Jul. 01, 2017 19:49 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente de ilusão à realidade 18 (2017)

A guerra do Iêmen mostra o verdadeiro rosto dos Estados Unidos sobre seu apoio aos valores humanos básicos. Washington que sempre tem reclamado ser protetor dos direitos humanos, apesar dos piores crimes e desastres humanos como resultados de agressão do Riad contra os iemenitas, todavia continua apoiando incondicionalmente o regime saudita, meramente por interesses econômicos e jogos políticos.

Nos dias do mês do Ramadã se ouvia a grita do povo inocente do Iêmen. As pessoas que são alvas do regime saudita e cada dia veem que as condições da vida se deterioram. No entanto, a coisa mais dolorosa é que os Estados Unidos, vendendo armas ao regime saudita, o fortalece para poder continuar a guerra contra seu vizinho do sul. Uma guerra que está testando todos os tipos de crimes, incluindo crimes contra a humanidade e violações dos direitos humanos básicos, e não tem outro propósito a não serem massacre e assassinato em massa de iemenitas e a tomada de seus bens.

Apesar das enormes perdas de civis iemenitas e que a Arábia Saudita tem recorrido a ataques indiscriminados e mesmo confessou o uso de armas proibidas, tais como bombas de fragmentação, os EUA continuam protegendo o Riad. O governo do ex-presidente dos EUA, Barak Obama, no ano passado, como resultado da intensificação das baixas de civis no Iêmen, parou a venda de bombas guiadas à Arábia Saudita. No entanto, ao chegar à Casa Branca, Donald Trump retomou a exportação dessas armas a Arábia Saudita. E em uma ação mais recente, os legisladores rejeitaram as resoluções que pediam a parar a venda de bombas guiadas para a Arábia Saudita. 43 senadores votaram sim e 51 contra.

Com estes fatos, é evidente o apoio Executivo e Legislativo de Estados Unidos aos crimes de guerra e crimes contra a humanidade e violação dos direitos humanos que ocorrem no Iêmen. Nos últimos anos, a presença militar dos EUA no Médio Oriente, sob o pretexto de defender os direitos humanos e protegê-los, não teve outro resultado do que guerras e massacres, bem como o fortalecimento de grupos terroristas. O governo dos EUA está diretamente envolvido nesses crimes a apoiar seus objetivos desumanos de seu parceiro infanticida na região, ou seja, a Arábia Saudita.

O uso de armas proibidas, tais como bomba de fragmentação no Iêmen é um desses crimes. Deste modo que, os aviões de guerra da Arábia continuaram suas operações durante o mês de Ramadã. Neste sentido, foram lançadas bombas de fragmentação em Taiz, Yoktan e Almukalla. As bombas de fragmentação são conhecidas entre a variedade de dispositivos explosivos, porque em uma explosão inicial um número de munições menores se espalhe na zona da explosão e, após um intervalo de tempo, emite um segundo explosão. Em bombas convencionais se destruí apenas a área perto do local da explosão, mas quando uma bomba de fragmentação explode se dispersam um grande número de pequenas sem explosão. Estas bombas são ainda perigosos décadas após o fim de um conflito. A área de impacto de uma única bomba de fragmentação, conhecido como sua "pegada" pode ser tão grande quanto dois ou três campos de futebol.

Por a zona de impacto tão amplo da arma, característica de todos os artefatos explosivos, foram documentados afetando tanto objetos civis e militares na área alvo. A característica desta arma é particularmente complicada para os civis, quando as bombas de fragmentação são usadas ​​em ou perto de áreas povoadas e tem sido documentada em grupos de pesquisa, como a “Human Rights Watch” e pelas Nações Unidas.

O uso de bombas de fragmentação foi proibido em 2008 com a assinatura de 116 países, mas a Arábia Saudita e seus aliados Estados Unidos não assinaram o Convenio. Aqueles que autoproclamam defensores dos direitos humanos se têm repetidamente opostos a este Pacto. De fato, a Arábia Saudita e outros membros da coalizão que ataca Iémen, bem como o principal fornecedor de munições de fragmentação, ou seja, os Estados Unidos, têm pisado e ignorado o padrão global que proíbe o uso de bombas de fragmentação sendo um ameaça em longo prazo para os civis.

