Set. 21, 2016 15:08 UTC
  • Os Guerreiros de oito anos de defesa sagrada (1) (o programa especial com motivo da Semana da Defesa Sagrada)

Na história de qualquer nação, existem cenas brilhantes e gloriosas. Portanto, algumas nações, pelo seu cavalheirismo do espirito e o combate a injustiça mostraram mais a sua valentia e se sacrificam na defesa da sua pátria e convicção e pela formulação civilizatória entre as nações do mundo.

Os iranianos são  um exemplo destas  nações. A Revolução Islâmica foi um dos grandes acontecimentos do mundo no século XX.  Ela ocorreu no momento em que o mundo estava dividido entre duas potencias do oeste e Leste. Em tais condições, ocorreu a vitória da revolução islâmica , cuja lema era  “nem o leste, nem oeste”. Mas desde os primeiros dias da queda do regime monárquico,  começaram as inimizades e intrigas visando derrubar o novo sistema da República Islâmica, por parte das duas superpotências ocidentais e orientais e os seus aliados.

Os grupos anti-revolução que dependiam as correntes políticas, com apoios externos não hesitaram em prejudicar as bases desta nova República Islâmica no Irã. Os grupos terroristas que estavam contra a revolução, além de atentados terroristas nas províncias fronteiriças,  tais como  Kurdistão e Khozistão, tentaram promover e reforçar movimentos separatistas.

Neste período e devido às tais condições, os jovens revolucionários iranianos, além de tentar reorganizar as instituições degradantes pela derrota do regime monárquico,  deveriam lutar em várias frentes. Nestas condições, foi criado o Basij, ou seja, a "Mobilização popular", como um subordinado a recém formada a Guarda Revolucionário iraniana, visto a organizar as forças populares para defender as conquistas da Revolução Islâmica.

Após a vitória da Revolução Islâmica,  e a queda de um regime monárquico milenar, havia necessidade de  reformular o exército e criar outras forças militares e da segurança e reorganizar os existentes, bem como a formação de organizações populares militares e da segurança que possam neutralizar as conspirações dos inimigos, especialmente durante a guerra imposta pelo regime de Saddam contra a República Islâmica do Irã, e no período de oito  anos de chamado a “Defesa Sagrada”, em que estes organismo  de milícias junto com o exercito desempenhassem um papel crucial contra a invasão iraquiano, ao longo de 1.200 quilômetros de fronteira entre Irã e Iraque. Enquanto as cinco províncias fronteiriças do Irã estavam envolvidas na guerra, a gestão dessa luta estava com  pessoas que os seus nomes para sempre brilham nos momentos altibaixos da historia da República Islâmica do Irã e como símbolos e heróis estão  na memória do povo do Irã. Se não fossem esses heróis a enfrentar a invasão iraquiana e combater contra  dissidentes anti-revolucionários, a história da República Islâmica do Irã poderia ser outra.

O período de oito anos da defesa sagrada, segundo o Líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei "é a auge das glorias da nação iraniana".

Pretendemos numa serie de programa  por ocasião dos 36º  ano da invasão do regime baathista de Saddam ao território da República Islâmica do Irã, comemorar alguns combatentes e comandos dos oito anos da Defesa Sagrada. Na República Islâmica do Irã,  o aniversário da primeira semana da invasão iraquiana contra o país é chamada “a  Semana da Defesa Sagrada”.

No ponto de vista islâmica, o Jihad e a defesa têm um papel valorizado  e transcendental e são dos mais importantes assuntos sagrados religiosos. O mártir Motahhari , um dos teóricos da Revolução Islâmica, a este respeito, escreveu: "O Islã não é uma religião que diz se qualquer te bater na face direta, oferece-lhe também a outra parte e não é uma religião que disse “Dai a Cesar o que é de Cesar e daí a Deus o que de Deus”, bem como não uma religião sem ideia sagrada social, ou considerar  desnecessário o esforço pela  defesa”.

O Alcorão Sagrado apresenta simultaneamente, três conceitos sagrados  em muitos dos seus versículos: a " Fé", a "Imigração" e a "Jihad" (luta santa). O homem na abordagem corânica é um ser dependente à fé e livre de qualquer outro assunto, esta criatura que depende a fé, para salvar a sua fé emigra e para salvar a fé da sociedade, ou seja, salvar a sociedade das garras do diabo vai lutar, por isso os jovens iranianos para libertar a sua pátria e defender a sua fé e revolução lutaram contra os agressores Baathes e neste sentido, este luta de oito anos tornou-se como uma  Defesa Sagrada.

Um dos primeiros  comandantes neste combate desproporcional  e heroico  foi o Dr. Mostafa Chamran.  Ele nasceu em 1932 na avenida de 15 de Khordade em Teerã" no bairro "Sarpulak",  filho de Hasan  Chamran Savoji, que tinha viajado da aldeia  de Chamran do município de Saveh  à Teerã. Ele completou a sua educação primária na escola de Entesarieh perto do bairro de Pamenar,  e o ensino secundário no colégio de Alborz e na escola de Dar-ol-Fonoon.  Mostafa Chamran após finalizar o ensino secundário  ingressou na Faculdade  técnica da Universidade de Teerã estudando eletromecânico.  Completando o curso, durante um ano dava aulas na Faculdade  técnica. Através de bolsa de estudo, foi aos Estados Unidos completando o seu doutorado na Califórnia em eletrônica e física de plasma. O tema da sua tese doutorada foi  a física de plasma e magnéton, que naquela época, era uma ciência nova no Ocidente.

