Jun. 18, 2017 08:39 UTC
  • Pontos de vista do Líder da Revolução Islâmica do Irã na reunião com os Funcionários do Governo

O líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei, em uma reunião em 12 de junho com um grupo de chefes das Forças Armadas e funcionários do governo, destacou em uma gama de recomendações sobre a gestão interna do país, bem como assuntos importantes na região.

Neste artigo, nós fornecemos um resumo dos pontos mais importantes de vista do líder nessa reunião.

No início de seu discurso, aiatolá Khamenei descreveu o mês sagrado do Ramadã como uma oportunidade dourada para a "súplica diante de Deus Todo-Poderoso" e "iluminar os corações" e advertiu que "alcançar objetivos elevados e exigentes deste mês depende da conexão com Deus e sinceros esforços dos fiéis porque se a sociedade islâmica e revolucionaria se descuida de memorias e a súplica a Deus, se verá afetada.”.

Antes do pronunciamento do Líder, o Presidente Executivo do Irã, Hassan Rouhani, apresentou um relatório sobre o desempenho do governo e o estado da nação. Um dos temas abordados pelo líder da Revolução Islâmica foi às eleições presidenciais que ocorreu no país em 19 de maio. A este respeito, ele sublinhou: "As eleições foram uma grande conquista e logro e mostram o poder da revolução e a profundidade da influência do sistema islâmico nos corações do povo, mas a mídia mundial não mencionou este ponto importante e merecido na sua extensa propaganda".

Descreveu também a ação valiosa de todos os participantes nas eleições como "uma expressão de confiança no sistema islâmico" e salientou que "a proeza conjunta do povo, independentemente de quem votou, foi que “confiam” nas urnas e sufrágios na República islâmica e do movimento de massas estipulado na Constituição, ou seja, nas eleições".

No entanto, ele criticou algumas pessoas que tentam dividir o povo com interpretações desanimadoras e incorretas.

"Não se deve permitir que o grande trabalho do povo nas eleições seja arruinada e marcada por disputas e divisões de gentes”, alertou.

Apontando aos descarados movimentos dos norte-americanos para intensificar as sanções e aumentando o barulho dos tambores de hostilidade ainda mais, em particular após as eleições presidenciais iranianas, o líder acrescentou: "Contra esses inimigos, um novo clima de cooperação, luta e esforço deve ser criado para executar o objetivo comum de progresso do país e a promoção da República islâmica, e todos devem se unir e ter uma participação nesse âmbito".

O Líder da Revolução Islâmica descreveu a "luta e resistência", como o pré-requisito para a realização dos objetivos, obrigando o inimigo submeter à vontade do povo e disse: "Todos devem ajudar as autoridades do país e esses funcionários devem tomar cuidado de bem-estar do povo e cooperar uns com os outros em várias áreas.”.

Líder da Revolução Islâmica afirmou: "Como um primeiro passo, a gestão adequada do país exige o estabelecimento de critérios para a tomada de decisões e na formulação dos mesmos e, como o próximo passo, precisa aproveitar e utilizar as experiências dos últimos 38 anos”.

Reiterou assim mesmo, que "os interesses nacionais devem estar em consonância com a identidade nacional e a identidade nacional não deve tornar-se uma função das questões sob o título dos interesses nacionais, porque, na realidade esses casos são" interesses ilusórios “e interesses não nacionais”. Ele continuou, para esclarecer e aclarar o significado da identidade nacional, precisa que a identidade nacional do Irã seja baseada em três elementos "muçulmana, de uma profundidade revolucionária e histórica", portanto, aconselhou à administração do país, seja a Executiva, Judiciário ou Legislativo, todos tomam decisões macro evitando qualquer ação que for suspeita e que seja incompatível com religião, a revolução e a história iraniana.

Aiatolá Khamenei observou um ponto importante sobre a identidade nacional, na qual ressaltou: "Nossos interesses nacionais não devem ser submetidos a uma imposição e tributação estrangeira" porque os poderes arrogantes usam diferentes meios para impor a sua vontade e acrescentou que uma dessas táticas para cumprimento dos seus interesses é camuflar sob o título de “normas internacionais” e, através desta abordagem acusam os países independentes de violar as normas.

Acrescentou que em seus recentes comentários sobre o Irã, os norte-americanos têm vindo a levantar a questão da "instabilidade na região" sob a rubrica de padrões internacionais. Em resposta, disse o líder que, deve primeiramente perguntar. "O que isso tem a ver com vocês? E em segundo lugar, vocês e seus agentes são os principais fatores por trás da instabilidade na nossa região".

Observando o papel dos americanos na criação do grupo terrorista de Daesh e seus apoios militares e preparatórios a este grupo, aiatolá Khamenei reiterou: "A afirmação de formar uma coligação contra Daesh é uma farsa; claro, eles [os americanos] opõem-se a Daesh desenfreado, o que eles querem é ter um Daesh sob o seu controle. De fato, se alguém queira destruir este flagelo, fortemente se opusera".

