Violação dos direitos humanos no Ocidente, de ilusão à realidade (4)
Infelizmente, assumiu o poder nos Estados Unidos, Donald Trump, cujas declarações extremistas e racistas criaram condições desfavoráveis para as minorias, incluindo os muçulmanos.
Trump revelou sua atitude racista e ódio contra o Islã e os muçulmanos, a qual é um preâmbulo para encorajar os extremistas e os crimes de ódio contra a comunidade islâmica. Após declarações racistas e radicais do novo presidente dos Estados Unidos, contra os muçulmanos aumentaram atos de ódio religioso e raiva em todo o mundo, bem como ataques e crimes contra a comunidade muçulmana. Os crimes bárbaros terroristas que enfrentam a minoria muçulmana têm as suas razões em pertencer e ser seguidores da religião do Islã. Desta vez, o âmbito da violência extremista e atrocidades contra os muçulmanos chegaram a Quebec, no Canadá.
No domingo, 29 de janeiro, três homens armados dispararam contra um grupo de fiéis que rezara durante a noite dentro da mesquita do Centro Cultural Islâmico de Quebec, transformando a mesquita em um banho de sangue. Mais de 50 pessoas estavam na mesquita no momento do ataque, que deixou seis pessoas mortas e 15 ficaram feridas. Segundo as autoridades canadianas, os mortos tinham entre 35 e 65 anos. Após o incidente, a polícia imediatamente instalou em torno da mesquita. A agência France-Press informou que o primeiro-ministro da província de Quebec, Philippe Couillard, através do Twitter, qualificou o ataque como "terrorista" e disse que seu governo estava trabalhando para garantir a segurança dos cidadãos nesta área. O ataque à mesquita em Quebec veio depois que o Governo do Canadense se ofereceu a receber os refugiados e os imigrantes muçulmanos afetados pela ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se pronunciou sobre o ataque em Quebec que levou a morte de várias pessoas e o condenou como "um ataque terrorista contra os muçulmanos em um centro de culto e refúgio”.
Segundo a imprensa local, o suspeito deste ataque era um canadense de origem francês chamado Alexandre Bissonnette de 27 anos de idade. Bissonnette foi preso no mesmo dia da tragédia depois de chamar a polícia para se entregar e foi acusado formalmente de seis acusações de primeiro-grau de homicídio qualificado e cinco de tentativa de homicídio. Bissonnette estudou em Ciência Política e Antropologia na Universidade da Laval, que se localiza a três quilómetros do local de assassinato.
A polícia também prendeu outro suspeito neste crime, o estudante canadense de origem marroquina Mohamed Kadir e o considerou o testemunho de atos. Os vizinhos dizem que o acusado do massacre, desde o período de sua infância tinha interesse especial em armas. Rejean Bussieres, um indivíduo de 30 anos, o vizinho do acusado disse que Bissonnette tinha uma paixão por armas desde a adolescência. Ele lembrou como Bissonnette usava e lançava as armas brancas contra árvores na floresta atrás de sua casa como uma criança.
"Alexandre gostava de armas,” disse Bussieres, quem assinalou que o seu filho lhe havia dito que Bissonnette possuía uma arma quando tinha cerca de 12 anos. "Ele mostrou uma para o meu filho e meu filho não gosto disso." O vizinho afirmou que Alexandre e seu irmão gêmeo nadavam na piscina no verão, geralmente sozinhos.
Recentemente, Bissonnette vivia em um prédio de apartamentos de quatro andares em uma rua residencial. Na segunda-feira de manhã, os moradores acordaram e encontraram um veículo da polícia de Quebec estacionado fora e acharam que a polícia tinha aumentado a segurança na área após o tiroteio fatal na noite de domingo. Um dos moradores do prédio disse que os irmãos juntos muitas vezes iam e vinham em seus carros e vestidos como adolescentes de 19 anos. Outros vizinhos recordaram que frequentemente haviam escutado da casa Bissonnette, um som de piano. A mãe de Alexandre, no verão passado, disse a um vizinho que Alexandre queria se tornar um pianista competente.
