Violação dos Direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade
Na primeira edição desta série em 2017 que aborda violações dos direitos humanos no Ocidente pretendemos estudar a situação das mulheres em alguns países europeus e a situação das pessoas de cor nos Estados Unidos.
Respeitar e promover dos direitos das mulheres é um das alegações dos países ocidentais, a fim de melhorar a situação dos direitos humanos nesta região. No entanto, os relatórios revelam a violação dos direitos mais básicos e fundamentais das mulheres. A revista "Focus" da Alemanha informou a crescente sensação de insegurança entre as mulheres alemãs. A este respeito, uma pesquisa pelo instituto alemão "Amnyd", organizado pela revista "Bild", também da Alemanha, assinala que metade das mulheres alemãs acredita que o país tornou-se mais inseguro para elas. Segundo a pesquisa, quase 58 por cento das alemãs se sente cada vez mais insegura em locais públicos. O 31 por cento não têm notado qualquer alteração e apenas 10% acreditam que aumentou a sensação de segurança.
Alias, em uma pesquisa que tem feito à revista "Focus" através dos seus usuários do sexo feminino, sabe-se que se intensificou o sentimento de insegurança entre elas. Isabela, uma das mulheres que esta revista tem perguntado, disse que nenhum homem pode entender a sensação de que as mulheres se sentem em relação a insegurança. "Se tem incrementado fortemente em mim o medo de assédio sexual”, diz ela. Melanie, uma outra mulher tem declarado a "Focus" que: "desde últimos anos a situação mudou drasticamente, me sinto insegura, especialmente após o ataque a celebrações em massa do fim do ano contra as mulheres em 2016". Segundo estatísticas do Escritório do Polícia Criminal Federal da Alemanha, em 2015, pelo menos 382 mil mulheres foram vítimas de violência e estupro na Alemanha.

A violação dos direitos das mulheres muçulmanas e a falta de liberdade de crença e os direitos religiosos das mulheres muçulmanas é mais um exemplo da violação dos direitos humanos na Europa. Recentemente, um Tribunal Europeu na Suíça rejeitou o pedido de um casal muçulmano que pedia a isenção de sua filha para participar de aulas de natação mistas na escola. O tribunal ordenou que as meninas muçulmanas devem participar de aulas escolares de natação misturadas.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos na Europa, em um comunicado, anunciou seu apoio ao governo suíço. O governo suíço tinha sublinhado que as crenças religiosas não têm que ser uma desculpa para não ser chamadas às aulas de natação obrigatórias. Este tribunal também declarou que a isenção de meninas muçulmanas de frequentar a natação mista na escola é uma forma de exclusão social. O Tribunal de Direitos Humanos da Europa declarou que a escola tem "um papel especial no processo de unanimidade social”, especialmente em crianças de origem estrangeira. Também impôs uma multa de 1380 euros para os pais que desobedecem as regras e condições anunciadas e argumentou que o objetivo da multa era que os pais não se recusam a mandar seus filhos a esta classe obrigatória. No ano passado, Suíça havia anunciado que se os muçulmanos em o início e no final das aulas abstiveram-se de apertar as mãos de professores que não são mahram (de acordo com a crença muçulmana, as pessoas de o sexo oposto que são proibidos de se casar) os pais serão multados cinco mil euros.
A situação horrível e a inconveniência de refugiados e imigrantes na Europa mostra uma outra face da violação dos direitos humanos em países europeus. Por exemplo, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, em referencia as condições deploráveis de refugiados nas ilhas gregas, especialmente em temporal de frio, descreveu a situação como vergonhosa.
De acordo com um relatório da Agência para os Refugiados das Nações Unidas, os longos dias e noites frias e, mais recentemente, o clima frio com chuva e lama agravou a situação dos refugiados. Consequentemente, nos campos de refugiados nas ilhas gregas, muitas pessoas sentem-se frustradas e impotentes. As equipes de resgate na ilha grega de Lesbos, sempre são ouvidas versões semelhantes de refugiados, é muito frias e mal consegue dormir, uma situação que é insuportável especialmente para as crianças. Muitos dos refugiados nas noites frias do inverno nessas áreas se enfrentam com mais problemas de saúde.