O Líder da Revolução Islâmica citou a recente acusação do presidente dos Estados Unidos que o Irã apoia o terrorismo e viola os direitos humanos para afirmar que essas acusações estão dentro do âmbito de fabricação de padrões e normas para garantir os interesses das potências arrogantes. "É ridículo que os americanos, com os governantes sauditas medievais e tribais, falassem de direitos humanos e de um país onde não há democracia lançassem acusações contra a República islâmica, uma nação que é o símbolo da democracia”, criticou o aiatolá Khamenei.

O Líder da Revolução Islâmica na segunda parte de seu discurso, explicou como utilizar a experiência para dirigir o país adequadamente e a gestão das suas oportunidades e ameaças.

Líder referiu ao "impacto decisivo da unidade e da integridade nacional" nos êxitos das últimas quatro décadas, acrescentando: "Esta experiência bem sucedida deve ser usado na gestão do país, é claro, a unidade não está discordada com expressar oposição às políticas de instituições governamentais, mas não deve haver brigas e disputas no domínio das questões macro no país".

Aiatolá Khamenei descreveu a "bi-polarização do país" e "dividir o povo" como uma experiência perigosa, acrescentando: "No ano de 1359 do calendário persa (1980-1981), o então presidente bi polarizou a sociedade e dividiu o povo em dois grupos a favor e contra. Essa experiência não deve ser repetida”, ele aconselhou.

A dependência de capacidades internas e a priorização da produção nacional foi outro ponto que se refere o líder da Revolução sobre a questão da gestão adequada do país e também observou que "a desconfiança do inimigo" deve considerar outra experiência fundamental e séria para ser totalmente servido na administração do país.

"Nós não podemos confiar no inimigo, mas em alguns pontos por algumas razões, por exemplo, para retirar os americanos de desculpas, retrocedemos e, por suposto, a desculpa não foi eliminada, mas sofremos de um golpe”.

Aiatolá Khamenei, assinalou a questão da JCPOA (acordo nuclear com o G 5 + 1), disse: "Confiamos nos nossos negociadores e funcionários que seguiam esta questão, porque acreditamos que são fiéis e pertencem a nós, mas em alguns casos nesta questão, devido a confiar nas palavras do lado oposto, passamos por alto alguns temas ou não fizemos o esforço necessário".

Aumentar a força militar e de segurança foi outro ponto destacado pelo líder da Revolução no desenvolvimento do que deve e não deve fazer na "boa governação do país e gestão de ameaças e oportunidades." Aqui destacou que não é segredo que os Estados Unidos, a fim de eliminar os elementos do poder no Irã, tentaram criar o ódio contra a Guarda Revolucionária Islâmico (IRGC) e a Força de Quds, mas não devemos agir de acordo com vontade do inimigo em questões domésticas e regionais.

Notando o impacto de atração de investidores nacionais e estrangeiros na gestão da economia do país, o líder da Revolução descreveu a verdadeira atenção ao povo que passam pela criação de indústrias rurais “como a solução para alguns problemas de habitação precária e a corrupção resultante”.

A criação de instalações para facilitar o transporte de mercadorias das regiões rurais a urbanas é tão importante quanto à prevenção rigorosa da importação de mercadorias que prejudiquem o produto local similar, disse o líder da importância do uso de produtos domésticos como fundamento necessário para a promoção da qualidade destes produtos, a luta contra o contrabando, adequada e aplicação digna do artigo 44 [da Constituição referente à Privatização] e a questão da segurança do investimento.

Aiatolá Khamenei descreveu o "ciberespaço" como uma das outras questões importantes e eficazes na correta gestão do país “Uma avalanche de temas que vão contra os valores e interesses nacionais; Informação inclusive de inteligência se submerge nas mentes da sociedade”. Este ambiente deve ser controlada, sem privar a nação de ciberespaço, precisou ele. A questão dos EUA foi o último tema que o líder da República Islâmica em suas observações tocou. "A maioria dos problemas com os EUA é fundamentalmente insolúvel, porque o problema da América com a gente não emanam de questões como a energia nuclear ou os direitos humanos, o seu problema é com a própria essência da República Islâmica".

Aiatolá Khamenei citou temas como "direitos humanos, o terrorismo, a reivindicação da desestabilização do Irã na região" como uma desculpa para os Estados Unidos contra a existência do sistema islâmico. "os Estados Unidos são terroristas, um terrorista e partidário de um regime como o regime sionista, que é o núcleo do terrorismo e que foi criado para o terror e a tirania desde o primeiro dia da sua criação, portanto, é impossível chegar a um acordo com os Estados Unidos”, disse ele.

Para finalizar, ele concluiu que "os norte-americanos devem saber que a República Islâmica não abandonará suas posições como a luta contra a tirania e a defesa da Palestina e não renunciará de esforços para restaurar os direitos da nação”.