Nov. 18, 2016 23:03 UTC
  • Arbaín nas palavras do Líder Supremo, aiatolá Khamenei

Aiatolá Khamenei sobre este acontecimento disse: “A importância do Arbaín e que a família divina do Profeta (que paz esteja com ele) imortalizaram a lembrança do Movimento do Imã Hussein (S.A) que será recordado para sempre.

Se os familiares dos mártires e os sobreviventes, em variedade eventos tais como o martírio de Hussein ibn Ali (S.A) no dia de Ashura, não se tivessem tido empenhado em preservar as lembranças e as consequências do martírio, as gerações futuras, nunca poderiam entender a realização e as conquistas que o martírio lhes tinha tido trazido".

O quadragésimo dia após o martírio de Imã Hussein (S.A), não se limita a um momento de luto para ele e os seus companheiros solitários, mas o Arbaín é uma tempestade que desemboca o grito da garganta dos prisioneiros de Karbala por martírio dos grandes guerreiros, pela sua resistência em que tinham encorajado a defesa do direito do povo e mais uma vez revitalizaram o batalha de Ashura, martírio, valorizando a resistência contra a tirania.

Arbaín significa "quarenta" em árabe, é uma prática religiosa xiita, que ocorre em 40 dias após o dia da Ashura, a comemoração do martírio do neto do profeta Mohammad (que a paz esteja com ele e os seus descendentes), o Hussein Ibn Ali (S.A). Por outro lado, o número 40 tem um significado místico na teologia islâmica, e de acordo com o Islã, se alguém pratica um bom trabalho e se purifica 40 dias consequentes, seria lhe atribuído um caminho inseparável em direção as bênçãos que vêm de Deus.

Arbaín, no contexto da atual situação no Médio Oriente requer segurança, sem dúvida, mas ainda uma participação mais entusiasta dos milhões de peregrinos vestidos de preto, de luto pelo martírio de Imã Hussein, andar pelas ruas de Karbala e preencher o santuário dele. Peregrinos que carregam bandeiras pretas, vermelhas, verdes com imagens do Imã, cantando poemas e slogans em que representam a dor, o sofrimento, mesmo passando 1.400 anos.

Karbala é um rio coletivo de milhões de seres humanos, que apesar das guerras, agressão e terror é capaz de elevar as suas mensagens e pregações perante o exemplo de força, luta contra a opressão e injustiça que o martírio de Imã Hussein representa. Unido a um exercício espiritual que distingue aos xiitas, mas de qual não estão subtraídas outras crenças, que são convidadas para comemorar valores universais representados por Imã Hussein. Em Arbaín se comemoram valores universais, neste contexto de guerra, política e conflitos sociais.

 O líder supremo da Revolução do Irã descreveu o fenómeno único de Arbaín e a importância da peregrinação naquela ocasião, como uma boa ação, e acrescentou: A combinação de '' amor e a fé '' e '' a razão e o afeto '' é uma das características singulares da escola de pensamento da Ahlul-Beit (Casa profética). O movimento amoroso e religioso de diferentes países do mundo que participam neste fenômeno sem precedentes é, sem dúvida, um dos sinais divinos.

Além disso, aiatolá Seyed Ali Khamenei, considerou o Arbaín como a continuação do movimento anti-crueldade do Imã  Hussein e uma rejeição a propaganda dos inimigos.  

O Zainab al-Kobra e o Imã Sajad (que a paz esteja com eles) quando estavam prisioneiros, no mesmo período de Ashura em Karbala, voltavam do Sham (atual Síria) peregrinando a Karbala, e mesmo em Medina durante anos que sobreviveram estas ações honrosas, não poderiam explicar nem revelar a verdade e filosofia da Ashura e o objetivo de Imã Hussein, mas mesmo perante a crueldade do inimigo e conseguiram fazer prevalecer o distinto evento de Ashura vivo ate dias de hoje.

O Imã Sajad (S.A) segundo as narrativas diz: “Se alguém recita um poema sobre Ashura e faz com que causa as lágrimas de alguém, Deus vai conceder-lhe o paraíso”.

Naqueles dias, o sistema ditatorial censurou a propagação do evento de Ashura e o caso de Ahlul-Beit, para evitar que população conhecesse o pano de fundo dos fatos. Naqueles dias, como hoje, o poder opressivo e tirânico, usava uma propaganda falsa e maliciosa. Em tal atmosfera, apesar destas repressões, o caso Ashura, -com a grandeza do deserto em um canto do mundo do Islã- permaneceu eterno nas mentes de todas as gerações.

