Jun. 26, 2017 19:26 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente de ilusão à realidade 17 (2017)

Um dos aspetos principais e fundamentais de direitos humanos é a liberdade de expressão e a participação popular em democracia e governabilidade, mas os governantes sauditas não toleram, nem se quer ouvir.

Enquanto isso não diferencia entre pequenos e grandes, quem protesta se enfrenta com detenção arbitrária, tortura, pressão em células individuais e porventura o  desaparecimento.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua primeira viagem ao exterior, visitou a Arábia Saudita e assinou o maior negócio de armas com a Al Saud, o regime mais repressivo e beligerante na região. Trump em Riad sublinhou o seu apoio à Arábia Saudita. Este regime lançou bombas de fragmentação e outras armas proibidas contra pessoas inocentes e oprimidas do Iêmen, e fornecendo armas e recurso financeiros a grupos terroristas como a Al-Qaeda que operam na Síria e no Iraque ou no sul do Iêmen, colocando a segurança regional em risco; esse mesmo Al Qaeda em 2001 protagonizou a tragédia 11 de setembro em solo norte-americano. O apoio da Trump não termina com o seu respaldo aos governantes sauditas e envio de equipamentos militares. Louvor e definição de liberdade e direitos humanos nas demonstrações de Melania, esposa de Trump dos direitos das mulheres e seu empoderamento na Arábia Saudita, talvez seja a mais ridícula de novos residentes da Casa Branca deste ano. Na Arábia Saudita, as mulheres não usufruíram dos direitos e são consideradas um gênero secundário, tão baixo que nem podem dirigir um carro.  A análise das violações dos direitos humanos no território saudita requer anos ou meses de pesquisa, mas um dos aspetos  principais e fundamentais de direitos humanos é a liberdade de expressão e a participação das pessoas na democracia e governabilidade, mas os governantes sauditas não acreditam nestes princípios em absoluto. Enquanto isso não contempla diferenças de idade e quem fala será enfrentada com prisões arbitrárias, tortura, encarceramento em celas individuais e eventualmente desaparecimento.

Em estes dias, o destino de um dos prisioneiros políticos na Arábia, o Murtaja Algariras, um adolescente de 13 anos é desconhecido. Após há 32 meses na prisão, Murtaja agora está transferido por autoridades sauditas à prisão tenebrosa al-Dammam. A transferência de mais jovem prisioneiro político na Arábia Saudita a penitenciário de al-Dammam tem causado preocupações e protestos de ONGs de direitos humanos europeu-sauditas. Esta organização anunciou em comunicado a sua preocupação com as vidas dos menores sauditas detidos e particularmente Algariras, dada à evidência de que são vítimas de violação dos seus direitos.

Os guardas de segurança do regime Al Saud desde 2011, prenderam mais de 80 menores e adolescentes sauditas. Murtaja foi transferido à al-Dammam, uma prisão terrível porque lá a pior tortura e maus-tratos são aplicados principalmente às pessoas com mais de 18 anos. Murtaja foi preso em 20 de setembro de 2014, e sem compreender o motivo que o acusam, foi aguardado 32 meses em uma prisão juvenil. Ele foi detido quando participou com a sua família de uma caminhada e foi preso enquanto passava pela ponte de “King Fahad” que ligava a Arábia Saudita ao Bahrein.

No comunicado da organização de direitos humanos diz: "apesar das críticas da comunidade internacional sobre a violência e a detenção de menores, funcionários do governo em Riad continuam esta medida e não diferenciam entre grandes e pequenos. As autoridades sauditas tinham prometido que, com a chegada do mês bondoso de Ramadan, o prisioneiro politico mais jovem na Arábia Saudita seria libertado, mas agora foi transferido à al-Dammam prisão conhecida como um centro de tortura”.

A ONG pró-direitos humanos Europa-Arábia destaca que o regime saudita para satisfazer às demandas do "Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas" deve libertar imediatamente Algariras e todos os detidos menores no reino árabe. Em particular quando há uma possibilidade de que sete menores sejam executados. Em sua nota, a ONG diz: "O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas informou que Murtaja tem sido repetidamente questionada sem a presença de um advogado ou um dos seus familiares e acusá-lo de participar de protestos pacíficos durante o funeral de mártires dos protestos na Arábia Saudita. Murtaja foi guardado por um mês em uma única célula e foi submetido a torturas e maus-tratos de forçá-lo a confessar o que a prisão imputada. Além disso, porque as condições das prisões são terríveis, o menor agora sofre problemas de saúde. O irmão de Murtaja,  o Reza Quris, de 26 anos de idade que na cidade xiita de al-Avamieh foi martirizado com balas das forças de segurança durante os protestos pacíficos do povo desta cidade em 2011.

 O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas descreveu a prisão de Murtaja Algariras como uma medida autoritária e exige a sua libertação imediata, no entanto, o regime saudita não respondeu e transferiu-o para o penitenciário de al-Dammam.