Lisboa avança com proposta de candidatura a Património Mundial da Unesco
A proposta de candidatura “Lisboa Histórica, Cidade Global” foi incluída na lista indicativa a Património Mundial da Unesco, anunciou a Câmara Municipal (Prefeitura) da capital portuguesa.
“Lisboa Histórica, Cidade Global” trata-se de uma candidatura “abrangente e integrada, assente no conceito de Paisagem Urbana Histórica, que se estende além da noção convencional de centro histórico e valoriza o contínuo histórico e espacial”, de acordo com a proposta levada à reunião da Unesco-Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que decorreu na última semana em Cracóvia, na Polónia.
“A área proposta corresponde ao plano de reconstrução da cidade [dirigido pelo marquês de Pombal], aprovado em 1758, incluindo a Baixa Pombalina entre o antigo Terreiro do Paço (hoje Praça do Comércio), a colina do Chiado e a área adjacente ao rio” Tejo, informa a agência Lusa.
A candidatura foi validada sexta-feira (7) pelo Comité do Património Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
De acordo com nota da Câmara de Lisboa, este é o primeiro passo para ser apresentada a candidatura à lista de Património Mundial da Humanidade.
Este tipo de proposta, agora validada pela Unesco inclui “a topografia do local, a geomorfologia, hidrologia e recursos naturais, o seu ambiente construído, tanto histórico como contemporâneo, as suas infraestruturas acima e abaixo do nível do solo”, “os espaços abertos e jardins, os padrões de uso do solo e a organização espacial, as percepções e relações visuais”, explica a autarquia.
Além de outros elementos da estrutura urbana, são também incluídos neste projeto “práticas e valores sociais e culturais, processos económicos e as dimensões intangíveis do património relacionado com a diversidade e identidade”.
A inscrição de “Lisboa Histórica, Cidade Global” na lista indicativa da Unesco foi aprovada, por unanimidade, em 2016, em reunião de câmara, segundo proposta subscrita pelos vereadores Manuel Salgado e Catarina Vaz Pinto, e posteriormente aprovada pela Comissão Nacional da Unesco.