No dia Ashura, o 10º dia do mês de Moharam do ano 680 d.C., sobre as quentes areias do deserto de Karbala, no Iraque, Hussein (S.A) e os 72 membros de sua família, amigos e seguidores, incluído uma criança de 6 meses, foram martirizados sob as circunstâncias mais terríveis pelo exército de Yazid, (o segundo califa omíada).

O aiatolá Khamenei lembrou que: Jaber ibn Abdullah Ansari, o distinguido companheiros do Profeta do Islã, foi o primeiro visitante a Karbala, que passou depois de quarenta dias do martírio de Hussein (S.A), e apesar de sua deficiência visual, chegou a esta terra na companhia de Atieh ibn Saad Kufi, o renomado estudioso e comentarista do Alcorão sagrado.  Atieh narrou: "Juntamente com Jaber, a fim de fazer uma peregrinação a do santuário de Hussein, viajamos para Karbala”. Jaber me disse que o leve perto do túmulo de Hussein, eu coloquei a mão do Jaber sobre o túmulo de Hussein e ele desmaiou e se jogou no tumba dele, joguei um pouco de água em seu rosto quando ele voltou consciente, disse que não sabia o que tinha acontecido, e começou a falar com Imã Hussein, os cumprimentos a vós, homens da família divina e saudações sejam para vocês, homens escolhido por Deus. Sua visita coincidiu com a dos sobreviventes mulheres da família de Mohammad (P.E.C. E).

Cabe recordar que milhões de muçulmanos de diferentes países chegam cada ano para a cidade santa iraquiana de Karbala para comemorar o dia do Arbaín, cerimónia religiosa que marca o culminar de um período de quarenta dias de luto após o aniversário do martírio de Imã Hussein, neto do profeta Maomé e o terceiro Imã xiita. 
Durante o dia, uma multidão vestida de preto invade as ruas da cidade santa em direção ao mausoléu. Os fiéis levam bandeiras negras, vermelhas ou verdes com imagens de Imã Hussein ou slogans religiosos, autoflagelam nos seus peitos e cantam em uníssono em um transe coletivo.  A peregrinação de Arbaín é um dos encontros anuais mais importantes do mundo em um só lugar.

A revolta do Imã Hussein é sempre bem lembrado, porque depois do seu martírio e dos seus seguidores, o que aconteceu na sociedade dos muçulmanos? Como faz martírio de Imã e seus fieis despertar a consciência adormecida dos ignorantes? Ou a opressão e tirania do Omíadas poderia evitar a propagação da influência do resultado deste evento? A verdade é que o medo dos governantes Omíadas havia criado condições difíceis para os sobreviventes e os seguidores do Profeta visitar a Karbala naquele dia. Em tais condições, era necessária uma grande prudência, não só para esclarecer os objetivos reais do levante, mas para mostrar o poder de influência e de justiça de Imã Hussein. Que era um dever assumido pelos dois grandes mensageiros de levantamento de Karbala, ou seja, o seu filho, o Imã Sajad, e a sua irmã, Zainab.

Uma das influências do levante e do martírio de Imã Hussein foi que as pessoas depois de um curto período de tempo estavam profundamente arrependidas e em pecado, depois do qual pensaram em recompensar esta negligência. O Imã Sajad, na via de estimular esse sentimento, disse a um grande grupo de cidadãos de Kufa: Ó povo, vos juro por Deus que, se se esquecem das cartas que escreveram para o meu pai, o que vão esperar. Vocês fizeram um acordo com meu pai, mas quebraram a sua lealdade e mataram-no. Mortos sejam por este ato e que final tão triste escolheram para si mesmos! Quando vocês conversaram com o Profeta de Deus e perguntar-lhes se mataram sua família com que cara vão vê-lo? Certamente, ele vai responder-lhes que não são de seu povo.

Ele causou os sentimentos de arrependimento, foi uma medida para estimular as pessoas a fazer rebelião. Depois de tragédia de Karbala se registraram vários movimentos contra governantes Omiadas. Tawabin (os arrependidos) levantaram a rebelião do povo de Medina e levante do Mokhtar Saghafi, no Iraque, todos têm o selo de Karbala. Esta onda de despertar confirma o sucesso do levante do Imã Hussein.

