Anistia Internacional convida impedir a campanha de limpeza étnica em Myanmar
Out. 18, 2017 13:49 UTC
O mundo deve atuar para pôr fim à repressão sistemática, planificada do Exército de Myanmar contra os rohingyas, urge a Anistia Internacional.
É hora de que a comunidade internacional vá para além da indignação pública e tome medidas para pôr fim à campanha de violência que tem expulsado de Myanmar mais da metade da população rohingya (…) A comunidade internacional deve garantir que a campanha de limpeza étnica não atinja sua meta ilegal e censurável , tem declarado Anistia Internacional (AI).
Em um comunicado emitido hoje quarta-feira, a referida organização pró direitos humanos tem instado a cortar cooperação com o Exército de Myanmar (Birmania) e impor embargos de armas e específicas sanções na contramão dos responsáveis por violações dos direitos humanos.
Há que, tem prosseguido AI, transmitir uma mensagem que indique claramente que não se tolerarão os crimes de lesão a humanidade cometidos pelo Exército no estado de Rajine na contramão da minoria muçulmana rohingya.
As atrocidades que têm cometido as autoridades birmanas para expulsar à comunidade rohingya do país seguem alimentando a crise de refugiados mais grave vivida na região desde há décadas, adverte a Tirana Hasan, diretora do programa humanitário de AI.
Os testemunhas presenciais, as imagens por satélite e as provas fotográficas e de vídeo desse organismo de defesa dos DDHH revelam as atrocidades do Exército de Myanmar cujo objetivo é aterrorizar e expulsar aos rohingyas.
Ademais, denuncia o duro caminho dos refugiados para chegar a Bangladesh e lamenta que em muitos casos, as pessoas idosas ou com deficiência não possam fugir, e foram queimadas vivas em suas casas quando o Exército lhes ateou fogo.
Esse ente internacional lista uma longa lista dos crimes de lesão a humanidade que comete o Governo de Myanmar na contramão dos rohingyas, inclusive assassinatos, massacres, violência sexual e incêndios deliberados e organizados no povoado, de acordo com as entrevistas realizadas de certas vítimas destes atos violentos.
Dadas suas contínuas negativas, é possível que as autoridades de Myanmar tenham pensado que podiam sair literalmente impunes dos assassinatos em massa. Mas a tecnologia moderna, unida a uma rigorosa investigação sobre direitos humanos, tem pendido na balança contra, havia manifestado Hasan.