Alexandre Bissonnette, antes de sua prisão, trabalhou no Centro de Transfusão de Sangue Hema-Quebec e seu trabalho era determinar a nomeação de doadores de sangue. Ele também estudou ciência política na Universidade Laval. O proprietário de um clube de Qebec, Eric Debreu, precisou que, nos últimos meses, Alexandre uma ou duas vezes havia participado de discussões sobre notícias políticas e tinha deixado clara sua tendência pela extrema direita. Debreu assinalou que Alexandre falou com ele sobre seu interesse na caça de grandes animais como ursos.
Canadian Press, em um relatório, escreveu que Alexandre Bissonnette era conhecido por colocar comentários de ódio em suas plataformas de redes sociais. Ele também publicou comentários contra as mulheres. De acordo com este relatório, o perfil Bissonnette no Facebook também mostra que ele estava interessado em política. .
O réu, em sua página no Facebook, havia marcado com "me gosto” de declarações do líder dos ultra-direita a Frente Nacional na França, Marine Le Pen, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Também gostava de Jack Layton, ex-líder do Novo Partido Democrático do Canadá.
O ataque terrorista da mesquita de Quebec também foi condenado pela Organização das Nações Unidas. O porta-voz para o Secretário Geral da ONU, Stephane Dujarric, em conferência de imprensa no dia seguinte do crime, expressou sua forte condenação à matança e a considerado um ataque terrorista. Dujarric tinha ressaltado também que a Organização das Nações Unidas estava seguindo de perto a investigação realizada por parte das autoridades canadianas de tão terrível agressão. “Condenamos este aparente ato de terrorismo em um lugar de oração. Confiamos que o Canadá e os canadenses, que têm mostrado a grande liderança na promoção da diversidade e da tolerância, se unirão para rejeitar qualquer tentativa de semear divisões baseadas em religião”, disse ele, finalmente, expressando as condolências da ONU aos parentes das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos.
Governador de Quebec, Philippe Couillard, questionado por repórteres sobre se acreditava que este ataque foi motivado pelo pensamento de diversionista do presidente norte-americano Donald Trump, respondeu que "vivemos em um mundo onde algumas pessoas tendem a dividir em vez de unir" por isso chamou os quebequenses a ser o mais includentes como possível. O presidente da mesquita de Quebec, Mohammad Yangui, confirmando que não estava na mesquita no momento do ataque, disse que o tiroteio ocorreu por parte dos homens. “Porque está acontecendo este brutal incidente”?
Nem Canadá nem a província de francófona de Quebec estão isentos da crescente tensão nas comunidades muçulmanas ocidentais. A mesquita tinha sido vandalizada nos últimos meses. Em junho, durante a celebração do Ramadã, uma cabeça de porco com mensagem que dizia "bom apetite" foi atirado para dentro do prédio.
Infelizmente, tomou o poder nos Estados Unidos, Donald Trump, cujas declarações extremistas e racistas criaram condições desfavoráveis para as minorias, incluindo os muçulmanos. Trump revelou sua atitude racista e de ódio contra o Islã e os muçulmanos, que é um preâmbulo para encorajar os extremistas e os crimes com base em ódio contra a comunidade islâmica. O ataque de Quebec mostra o grau em que a propaganda anti-islâmica e anti-muçulmana pode ter consequências fatais para os muçulmanos no Canadá e nos Estados Unidos. Embora o nível de propaganda anti-islâmica no Canadá fosse menor do que nos Estados Unidos, mas o ataque à mesquita canadense de Quebec tinha posto em destaque que a influência eficaz deste presente propaganda seria muito alta.
Em particular, após a recente ordem executiva de Trump que proíbe a entrada aos EUA nacionais de sete países muçulmanos, intensificou a preocupação por uma atmosfera anti-islâmica e medidas contra os muçulmanos na América do Norte, ou seja, o Canadá e os Estados Unidos, em particular neste momento que pôs em relevo que tais preocupações não são em vão. Este ataque ocorre no Canadá, um país famoso no mundo pela existência de tranquilidade e ausência de violência, o que demonstra a crescente propagação da islamofobia na América do Norte.
Este assunto não só provocará novas e graves ameaças para a situação social e laboral dos muçulmanos em Estados Unidos e Canadá, como agora este grupo tem que estar preocupado por como se preservar suas vidas nestes dois países.