Raul Castro alertou a Trump para “respeitar a Soberania” da Cuba
O presidente cubano, Raúl Castro, alertou o presidente dos EUA, Donald Trump, para que respeite a soberania de seu país, ao mesmo tempo em que expressa esperanças sobre a continuação da normalização dos laços com os Estados Unidos.
Apesar de continuar a fazer campanha, Trump disse que pode acabar com a ainda frágil distensão entre os dois países, a menos que um acordo "melhor" possa ser alcançado entre os antigos inimigos da guerra fria.
Nas primeiras observações de Cuba desde que o novo presidente norte-americano assumiu a presidência na semana passada, Castro sinalizou na quarta-feira que seu país está preparado para participar de "um diálogo respeitoso" com Trump.
"Quero expressar o desejo de Cuba de continuar negociando com os Estados Unidos as atuais questões bilaterais com base na igualdade, reciprocidade e respeito pela soberania e independência de nosso país", afirmou.
"Mas não deve esperar que, para alcançar isso, Cuba faça concessões inerentes à sua independência e soberania", acrescentou, ao dirigir-se a uma cúpula de líderes latino-americanos e caribenhos na República Dominicana.
Os Estados Unidos romperam as relações diplomáticas com Cuba em 1961 e colocaram um embargo oficial contra o país em 1962. Os dois países se tornaram inimigos ideológicos logo após a revolução de 1959 em Cuba, que trouxe Fidel Castro ao poder, e seus laços permaneceram hostis mesmo depois do fim da Guerra Fria.
Washington e Havana, no entanto, restauraram as relações diplomáticas após 18 meses de conversações secretas que levaram a um anúncio conjunto em dezembro de 2014.