A revolução iraniana, uma revolução sem precedentes -2
(last modified Wed, 01 Feb 2017 07:03:13 GMT )
Fev. 01, 2017 07:03 UTC
  •  A revolução iraniana, uma revolução sem precedentes -2

primeira parte companheiros revolucionários

A Revolução Islâmica do Irã, sem depender do Leste ou Oeste, teve sua vitória em 11 de fevereiro de 1979,  meio às equações políticas interrompidas e o sistema bipolar fracassado que dominava o mundo .

Apesar de passados 38 anos  desde o início turbulento da Revolução Islâmica, existiu várias histórias que não foram contadas sobre de como foi alcançada a vitória da revolução . Uma das características importantes e marcantes da Revolução Islâmica é a sua raiz religiosa em todos os níveis . O Líder da Revolução foi uma grande fonte de emulação religiosa. As pessoas ao redor do Imam Khomeini (Deus o abençoe) haviam  estudado nos melhores seminários com fortes raízes religiosas, porém , as pessoas não-religiosas logo foram separadas do grupo religioso que se viraram  contra o sistema da República islâmica .

Porém, esta classificação existiu mesmo antes do triunfo da Revolução Islâmica. Nas prisões do regime Pahlavi despótico, os prisioneiros religiosos foram separados dos não-religiosos ou anti-religiosa. É claro que debateram entre si, com suas razões em comum que foi   sua oposição ao regime dictatorial que causou a tolerância entre eles  nas prisões, apesar de suas diferenças. A fim de familiarizá-los com o fracasso na situação política  do Irã , em particular, nas  prisões antes da revolução, os presos daquela época nos dias de hoje têm muito para contar . Quase todos os amigos e companheiros do Imam Khomeini, que estavam ativos na luta contra o regime do xá  foram perseguidos, presos ou exilados por um tempo. Primeiro, a organização de inteligência e segurança nacional do Irã na época do xá (Savak, na sigla em persa) prendeu o Imam Khomeini  exalando o na Turquia e, em seguida, no Iraque, também teve o mesmo prosseguimento com  seus amigos  companheiros .

Aqueles que haviam estado na prisão na época do regime Pahlavi só deixaram  lembranças  amargas da tortura sangrenta dos membros do Savak, uma das agências de inteligência consideradas terríveis naquela época . A maioria de seus agentes estavam treinando no aparelho israelense terrorista, Mossad, ou a agência de inteligência americana, e CIA . O xá tinha estabelecido Savak após o golpe de 1953 os Estados Unidos e a Grã-Bretanha contra o governo nacional de Mohammad Mossadegh, a fim de controlar as atividades dos opositores e prendê-los. O Regime do Rei , apesar de afirmar que não houve presos políticos no país, tinha enchido as prisões dessas  pessoas.

O Líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei , foi um dos lutadores e amigos do Imam Khomeini na luta contra o Rei . Campanhas políticas do Líder iniciaram-se em 1962 na cidade de Qom e teve prosseguimento  apesar de todos os altos e baixos, inclusive prisão, tortura e exílio . Durante sua luta contra o regime corrupto e despótico, o aiatolá Khamenei foi detido e preso seis vezes. Ele foi preso por supostamente perturbar a segurança nacional, incitar motins e exortar as pessoas à lutar contra o regime do Xá. As histórias de sua prisão, detenção e lutas contra o regime deixaram um capítulo amargo na história do  Irã; no entanto, é instrutivo e construtivo para as gerações futuras. Na quinta vez que ele foi preso, o aiatolá Khamenei foi torturado por causa de sua oposição às celebrações ultra-extravagantes para marcar os 2500 anos de governo monárquico do Irã . Savak se esforçando para evitar qualquer obstáculo no caminho de tais realizações .

