Emirados Árabes Unidos prende proeminente ativista de direitos humanos
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As autoridades dos Emirados Árabes Unidos prenderam um ativista de direitos humanos, aguardando uma investigação por supostamente publicar "informações falsas" e "semear sedição e sectarismo" através da Internet, segundo a mídia estatal.
(last modified 2018-08-22T15:31:59+00:00 )
Mar. 22, 2017 04:53 UTC
  • Emirados Árabes Unidos prende proeminente ativista de direitos humanos

As autoridades dos Emirados Árabes Unidos prenderam um ativista de direitos humanos, aguardando uma investigação por supostamente publicar "informações falsas" e "semear sedição e sectarismo" através da Internet, segundo a mídia estatal.

Os promotores da ciber criminalidade ordenaram a prisão de Ahmed Mansoor no domingo "com provas eletrônicas documentadas", informou a agência oficial de notícias WAM na segunda-feira.

Mansoor foi acusado de usar as plataformas de mídia social para "publicar informações falsas e rumores e espalhar ideias tendenciosas que semeassem a sedição, o sectarismo e o ódio e prejudicassem a unidade nacional e a paz social, além de prejudicar a reputação do Estado e incitar a desobediência" .

O Centro do Golfo[Pérsico] para os Direitos Humanos disse que sua prisão pode estar ligada a postagens em sua conta no Twitter pedindo a libertação do ativista dos direitos humanos Emirati, Osama al-Najjar.

Mansoor ganhou em 2015 o prêmio Martin Ennals, com o nome do ex-secretário-geral da Anestia Internacional. O prêmio que é muitas vezes denominado de Prêmio Nobel de Direitos Humanos é dado aos defensores dos direitos humanos que demonstram profundo compromisso com sua causa, apesar de enorme risco pessoal.

A Anistia Internacional criticou a prisão de Mansoor.

"A Anestia Internacional  está consternada e assustada com esta surpresa que ocorreu durante a noite, resultando na prisão de Ahmed Mansoor, corajoso e proeminente defensor dos direitos humanos", disse Lynn Maalouf, chefe de pesquisa do escritório regional da organização em Beirute.

"Acreditamos que Ahmed Mansoor foi detido pela expressão pacífica de suas crenças conscienciosas e pedimos a sua libertação imediata e incondicional", disse ela em um comunicado.

O órgão de controle de direitos, com sede em Londres, disse que um esquadrão de 10 homens e duas mulheres de forças de segurança invadiram o apartamento de Mansoor por volta da meia-noite do domingo e fizeram uma busca quarto a quarto, incluindo o quarto das crianças. Eles levaram Mansoor sem informar a sua esposa onde ele foi levado, acrescentou.

Mansoor foi condenado a três anos de prisão em 2011 em um julgamento criticado por grupos de direitos como "injusto". Na época, ele foi acusado, junto com outros quatro, de usar a internet para insultar os líderes dos Emirados Árabes Unidos, Boicote às eleições e de estar ligado a manifestações anti-governo. Ele foi anistiado pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos no mesmo ano, mas foi proibido de viajar para o exterior.