Liga Árabe "muito preocupada" com restrições à entrada nos Estados Unidos
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, declarou-se hoje "muito preocupado" com a aplicação do decreto do Presidente norte-americano, Donald Trump, que proíbe a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países maioritariamente muçulmanos.
As novas regras constituem "restrições injustificadas à entrada de cidadãos de várias nações árabes nos EUA", reagiu Aboul Gueit num comunicado, lamentando igualmente a recusa de Washington de receber no seu território refugiados sírios.
A ordem executiva assinada por Trump na sexta-feira proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos da Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen durante 90 dias. A medida visa, segundo o Presidente norte-americano, lutar contra os "terroristas islâmicos radicais".
Aboul Gheit disse esperar que a administração norte-americana "reveja a sua posição devido às consequências negativas que (a medida) pode ter em relação à preservação da unidade familiar e à continuação do diálogo entre as sociedades árabes e norte-americana", nomeadamente nos domínios da investigação científica e da educação.
A decisão de Trump foi criticada por numerosos dirigentes em todo o mundo, mas o Presidente norte-americano considerou no sábado que o decreto de restrição à imigração e entrada de refugiados nos Estados Unido "está a funcionar muito bem".
A Liga Árabe, criada em 1945, conta com 22 membros: Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Qatar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Palestina, Síria (suspensa), Omã, Somália, Sudão e Tunísia.