 

Em seus diários daqueles dias amargos, o aiatolá Khamenei disse : ... "Elementos de Savak amarraram minhas pernas  na cama do lado oposto, os chicotes foram pendurado na parede um homem o segurou  e um outro começou a espancar  pegando o chicote e também começou a chicotear até se cansar . Um terceiro homem pegou o chicote do que estava cansado e veio uma quarta pessoa. Todos os capangas descansaram por um tempo. Alguns deles humedeceram os chicotes para  depois dar chibatadas no corpo desnudo dos prisioneiros. " O líder acrescentou: "Um deles veio até a mim e  pediu para deixar o Imam Khomeini e o movimento islâmico .  Eu não aceitei e me bateram até que eu perdi a consciência "Em seu sexto dia de prisão pelos capangas do Savak, o líder explicou :" Passei dias difíceis nas células, algo que ninguém pode entender exceto aqueles que também tenham experimentado. Dia e noite, fomos torturados físico e psicologicamente. Os gritos dos presos torturados eram  horríveis e algumas noites continuaram sem cessar até de manhã. O modos operacionais dos torturadores foi tudo muito calculado e hábil. Todas torturas os tentaram esmagar a moral e personalidade dos presos ". Versão Manouchehri, o mais cruel interrogador Savak, foi muito digno de reflexão. Em seu duro questionamento do líder, o interrogador cruel disse .. "Eu te conheço bem . Você é escorregadio como um peixe, deslizando através dos dedos de seu interrogador. O que que tem feito não é significativo individualmente, mas quando chegam juntos ... que conhece a Deus! "

Dois anos antes do triunfo da Revolução Islâmica De acordo com uma ordem do rei, o líder não podia participar em qualquer atividade social, ou seja, não poderia falar em público, ensinar ou até mesmo realizar reuniões em casa. Savak estava tentando cortar todas as relações com as pessoas, eles até mesmo colocado suas relações pessoais sob vigilância.

Outra figura proeminente da Revolução Islâmica que foi exposto a torturas atrás das prisões terrível do regime Pahlavi foi o mártir ditatorial Mohammad Ali Rajaee, que serviu como o segundo presidente da República Islâmica do Irã . O mártir Rajaee foi uma das personalidades resolvidas,  incansável e constante durante as lutas contra antidespótismo e anti-colonialismo. Tinha ganho reputação especial entre os combatentes nos anos de 1950-1970, na medida em que a sua resistência, firmeza, dignidade, tolerância e honestidade se tornou um "modelo, especialmente no campo da educação, ele iluminou este cenário com palavras e ações . Em um lembrete dos primeiros dias de sua detenção, o mártir Rajaee escreveu: "O ano que passei no comitê de inteligência, realmente presenciei o inferno. Os presos foram mortos, de alguma forma. Os prisioneiros foram espancados até a morte,  em seguida, a tortura parou e foram enviados  à clínica de recuperações; em seguida, começaram novamente ". O mártir Rajaee continuou seu relato daqueles dias: "Entre as torturas me aplicado Savak foi chamado de ração. Minha ração foi de 20 dias. Isto significa que cada vez que ele falava ganhava a minha ração por 20 dias, ou então minha cabeça estava ligada aos seus joelhos por várias horas .

Após a vitória da Revolução Islâmica, o mártir Rajaee foi nomeado ministro da Educação e então primeiro-ministro. Como primeiro foi para Nova York para participar de uma reunião da Assembléia Geral da ONU. A viagem foi feita em um momento delicado na história do Irã, ou seja, a eclosão da guerra imposta sobre o Iraque e a aquisição da embaixada norte-americana por estudantes revolucionários que se tornou um ninho da espionagem . O mundo espera ansiosamente ouvir as palavras de um representante de um sistema desconhecido. Mártir Rajaee pronunciou um discurso detalhado e mudou-se a reunião da ONU, enquanto condenou a invasão do regime baasista iraquiano e os seus apoiantes e enfatizou a justiça e veracidade da República Islâmica. Mas o que fez desta viagem  eterna , foi o comportamento do primeiro-ministro da República Islâmica do Irã no quadro da reunião. Embora expressando as posições da República Islâmica sobre política externa e de reféns americanos. O guarda penitenciário disse: "Por dois anos eu fui  prisioneiro de Jimmy Carter e nos EUA na prisão do regime deposto Xá . Os impactos da tortura ainda podem ser vistos  no meu corpo. Por dois anos,  senti Carter chicoteado meus pés e isso vem como temos mostrado os reféns americanos receberam uma espionagem de tratamento totalmente humano ".

No próximo programa iremos falar sobre outra circunstância  da tortura nas prisões do regime dictatorial de Mohammad Reza Pahlavi.

 

Tags