Rouhani critica a interpretação "deplorável" de Trump dos africanos

Pars Today- O presidente da República Islâmica do Irã, Hassan Rouhani, descreveu na terça-feira como "deplorável" e "falso" as palavras proferidas por seu homólogo norte-americano, Donald Trump, sobre algumas nações, especificamente estados africanos, aos quais chamou de "países de merda".

"A interpretação do presidente dos EUA sobre o povo africano é deplorável, falso e uma ação condenável, além de destacar que as atuais autoridades dos EUA ainda não entenderam a posição ou a grandeza do povo da África”, disse Rouhani.

O chefe do Poder Executivo iraniano fez esses comentários durante uma reunião com o Presidente da Assembleia Nacional do Senegal, Mustafa Nias, em Teerã (capital iraniana), à margem da  13ª Conferência da União Parlamentar da Organização de Cooperação islâmica (OIC).

Rouhani sublinhou o "respeito especial" sentido pelo governo iraniano e pelo povo para todos os africanos, porque durante anos eles lutaram contra o colonialismo e se esforçaram para alcançar o desenvolvimento apesar dos obstáculos que surgiram ao longo do caminho. Foi assim que Rouhani reagiu às informações publicadas por dois jornais americanos - The Washington Post e The New York Times -, no qual foi revelado que Trump usou a expressão "buracos de merda" para se referir a alguns países africanos, bem como ao Haiti e El Salvador, durante uma reunião que realizou com vários legisladores dos EUA sobre a reforma da imigração.

Essa revelação provocou condenações e críticas da comunidade internacional, particularmente de países africanos e latino-americanos; no entanto, o inquilino da Casa Branca negou esses relatórios e assegurou que não é racista.

Cooperação Irã-Senegal, passo importante para conectar a África com a Ásia Ocidental

Rouhani e Nias defenderam o aumento da cooperação entre suas nações, nas áreas científica, cultural, comercial, econômica e política, para promover o crescimento das relações entre o continente africano e ocidental da Ásia.

Além disso, ambos os lados sublinharam a importância da unidade e da cooperação entre os países muçulmanos para combater o terrorismo e lidar com as conspirações de inimigos comuns e neutralizá-los.

Por ultimo, Nias expressou suas profundas condolências ao Governo e ao povo iraniano pela tragédia do petroleiro iraniano Sanchi, nas águas do Mar Oriental da China. A colisão do petroleiro iraniano com um navio chinês causou várias explosões na embarcação iraniana, a bordo, que eram  32 tripulantes, todos morreram no incidente.