Chamran,  paralelamente aos estudos científicos e os seus sucessos acadêmicos teve efetivas atividades politicas e sociais. Desde juventude, participava em círculos islâmicos tais como nas aulas de interpretação do Alcorão do  falecido aiatolá Taleghani  na Mesquita de Hedayat e foi um dos primeiros membros da Associação estudantil Islâmica da Universidade de Teerã.

Chamran nos Estados Unidos, apesar de muitos problemas no estudo e estar fora de seu país,  não só desistiu da luta política, como também foi o fundador de muitas organizações e associações revolucionárias, como a Associação de estudantes iranianos, "Associação Islâmica de Estudantes iranianos na América", "Associação Islâmica de estudantes muçulmanos nos Estados Unidos. Chamran depois de terminar os seus estudo acadêmicos, mesmo com vários convites para ensinar nas universidades,  começou a trabalhar em um dos centros da pesquisa subsidiário a  "NASA" chamado "Bell Labs" que desenvolvia estudos no campo de satélites, radares tridimensionais e mísseis guiados. Ele, que pela sua luta política,  estava sob a forte pressão do regime de Mohammad Reza Pahlavi, e sua bolsa de estudo e a remuneração como docente na faculdade técnica, tinham sido suspendido, numa opção drástica, abandonou a pesques e profissão e a sua excelente posição cientifica e social e viajou a  Egito para continuar na luta contra o regime ditatorial no seu país. Ele que estava no Egito nos anos 1963 e durante o governo de Jamal Abdul Nasser, teve a sua formação de guerreio durante dois anos neste país, em 1965, viajou para o Líbano,e ajudou o Imam Musa Sadr, e os xiitas no Líbano e fundou o "Movimento dos Excluídos ", logo a seguir a  “Organização de Amal" visando  lutar contra o regime israelense.

O terceiro capítulo da vida do Dr. Chamran  começou após a vitória da Revolução Islâmica do Irã. Ele regresso ao seu país, logo nos primeiros dez dias da vitória da Revolução Islâmica, e depois de  21 anos estar fora do país,  ofereceu a sua experiência cientifica e revolucionária ao serviço da partia e contribuiu na formação dos primeiros grupos da Guarda revolucionária, e como o vice-premiê , com coragem e sacrifício exemplar neutralizou conspirações anti-revolucionárias  e organizar a situação caótica da Província de  Curdistão, criando uma epopeia inesquecível da resistência na cidade de "Paveh". Esta cidade era um dos municípios da província do Curdistão no oeste do Irã.

Paveh, após a vitória da Revolução Islâmica tornava-se como um centro para  atividades de grupos anti-revolucionários e lá tinha sido travado uma das batalhas decisivas entre as forças da revolução e grupos armados dissidentes. A missão do Chamram, segundo instruções do fundador da Revolução Islâmica, Imam Khomeini (Deus o abençoe) era quebrar o cerdo da cidade e ajudar a saída do exercito e as forças populares. A tática do Chamran e a resistência das forças populares, finalmente conduziram a libertação da cidade de Paveh e a quebra do  bloqueio dos anti-revolucionários.

O Imam Khomeini, após os acontecimento em Paveh, nomeou o Dr. Chamran  como o ministro da defesa.

Ele não era uma pessoa a procura da fama, poder e riqueza e  por isso sempre estava presente nas cenas e em qualquer lugar defendendo as aspirações da Revolução Islâmica e lutando  contra os anti-revolucionários.

Com o início da guerra imposta e agressão do regime de Saddam, Dr. Chamran criou na cidade de Ahvaz, na província de Khuzestan, o Centro de guerrilhas contra o exército baathista do Iraque.  Organizando as forças populares contra a invasão iraquiana em Khuzestan, conseguiu impedir o avanço do exército agressor e até  em algumas áreas força-los a retroceder. Finalmente, este renomado comandante iraniano, em uma das suas missões no campo de batalha, foi atingido por fragmentos de um morteiro,   alcançou ao seu velho sonho que era o martírio no caminho de Deus.

O fundador da Revolução Islâmica Imam Khomeini em uma mensagem pela morte do  Dr. Chamaran disse: “ Ele era um homem com convicção pura sem vínculos  partidários aos grupos políticos e acreditava  no caso divino,  continuou na  luta pelo este proposito até o fim de sua vida.  Na sua vida, com a luz da sabedoria e o vinculo divino entrou na Jihad e ofereceu a sua vida. Ele vivia com honra e martirizado com orgulho,  realizando o seu sonho.  A arte é que, sem agitações  políticas e ambições diabólicas se levantar para Jihad no caminho de Deus e se sacrificar para a sua finalidade, este é a arte dos homens divinos. Ele está orgulhoso e dignificado junto ao seu Senhor, e feliz seja a sua alma e que descanse em paz.

 

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