May 23, 2017 09:05 UTC
  • A violação de direitos humanos no Ocidente, da ilusão á realidade- 12 (2017). A situação infeliz dos imigrantes

Os imigrantes na Europa enfrentam uma situação tão grave que tem causado a preocupação do Papa Francisco, o líder dos católicos do mundo. Neste programa, vamos estudar a situação dos imigrantes na Europa.

De acordo com os livros de história da Europa, finalizada a Segunda Guerra Mundial, 250 mil mulheres e crianças alemãs, devido aos horrores do antigo Exército Vermelho Soviético tinham  fugiram a Dinamarca, vizinha da norte da Alemanha sem conhecer os campos de refugiados terríveis que os esperava e que fossem iguais à prisão.

Dinamarca ferida pela ocupação do exército nazista aprisionou praticamente todos os refugiados em áreas conhecidas como "campo de concentração" e, em um escândalo histórico, 13.492 mulheres e crianças refugiadas da Alemanha entre 1945 e 1946, morreram nesses lugares por várias doenças e com fome. Sete mil dessas pessoas foram menores de 5 anos. Hoje também a história está sendo repetida de outra maneira porque muitas pessoas que, na esperança de uma vida melhor, se empreendem o caminho de perigoso da migração até Europa, estão enfrentando uma grave situação.

Migrantes viajam para o continente verde embarcar em navios inseguros correndo o risco de perder suas vidas, em qualquer momento da viagem. Uma viagem cujo destino pode ser o fim de suas vidas. Relatórios de entidades internacionais revelam esta tragédia humana. As Nações Unidas, em seu último relatório, informou sobre o aumento da taxa de mortalidade entre os imigrantes no mar Mediterrâneo. Segundo estatísticas da Agência para os Refugiados das Nações Unidas, mais de 1.000 migrantes se afogaram no mar Mediterrâneo desde o início de 2017 até agora. Esta tragédia foi confirmada por outras estatísticas que apontam em 1037 o número de vítimas que morreram ou desapareceram este ano no mar Mediterrâneo.

Dos 8 mil imigrantes que nos últimos dias tentaram atravessar o Mediterrâneo e chegar à Europa, cerca de 100 pessoas foram mortas por ser apanhados nas ondas furiosas. Aparentemente, se a União Europeia (UE) não agir para salvar migrantes e refugiados no Mar Mediterrâneo, vai aumentar significativamente o número de vítimas.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse que desde o início deste ano até agora, mais de 36.700 imigrantes e refugiados foram resgatados do mar Mediterrâneo e se transladados à Itália. Este numero tem aumentado 45 por cento em comparação ao mesmo período do ano passado. Pelo menos 150 mortos no início do ano, foram recém-nascidos, crianças e adolescentes.

Os imigrantes e refugiados que conseguem sobreviver à viagem marítima perigosa, se enfrentam uma situação desagradável e crítica nos campos, onde foram hospedados na Europa. Uma situação que tem incomodado até mesmo o Papa. Recentemente, o líder do mundo católico, o Papa Francisco, comparou os campos de refugiados em países europeus com os campos de concentração da Alemanha nazista.

Sábado, 22 de abril, o Papa ao visitar uma importante igreja em Roma, a Basílica de São Bartolomeu e durante  uma missa, disse: “Muitos campos de refugiados por causa da superlotação da população parecem campos de trabalho forçada (na Alemanha)”. O líder da igreja católica criticou os países europeus por sua indiferença pelo sofrimento dos refugiados e recomendou que os líderes europeus defendessem os direitos humanos dos refugiados. O Papa Francisco pediu aos líderes europeus ao invés do usar métodos para evitar o fluxo de refugiados aos seus países, os recebam de braços abertos.

Ouviram-se com frequência noticias traumáticas ou perturbadoras sobre campos de refugiados em Europa. Costas da norte da França, há mais de uma década, até agora tem sido destino dos refugiados que tentam viajar para o Reino Unido. Enquanto as autoridades estatais da França, repetidamente, têm destruído seus campos nesta região. Em abril, o campo de migrantes de Grande-Synthe, no norte da França, envolveu-se em um incêndio, que deixou dez feridos, desabrigando 1.500 pessoas que tinham encontrado refúgio neste complexo próximo a Dunkerque, em sua maioria curda iraquiana. O incidente, aparentemente resultado de uma briga, reabre o debate sobre o acolhimento de refugiados.

