de porte de armas, considerem os massacres diários e da Florida, como consequências desta lei de armas, os seus defensores argumentam que a anulação desta lei torna o país mais vulnerável ante terroristas.

Os norte-americanos, sob o pretexto de combate ao terrorismo enviaram tropas ao Iraque e Afeganistão, mas como não conseguiram secar a raiz do terrorismo, como o resultado de sua presença na região nasceu o Daesh, Al-Nosra, Jaish al-Fatah e dezenas de outros nomes que como um polvo atacavam aos inocentes; mas esta mancha negra não se limita a esta região, e a cada dia está se espalhada e movimentada em direção a sua origem.

Na verdade as políticas dos EUA e os seus apoios materiais e espirituais aos terroristas na Síria causaram o alastramento das atividades de grupos terroristas de uma forma que a extensão de sua operação tem chegado ao interior dos Estados Unidos.

Por outro lado, maiorias dos analistas enfatizam no papel da Arábia Saudita nos incidentes dos últimos anos, e no apoio financeiro e fornecimento das armas aos grupos terroristas no Iraque e Síria em que está travando, este país, uma guerra sectária e religiosa, desde ataque ao povo do Iêmen ou o seu apoio aos governantes ditaturas dos países do Golfo Persico.

Não é escondido para ninguém o papel da Arábia Saudita nos acontecimentos de 11 de Setembro, um evento que 15 a 19 dos autores do atendado eram sauditas. Embora não sejam ocultas as maldades da Arábia Saudita, em 2010, o governo de Obama liberou o contrato da venda de armas no valor de 60 bilhões de dólares a Arábia Saudita.

Desde então, a administração dos EUA tem finalizado acordos da venda de armas para a Arábia no valor de 48 bilhões de dólares, que é três vezes mais de totais da venda de armas no período da presidência de George Bush.

As armas que hoje estão utilizadas para o fortalecimento do Daesh e terroristas e a matança de pessoas inocentes do Iêmen.

O porta-voz do Ministério do Interior saudita "Mansour al-Turki," tem anunciado que "Omar Mateen" o autor do massacre do clube de Orlando, tinha viajado duas vezes, em 2011 e 2012, para a Arábia Saudita. O antecedente de Mateen mostra que ele também tinha viajado a Emirados Árabes Unidos.

Embora as autoridades da Arábia Saudita, até este momento não tenham fornecido as informações sobre os eventuais encontros e conversas do autor da matança terrorista em Orlando, durante suas viagens à Arábia Saudita, com conhecidos terroristas, mas seria muito provável que Omar Mateen tivesse procurado e contatado com os lideres dos terroristas neste país.

Agora, a questão é isto: Porque os Estados Unidos não estão pressionando a Arábia Saudita, nem fazem nenhuma ação contra ela e continuam apoiando incondicionalmente a este país? Tendo mesmo contra os interesses e desejos dos seus cidadãos e até mesmo custar a vida dos cidadãos norte-americanos,  ou seja perturbada a sua segurança interna, porquê não pretendem desistir do apoio incondicional à Arábia Saudita?