Marcelo: Portugal espera que Trump dê continuidade a "grande democracia"
O chefe de Estado português afirmou hoje esperar que o próximo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dê continuidade a "uma grande democracia" e à "magnífica amizade" com Portugal, com consideração pelo peso da comunidade lusodescendente.
"Foi isto que eu exprimi ao Presidente eleito na mensagem que lhe enviei cedinho esta manhã", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem de uma cerimónia no antigo Museu dos Coches, em Lisboa.
Questionado sobre o conteúdo da campanha do candidato republicano, o Presidente da República não quis pronunciar-se. "Não vou comentar o que se passa na política interna de outro país", justificou.
"O que tenho a dizer é isto, são estas três dimensões: Espero que o Presidente eleito pelo voto livre dos norte-americanos dê continuidade a uma grande história e a uma grande democracia", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que espera que Donald Trump "dê continuidade a uma aliança e a uma amizade muito antiga, que vem desde o tempo da independência, e que não só respeite como acolha, apoie e dê a devida importância a uma comunidade de origem portuguesa".
Na declaração que fez sobre os resultados das eleições presidenciais norte-americanas de terça-feira, o Presidente português começou por dizer que "os Estados Unidos da América são uma democracia fortíssima, antiga, que serviu, aliás, de exemplo em muitos momentos da sua história a todo o mundo, nomeadamente à Europa".
Os Estados Unidos são "um grande amigo de Portugal" e têm uma comunidade lusodescendente "muito numerosa, muito dinâmica, muito influente, muito forte", acrescentou, referindo ainda que "Portugal foi, senão o primeiro, um dos primeiros países a reconhecer a independência dos Estados Unidos".
O chefe de Estado afirmou, em seguida, que espera "que o 45.º Presidente dos Estados Unidos dê continuidade a essa grande democracia, a esse grande país, a essa magnífica amizade" com Portugal "e que tome em consideração devidamente o peso de uma comunidade portuguesa e lusodescendente e luso-americana".
Após ter feito estas declarações, Marcelo Rebelo de Sousa foi interrogado sobre a decisão do Tribunal Constitucional anunciada hoje de notificar os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para entregarem declarações de rendimentos e património, mas nada quis dizer sobre o tema.
"O que tinha a dizer já disse e está dito", respondeu, numa alusão à nota que divulgou na sexta-feira passada, em que defendeu que os administradores da CGD estão obrigados à entrega de declarações de rendimentos e património.