É "o fim", disse o prefeito da região Norte da França, Michel Lalande. "Há mais de uma pilha de cinzas, será impossível substituir as cabanas onde estavam", acrescentou o funcionário presente no local do incêndio que causou uma enorme coluna de fumaça subindo a céu e era visível de vários quilómetros de distância. Outro funcionário da região confirmou "um grande número de lojas foram destruídos em um incêndio. O fogo ainda está acesso e já destruiu mais da metade do campo". Segundo relatos, o fogo começou depois da intervenção da polícia para controlar um conflito neste campo.

Após a desmontagem da "selva de Calais", em outubro passado, o grande campo migrante localizado cerca de 40 quilômetros à povoação da Grande-Synthe começou a aumentar e, com ela, os conflitos. A maioria dos habitantes da Grande-Synthe é refugiada que fugiu de conflitos armados no norte da África e do Médio Oriente rumo à França. O número de refugiados neste acampamento aumentou esmagadoramente após a entrada de refugiados afegãos. Nos últimos meses, têm sido relatados muitos conflitos violentos neste campo. Funcionários estatais franceses em meados de março após confrontos com as forças de segurança anunciaram que tinha planos para desmantelar este acampamento.

Há muitas pessoas hoje que estão fugindo da crise interna em seus países e, no caminho a um abrigo seguro para si e seus filhos, cruzam mares, desertos e montanhas, incluindo zonas de guerra. Segundo estatísticas da Organização Internacional para as Migrações (OIM) em 2016, mais de set mil pessoas perderam a vida em seu caminho da imigração. Estas estatísticas não incluem os que morreram em batalhas de se dirigir e buscar um refúgio. De acordo com estas estatísticas, a cada dia, 20 pessoas morrem ao caminho. A maioria destes imigrantes prove dos países em guerra ou em uma situação crítica devido à fome causada pela seca; Além disso, outros preferem escapar da insegurança política em vez ficar em sua terra natal.

Conforme os dados conjuntos da Organização Internacional para as Migrações e Agência de Imigração da ONU, um em cada sete pessoas em todo o planeta é imigrante. Em 2016, mais de 5 mil migrantes desapareceram sem alcançar ao país de destino. Além de perda humana da imigração, tanto crianças como mulheres, a migração deixa lesões e efeitos nocivos sobre o estado moral de imigrantes.

A Europa enfrenta um fluxo incessante de imigrantes frequentemente fugindo de zonas de guerra na África e no Médio Oriente especialmente na Síria. Neste contexto, alguns países europeus por causa da xenofobia ou temor pela entrada de terroristas fecharam suas fronteiras aos refugiados.

Muitos analistas acreditam que as potências europeias como o principal fator dessa imigração incessante. Eles argumentam que as políticas da Europa e dos Estados Unidos levaram à eclosão de guerras em regiões violentas, pelas quais forçando as pessoas a deixar suas casas e terra natal.

A confusão dos governos europeus a estudar esta situação tem favorecido aos seguidores dos partidos de extrema direita de se opõem à presença de estrangeiros na Europa. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no seu último relatório em 2016, exortou União Europeia a rever as suas políticas sobre refugiados para alcançar soluções humanitárias em tratamento com os refugiados.

Ao criar confiança entre as pessoas e os governos, se obstaculiza e impede o crescimento do pensamento de extremista contra imigrantes e refugiados.

Presidente do ACNUR, no seu recente relatório, disse que a razão para a recente crise de refugiados encontra-se nas políticas descoordenadas e erradas da União Europeia. Adverte que a desconfiança popular de políticos vai levar no futuro que subam a poder os governos com tendências extremistas que tornaria uma fase difícil para os direitos humanos.

Os protestos abertos em países europeus contra a presença de refugiados e imigrantes, a vitória do presidente dos Estados Unidos com promessas anti-migratoria, a tomada do poder de partidos de extrema direita na Europa, tudo isso indica que todos os dias se tornam condições mais difíceis para imigrantes e refugiados. O presidente da Agência dos Direitos Fundamentais da UE, o Professor Michael O'Flaherty, a este respeito disse: “nos últimos anos não é ‘pessoa má’, que coloca em questão o fundamento dos direitos humanos”. Segundo o Professor o Flaherty, o horrível é o desvanecimento das obrigações de direitos humanos na Europa.

 

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