Conforme um dos membros do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Roland Shunbayer, estes dias têm aumentado os avisos de equipes dos médicos gregos nas ilhas Helénica. Já não nevando, mas continuam os problemas. Refugiados e desalojados precisam de mais e melhores tendas que possam se proteger da neve e chuva. Além disso, a distribuição de alimentos deve ser de tal maneira que os refugiados não se fiquem esperando muito tempo a baixa da chuva. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, como outras organizações de resgate, sempre pede a mais ação por parte do governo da Grécia a estes refugiados.
Na França, o confisco de propriedade dos refugiados e assédio por parte da polícia são os melhores exemplos de violações dos direitos dos refugiados e imigrantes. Em meio de imigrantes sem abrigo que tentam de guarnição de frio por abaixo de zero grau em Paris, a organização dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou um relatório acusando a polícia e as autoridades francesas de roubar os bens dos refugiados e provocar atos de "violência organizada" contra eles.
De acordo com o relatório do canal de notícias russa RT, Corinne Toure, coordenadora do programa de caridade, disse no domingo 09 de janeiro que agentes da polícia em o meio da noite, acordam os refugiados e os perseguem. Os agentes de policiais em um abrigo na região de Lashapel forçaram os hospedados a ficar por muitas horas de estar de pé.
Em outubro de 2016, com o início da aplicação de limpeza e destruição do campo de refugiados conhecido como "The Jungle" no porto Calais o maior da França, centenas de refugiados e migrantes se foram dirigidos a Paris, a capital de França e dormir nas ruas da cidade.
Nos Estados Unidos, a discriminação racial contra os negros é evidente e é uma mancha no dossiê dos direitos humanos do governo norte-americano. Um relatório do Departamento de Justiça deste país revelou violações generalizadas e graves dos direitos civis das pessoas de cor pela polícia de Chicago, particularmente contra cidadãos negros e latinos de Illinois. Admite na sua nota, que os agentes têm usado força excessiva e violaram os direitos dos civis. O relatório, publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, criticou a polícia deste estado por disparar às pessoas que não são consideradas uma ameaça e por usar armas de choque elétrica (pistola elétrica) contra aqueles que não seguem as ordens de polícia. Segundo o relatório de 161 páginas, força excessiva contra comunidades na sua maioria negra e latina e o uso de força policial e as ameaças contra os negros, eram 10 vezes mais em comparação com os brancos.
A polícia de Chicago tem repetidamente disparado contra suspeitos e inclusive crianças com pistolas de taser. O procurador-geral de os Estados Unidos, Loretta Lynch, este mês, numa conferência de imprensa em Chicago, disse: "O Departamento de Justiça acredita que a polícia de Chicago cometeu uma violação da Quarta Emenda da Constituição usando uma força excessiva".
A Quarta Emenda da Constituição dos Estados Unidos estipula que os cidadãos devem ser imunes a inspeções sem autorização prévia. Lynch acrescentou que “o padrão de comportamento da polícia é o efeito de” procedimentos da capacitação e de sistemas de prestação de contas muito deficiente”, porque os agentes não recebem a formação necessária para” fazer o seu trabalho de forma segura, eficaz e legal".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou a sua investigação sobre os direitos civis em dezembro de 2015 após a publicação de um vídeo que mostra Laquan McDonald assassinado em 20 de outubro de 2014 na sequencia de disparo de um policial.
McDonald, um adolescente negro foi atingido por 16 tiros de um policial de Chicago chamado Jason van Dyke. A divulgação de vídeo gerou várias semanas de protestos populares que levaram à demissão do chefe da polícia de Chicago. Nesta série de manifestações, cidadãos indignados também exigiram a demissão do prefeito de Chicago.
Assassinar o McDonald foi uma mostra de uma série de assassinatos de civis pelas forças policiais dos Estados Unidos, o qual provocou em muitas cidades no país a realização de protestos contra a brutalidade policial e o racismo contra as minorias e as pessoas de cor.