Abr. 29, 2018 16:02 UTC
  • Delegação da ONU visita Bangladesh por crise dos rohingyas

Cerca de 700 mil rohingyas estão refugiados desde meados de agosto no território bangladeshiano.

Uma equipe do Conselho de Segurança das Nações Unidas que está em Bangladesh prometeu, neste domingo (28), trabalhar para resolver a crise de milhares de muçulmanos rohingya exilados no país, mas avisa que não há soluções mágicas.

Os diplomatas, que estiveram nos vários acampamentos e pontos de fronteira onde cerca de 700 mil rohingya se abrigam, consideraram que a visita é uma oportunidade para analisar a situação no local.

O embaixador russo nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, disse que a equipe não vai desviar o olhar da crise após a visitação, apesar de alertar que não há soluções simples.

"É necessário vir e ver tudo aqui em Bangladesh e em Mianmar, mas não há soluções mágicas, não há magia para resolver todos estes problemas", disse numa conferência de imprensa no campo de refugiados de Kutupalong, no litoral.

Cerca de 700 mil rohingyas estão refugiados desde meados de agosto no território bangladeshiano.

Estes refugiados são oriundos do Estado de Rakhine (oeste da Birmânia, atualmente Mianmar) e fugiram depois de terem sido vítimas de uma campanha de repressão por parte do exército birmanês. Estes refugiados juntaram-se a outros 200 mil rohingyas que já estavam vivendo no território do vizinho Bangladesh.

O êxodo dos rohingyas teve início em meados de agosto, quando foi lançada uma operação militar do exército birmanês contra o movimento rebelde Exército de Salvação do Estado Rohingya devido aos ataques da rebelião a postos militares e policiais.

Desde que a nacionalidade birmanesa lhes foi retirada em 1982, os rohingyas têm sido submetidos a muitas restrições: não podem viajar ou casar sem autorização, não têm acesso ao mercado de trabalho, nem aos serviços públicos (escolas e hospitais). Com informações da Lusa.

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