Os aviões sauditas atacam também contra as leis e as normas do direito humanitário e violando o princípio de discernir em seus ataques contra militares e civis, apontam as infra-estruturas básicas no Iêmen como habitação, escolas, hospitais e centros médicos e até mesquitas e monumentos arqueológicos. Por exemplo, recentemente, os combatentes sauditas em várias províncias como Al Jawf e Al Hudaydah, atacaram e destruíram mesquitas históricas e de grandes valores arqueológicos. Os caças também têm sido direcionados a casas de civis o que deixou um número de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças.

A intervenção militar saudita no Iêmen resultou na morte de mais de 12 mil iemenitas e deixando dezenas de milhares de feridos e milhões de deslocados, além de grandes danos pela destruição parcial e total da infra-estrutura do país. A ONG iemenita Centro Legal para os Direitos e Desenvolvimento, como observador da agressão da coalisão Arábia ao Iêmen, tem proporcionado estatísticas de 800 dias de bombardeamentos contra o território iemenita, de acordo com estes dados, nesse período morreram ou foram feridos 33,395 iemenitas. O relatório, emitido pelo canal de notícias do Iêmen Al-Masirah, afirma que do número total de falecidos, 2.689 foram crianças, 1942 mulheres e 7943 homens. "Todos foram civis", diz ele. Aos 20.820 feridos incluem 2541 crianças, 2115 mulheres e 16.164 homens, enquanto o número de iemenitas deslocadas pelos ataques de Al-Saud e seus aliados já atingiu mais de 2.500 mil pessoas.

O Centro iemenita destaca que a destruição de escolas, desde o início da agressão saudita em março de 2015, abrange 775 escolas e 114 faculdades e universidades. A publicação acrescenta que 26 centros de imprensa têm sido atingidos por ataques aéreos de Riad e 404,485 casas e 746 mesquitas foram pulverizados por bombardeios. Durante os ataques na Arábia Saudita contra o Iêmen, 162 plantas de energia e 368 reservatórios de água potável, 353 centros de telecomunicações, 294 hospitais e centros médicos, 103 clubes desportivos e 1633 edifícios governamentais também foram danificados. Quanto à indústria turística do pequeno país árabe, sector-chave da economia do Iêmen, o Centro disse que a agressão Arábia destruiu 230 resorts e 207 monumentos históricos e arqueológicos. A Arábia Saudita tem dirigido seus ataques contra o 2762 transporte público, 528 depósitos de alimentos, 242 silos, 15 aeroportos, 14 portos, 1733 estradas e pontes de, 318 estações e 552 mercados, contabiliza entidade iemenita.

A pobreza, a fome e as doenças têm cobrado a vida de muitas pessoas inocentes no Iêmen. O porta-voz oficial do Ministério da Saúde e Habitação do governo de salvação nacional do Iêmen, Abdul Alkhlany, informou que pelos menos dez mil pessoas perderam a vida devido à continuação do cerco e agressão da coalizão Arábia no Iêmen. O porta-voz acrescentou que mais de 75 mil pacientes iemenitas ao ano tem de viajar para o estrangeiro para tratamento, no entanto, a continuação dos ataques em diferentes partes do país e o encerramento do aeroporto de Sana, não permite aos iemenitas viajar para fora o país e impede a importação de medicamentos, o que se tornou em uma crise para os doentes e feridos.

A Agencia das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em um relatório recente anunciou que a cada 10 minutos uma criança é morto no Iêmen e pediu ao fim o mais rápido possível a esta agressão. O que está acontecendo no sistema de saúde no Iêmen, é um dos maiores crimes da história moderna, disse ele.

A violação dos direitos humanitários, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e violações dos direitos humanos que ocorrem no Iêmen não é segredo para ninguém. No entanto, os governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos, continuam apoiando os autores destes crimes. Na verdade, Presidente Trump assinou recentemente o maior contrato de venda de armas com os sauditas e os senadores norte-americanos rejeitaram cessar o movimento da venda de armas proibidas à Arábia Saudita.