Jan. 08, 2017 07:50 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à verdade

A “Igualdade e não discriminação” estão entre os princípios básicos das leis de direitos humanos internacionais. Todos os seres humanos, sem distinção, têm direito a usufruir dos benefícios dos direitos humanos internacionais.

O documento mais importante relacionado à questão da discriminação, é o Acordo de Eliminação de Todas as Formas de Discriminação. Nesta aliança, o termo "discriminação racial", considera qualquer forma de discriminação, exclusão, restrição ou privilégios com base em raça, cor, origem nacional, a fim de remover ou danificar a identificação e implementação de igualdade e benefício dos direitos humanos e liberdades fundamentais, nas esferas políticas, econômicas, sociais e culturais, entre outros. Este documento assegura que cada pessoa tem o direito à igualdade perante a lei e o direito a não discriminação, devido a vários fatores, incluindo a educação e o emprego. Mas a análise estatística e evidências que se observam nos países supostamente defensores dos direitos humanos, mostram resultados desagradáveis. Os resultados de um estudo realizado no Reino Unido sugerem que os negros graduados em engenharia são menos probabilidade ​​do que brancos para encontrar emprego neste país. O estudo realizado pela Royal Academy of Engineering, concluiu que ser negro ou de outra raça é o maior obstáculo para o tipo de trabalho que pode ser alcançado no Reino Unido. Os resultados mostraram que 71 por cento dos licenciados brancos em engenharia, a partir de 6 meses após sair da universidade tinham consguido um emprego em tempo integral, enquanto 52 por cento dos asiáticos e 46 por cento dos negros permaneceram sem um posto de trabalho. Quando se estuda o gênero, idade, escola e universidade onde se tem estudado, as chances de o desemprego de negros e asiáticos são duas vezes menores.

Devido à imigração de refugiados da Ásia e da África a países como a Alemanha e o Reino Unido, em particular, parece que esta forma de discriminação é adotada em uma forma mais grave; às vezes é feito por razões religiosas. O exemplo mais recente foi visto na Roménia, quando o presidente Claus Iohannis, rejeitou a proposta do Partido Social Democrata de nomear um primeiro-ministro mulher muçulmana neste país. Em 27 de dezembro, rejeitando o candidato do Partido Social Democrata (PSD) no país, Sevil Shhaideh, o presidente apelou para a introdução de outro candidato para o cargo de primeiro-ministro. O chefe do Partido Social-Democrata da Roménia, Livio Dragnea na semana passada apresentou  Sevil como candidato do partido para o cargo. Se a proposta tivesse sido aprovada, ela poderia ser primeiro chefe de governo mulher e muçulmana na Roménia. Iohannis em um discurso televisionado disse: "Eu vejo cuidadosamente os argumentos a favor e contra, e decidi não nomear [primeiro-ministro] Sra Sevil Shhaideh, portanto, pedir ao PSD e do ALDE [Aliança dos Democratas e Liberais, que formam coalizão] para fazer uma nova proposta”.

Discriminação e ódio contra minorias levam à violência na sociedade. Nos últimos meses, as estatísticas de ataques contra muçulmanos na Europa e no Reino Unido aumentaram consideravelmente. A Organização "Tell Mama" que registra as estatísticas de ataques físicos e verbais contra os muçulmanos declarou em Junho de 2015, que os ataques triplicaram. Entre os recentes casos de ataques contra centros islâmicos, é o centro "Tawhid" Liverpool que tem sido repetidamente atacado por grupos racistas. Publicam-se fotos das pesadas perdas de  Alcorão e outros livros do centro, por um incêndio causado por esses grupos intolerantes. O secretário-geral do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha, Meqdad versy twittou: "Mais uma vez, foi atacado o centro-Tawhid Liverpool. Todos os casos foram relatados à polícia".Acrescentou uma fonte informada que grupos de extrema direita são responsáveis por ataques anteriores e estas atividades violentas.

A discriminação contra as mulheres muçulmanas no local de trabalho, mostra que é muito mais provável que estas estejam desempregadas em comparação com as mulheres cristãs com as mesmas condições e as mesmas competências linguísticas. De acordo com as conclusões de um professor da Universidade de Bristol, Dr. Nabi Khatab, entre as mulheres muçulmanas britânicas, 71 por cento não são bem sucedidos do que as outras senhoras.

O resultado da pesquisa nacional na área laboral mostra que a taxa de desemprego entre as mulheres muçulmanas é de 18 por cento, entre as hindus é de 9 por cento, e entre os cristãos é de 4 por cento. “Neste sentido, Khatab disse ‘que seus dados mostram que o desemprego de senhoras muçulmanas foi maior e a diferença é o resultado de discriminação contra elas”. Em sua pesquisa, comparando as mulheres muçulmanas com outras mulheres com ensino superior e as mesmas competências linguísticas, chegou a conclusão que as estatísticas elevadas de desemprego das mulheres muçulmanas são substancialmente mais altos  do que as mulheres de outras religiões. A este respeito,  argumentou que "a atividade económica das mulheres muçulmanas no Reino Unido é significativamente mais baixa e as taxas de desemprego são substancialmente mais elevados do que em outras religiões".

O resultado da pesquisa na Alemanha mostra que, quando as mulheres muçulmanas vão para uma entrevista de emprego, se encontram com obstáculos, e apenas 4 por cento delas conseguem o emprego. Esta pesquisa foi publicada pelo Instituto para o Estudo do Trabalho (IZA), segundo a qual as mulheres muçulmanas na Alemanha, estão diante de um volume maior de discriminação laboral. É costume neste país que o formulário de solicitude de emprego, a pessoa se anexa uma foto. Quando o requerente envia uma foto com um lenço cobrindo a cabeça, é menos provável encontrar e conseguir o trabalho.  .

Insultos a uma agente muçulmana e vários outros comportamentos racistas contra os muçulmanos têm sido relatados nos últimos dias nos Estados Unidos. Após a eleição de Donald Trump como o novo presidente dos Estados Unidos aumentaram relatórios de comportamento racista. Um dos slogans do bilionário americano é impedir a entrada de imigrantes estrangeiros e muçulmanos neste país. A este respeito, há algumas semanas, em Brooklyn, uma mulher muçulmana que trabalhava como um policial e seu filho adolescente enfrentou o assédio de outra norte-americana. De acordo com relatórios publicados, além de ser xingamento e a linguagem impropriada, o homem ameaçou a mulher cortar a sua garganta e lhe disse para regressar ao seu país. Note que este policial foi premiado com uma medalha de honra em 2014 para salvar uma criança de um incêndio.

Outro caso são as cartas ameaçadoras que são intituladas "Trump planeja a ver com os muçulmanos o que Hitler fez com os judeus", que recebem uma mesquita em Providencia e outra em Wayland, bem como outras mesquitas que receberam este e-mail a últimos meses de 2016. Além disso, uma funcionária muçulmana que usava véu islâmico no sistema de transporte urbano, em Manhattan- Nova York foi chamada terrorista por um norte-americano; por suposto, esta conduta inadequada não terminou em insultos, porque este homem empurrou, causando um ferimento na perna dela.

Todo este comportamento está contra de todas as cartas e documentos de direitos humanos, e indicam a onda de islamofobia que, possivelmente, em 2017, radicalizaria contra muçulmanos nos Estados Unidos e os países ocidentais.