O escritor e pesquisador da história da família do Profeta, o professor Adel Adib, escreve:

"O martírio de Imã Hussein em Karbala provocou uma forte onda de remorso e culpa na consciência de cada muçulmano. Eles só pensaram que poderiam ter ajudado o Imã, pois depois de mostrar sua lealdade em que recusaram apoiá-lo. Este sentido do pecado tinha dois aspectos, por um lado, forçou os homens que não tinham cometido a falta a recompensar o seu ato, e em segundo lugar, provocou o ódio daqueles que incitaram incorrer em tal pecado. De modo que os motivos para o assassinato do Imã criou várias rebeliões desde se negar a ajudar Omíadas e até engana-los. Desde então, sempre foi culpa e a intenção de enganar Omíadas, pelo que em cada oportunidade se eclodiu uma revolução ou rebelião contra os opressores”.

Outra consequência ou influência do movimento do Imã Hussein foi à renovação do espírito de dignidade e coragem entre os muçulmanos e criou na comunidade islâmica um novo moral digno de respeito à vida. Quando estavam destruídos os fundamentos de valores morais do povo muçulmano, o Imã Hussein considerou que o único caminho era a revolta. Assim, ele com a máxima sinceridade e dedicação, mesmo ao custo de sua própria vida, se rebelou. Essa revolta é um manifesto de coragem supremo e moral da humanidade, com todas as suas características e peculiaridades. O Imã não se espalhou essa moral em palavras, mas com ações gravadas através de seus puros-sangues nas folhas de história.

Outra consequência da revolta e do martírio de Imã Hussein e os seus seguidores foi o aumento do nível de popularidade da família do Profeta e um melhor reconhecimento da casa profética na sociedade islâmica. Aproveitar da popularidade é dos assuntos importantes que sempre tem sido e é considerado por governos. Alguns governos, que não tinham apoios significativos sabiam bem que mais poderosa que a respalda militar é encontrar um lugar nas almas das pessoas. O Omíadas tentou atingir essa popularidade entre os muçulmanos, mas depois da epopeia do Hussein e o sacrifício dos verdadeiros homens de Deus, a influência espiritual do Imã e a família do Profeta se espalhar entre o povo. Todos entenderam por que o Profeta do Islã chamado Hussein uma das duas heranças valiosas de muçulmanos e pediu-lhes para serem seus seguidores. Assim, em cada ano que passa do evento de Ashura mais pessoas entende a verdadeira mensagem do seu levante. Esta popularidade foi crescendo pouco a pouco, tanto que como dissemos, um grupo se levantou para vingar a injustiça cometida contra a família do Profeta.

O Líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei, em uma explicação mais profunda sobre o papel do Arbaín para esclarecer os objetivos do levante da Ashura, disse: "Você se imagine que teria acontecido com este grande martírio na história, ou seja, Hussein Ibn Ali e o resto de seus companheiros em Karbala, se Omíadas tinha conseguido eliminar a memória do Imã Hussein e os seus seguidores e todos tinham sido enterrados e o efeito deste martírio teria sido um dia, de fato, também teria removido a memória de gerações, então, o que havia servido? Se o efeito desse martírio tivesse sido apenas um dia, essa memória teria sido capaz de esclarecer os problemas e obscuridades nas próximas gerações? Se as pessoas naquele dia e as pessoas das próximas gerações não tenham entendido que o Imã Hussein tinha sido martirizado, este memoria poderia ter algum papel no crescimento e construção de geração humana? Não tinham entendido que teve algum efeito... o martírio sem recordação, sem memória, sem o sangue dos mártires não havia ter efeito e Arbaín é o dia em que começou a içar a bandeira da mensagem do martírio de Karbala e no dia dos sobreviventes dos mártires, concluiu a este respeito o aiatolá Khamenei.

Ora, o nome e a memória do sacrifício do Hussein e os seus companheiros criam tal entusiasmo que milhares de pessoas em todo o mundo, próximo aos dias de Arbaín, estão prontos para efetuar caminhada a pé de uma longa peregrinação ao mausoléu celestial do Imã Hussein. Este grande grupo nos recorda uma palavra do Profeta do Islã que diz "Após o martírio de Hussein, o fogo se acendeu no coração dos crentes que nunca apagaria". 

 

Tags