Abr. 28, 2017 13:22 UTC
  • Venha conosco ao Irã

Estamos com vocês com mais um programa desta série . Nos programas anteriores havíamos falado da província de Quilan situada ao norte do Irã e demonstramos alguns dos lugares interessantes desta província . No programa de hoje, viajaremos à cidade de Lahijan .

Lahijan não só é uma das mais belas cidades da província de Quilan mas também do Irã, na qual se encontra  campos cobertos de plantações  cultivadas de chá .

A arquitetura muito bela e os chalés com telhados de argila de cor branca que dá a essa cidade uma beleza única . Dizem que o nome  Lahijan significa a cidade da seda. O pesquisador alemão, Eshpiguel em seu livro titulado A invasão dos russos à costa do mar Caspio, também  denominado Lahijan como a cidade da seda.

Lahijan com uma superfície de 1400 Km2 é uma terra fértil, muito linda e conta com uma longa história na qual , antigamente, foi  capital da província de Quilan. A cidade  igualmente que outras não estava protegida das catástrofes naturais, da pirataria e dos incêndios. Em 1307 , Olyatiuo, rei da dinastia  do icanato conquistou  Lahijan e, destruindo-a em 1485 . Em meados do (século 17), os fatores naturais também a prejudicaram  muito .

Agora , no último século, a cidade  se desenvolveu  muito. E como é o centro mais importante do cultivo de chá no Irã, se fundaram muitas fábricas dentro e nos suburbios da cidade onde se processa o chá, assim, se desenvolveu muito a economia  se converteu em uma cidade industrial e  agrícola .

O clima de Lahijan é úmido por motivo das constantes chuvas e também  onde se encontram muitas obras históricas, a mesquita Chahar Padeshah (quatro reis) e o mausoléu do ( Xeique) Zahede Quilani, entre outros, que junto com a natureza impressionante do local  aumentando as atrações turísticas . A seguir,  apresentaremos algumas das obras históricas de Lahijan.

A mesquita Chahar Padeshah (quatro reis) é uma das obras históricas onde também se encontra o mausoléu dos quatro  reis de Quilan . Esta obra foi registrada em (1938) ano cristão na lista das obras nacionais do Irã . A arquitetura da obra é muito específica. Pode se entrar no edifício através dos dois lados .

O edifício principal encontra-se ao lado Sul de um grande pátio onde também se observam seis colunas ao lado norte , das quais, até a altura de 80 cm estão cobertas de azulejos da época de Qajar. As inscrições que estão dentro do edifício pertencem ao século 8 e a princípios do século 19 da hégira lunar. As portas da entrada são de madeira talhadas. A data das inscrições se refere ao ano de 1015 da hégira lunar . No mausoléu também  encontra-se dois antigos manuscritos do Alcorão em letras árabe chamados Kufi, dos quais se perderam umas das primeiras e as últimas páginas. No lado oriental deste  mausoléu também existe uma habitação separada onde está situada uma caixa de madeira e muitas pedras de mármore sobre as tumbas .

O mausoléu do (Xeque) Zahede Quilani que está relacionado ao  século 8  da hégira lunar é outra das obras históricas da cidade de Lahijan que se localiza a uma distância de 3 km da cidade. Tajedin Ebrahim Kordi-e Sanjabi conhecido como xeikh Zahede Quilani  foi um dos grandes sufíes do Irã. Sua cidade natal chama-se Sanjan na província de Khorasan (no Irã). O Shikh Safi al-Din Ardebili, fundador dos Safavies foi durante 25 anos seu aluno e, também se casou com a filha (de Shikh Zahede Quilani).

São muito poucos os turistas que tenham viajado a Lahijan sem visitar a conhecida cascata chamada, Sheitan-kuh (a montanha do diabo) . Sheitan-kuh está localizada no leste da cidade de Lahijan  que anteriormente, foi chamada de  Shah-neshin-Kuh. Em frente à montanha encontra-se uma fonte de água com 200 metros de largura e 70 metros de longitude, cuja água se depositava para regar as terras para cultivos . Hoje em dia, a fonte converteu-se em um lago artificial no qual se vêem uma ilha e um pequeno edifício. Também, na montanha  Sheitan-kuh se formou  uma cascata artificial cuja água extrai-se do mesmo lago, no qual é conhecido como a piscina de Lahijan. Em um lugar mais a cima desta  montanha também está o museu do chá de Lahijan. Toda esta região atrai  muitos dos interessados pela natureza.

O  nome do chá no Irã está associado com a cidade de Lahijan, por tanto, é conveniente que hoje  contemos muitas coisas sobre esta bebida tão frequente entre os persas.

Não se sabe bem como chegou o chá ao Irã e desde quando se costuma  tomar com tanta frequência. É óbvio que a Índia e China são dois países antigos onde têm cultivado a planta de chá. A relação comercial do Irã com a Índia e China pode ser um dos fatores mais importantes da importação que tem o chá para o país persa.

Segundo os documentos históricos, na época dos Savafies as pessoas no Irã acostumou-se a tomar chá e, que pouco a pouco, foi substituído pelo café, a bebida mais tomada anteriormente. Por isso, hoje em dia, nos lugares onde somente servem o chá, seguem os chamando tradicionalmente Qahweh-khaneh (ou a cafeteria).

 Hossein Esfahani, na época de Naseredin Shah (rei do Irã) foi quem cultivou, pela primeira vez, a planta de chá no Irã mas não se estendeu muito. No entanto, o consumo de chá foi mais frequente em 1901 com a persistência de Mohamad Mirzai-e Chai-kar conhecido como Kashe al-Saltane, quem foi  conceituado como o pai do chá no Irã .

E após seu falecimento, o sepultaram  de modo pelo aprecio, em uma das terras de cultivos de chá. Hoje em dia , seu mausoléu é um dos monumentos históricos chamativos na bela cidade de Lahijan e é uma das obras nacionais deste país.

Cabe mencionar que a melhor lembrancinha de Lahijan são as finas bolachinhas  artesanais recheadas , e a maioria dos turistas provam e também as levam consigo como lembrancinha .