Jul. 10, 2017 17:27 UTC
  • Pontos de vista do líder da revolução islâmica do Irã (reunião com autoridades e funcionários do governo)

O líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei, em uma reunião em 12 de junho com um grupo de chefes das Forças Armadas e funcionários do governo, abordou uma gama de conteúdos sobre a gestão interna do país, bem como assuntos importantes na região.

Neste artigo, fornecemos resumo dos pontos mais importantes de vista do líder nessa reunião.

No início de seu discurso, aiatolá Khamenei descreveu o Benedito mês do Ramadã como uma oportunidade dourada para a "súplica diante Deus Todo-Poderoso" e "iluminar os corações" e advertiu que “alcançar objetivos elevados e exigentes depende da conexão com Deus e sinceros esforços dos fiéis porque se a sociedade islâmica e revolucionária se descuida de lembrança e súplica a Deus, se verá afetada”.

“Antes do discurso do Líder, Presidente de Executivo do Irã, Hassan Rouhani, apresentou um relatório sobre o desempenho do governo”. Uma das questões abordadas pelo líder da Revolução Islâmica foi às eleições presidenciais no Irã em 19 de maio. A este respeito, disse: "As eleições foram uma grande conquista e mostraram o poder da revolução e a profundidade da influência do sistema islâmico nos corações das pessoas, mas a mídia mundial não mencionou este ponto importante na sua extensa propaganda".

Descreveu também a valiosa ação de todos os participantes nas eleições como "uma expressão de confiança no sistema islâmico" e destacou que "a realização conjunta do povo, independentemente de por quem ele votou, foi que “confiaram” nas urnas na República islâmica e no movimento massivo estipulado na Constituição, ou seja, nas eleições".

No entanto, criticou algumas pessoas que tentam dividir as pessoas com más interpretações. "Não deve permitir que o grande trabalho do povo nas eleições seja arruinado e manchado por disputas e divisões de povo", alertou.

Apontando os descarados movimentos de norte-americanos para intensificar as sanções e bater nos tambores de hostilidade mais do que nunca após as eleições presidenciais iranianas, agregou o líder: "Contra esses inimigos, deve criar um novo clima de cooperação, luta e esforço para executar o objetivo comum de progresso do país e a promoção da República islâmica, e todos devem se unir e ter uma participação neste âmbito”.

O Líder da Revolução Islâmica descreveu a "luta e resistência", como o pré-requisito para a realização dos objetivos e ajoelhar o inimigo, dizendo: “Todos devem ajudar às autoridades do país e esses funcionários devem cuidar do bem-estar do povo e cooperar em varias áreas entre si”.

O líder da Revolução Islâmica disse: "Como primeiro passo, uma gestão adequada do país exige o estabelecimento de critérios para a tomada de decisões e a formulação das mesmas e como o próximo passo, necessárias utilizarem as experiências dos últimos 38 anos".

Reiterou assim mesmo que "os interesses nacionais devem estar em consonância com a identidade nacional e a identidade nacional não deve tornar-se uma função das questões sob o título dos interesses nacionais, porque, na realidade esses casos são" interesses ilusórios “e não interesses nacionais”. Aiatolá Khamenei, ao esclarecer o significado da identidade nacional, ressaltou que a identidade nacional do Irã é baseada em três elementos "é muçulmana, de uma profundidade revolucionária e histórica", portanto, aconselhou aos funcionários país, seja o executivo, judiciário ou legislativo, que todos aqueles que tomam decisões macro devem evitar qualquer medida que se suspeita de ser incompatível com a religião, revolução e história iraniana.

Aiatolá Khamenei destacou a um ponto importante sobre a identidade nacional, em que sublinhou: "Nossos interesses nacionais não devem ser submetidos à disposição estrangeira" porque os poderes arrogantes usam diferentes meios para impor a sua vontade e acrescentou que uma dessas táticas para cumprir os seus interesses é camufla-los sob o título de “normas internacionais”, através desta abordagem acusam os países soberanos de violar as regras.

Acrescentou que em seus recentes comentários sobre o Irã, os americanos têm vindo a levantar a questão da "instabilidade na região" sob a rubrica de padrões internacionais. Em resposta, disse o líder, deve primeiro pergunta-lhes. "O que isso tem a ver com vocês? E em segundo lugar, vocês e seus agentes são os principais fatores por trás da instabilidade na região”. Destacando o papel dos americanos na criação do grupo terrorista Daesh e seu apoio militar e preparatório a esta banda, Aiatolá Khamenei reiterou: "a afirmação de formar uma coligação contra Daesh é uma mentira; Supostamente, eles [os norte-americanos] opõem-se a Daesh desenfreada, o que eles querem é ter um Daesh sob o seu controle. De fato,  se alguém quiser  destruir este flagelo, eles se opuserem fortemente.

"O Líder da Revolução Islâmica citou a recente acusação do presidente dos Estados Unidos que o Irã apoia o terrorismo e viola os direitos humanos para afirmar que essas acusações estão dentro do âmbito da fabricação de padrões e normas para garantir os interesses das potências arrogantes. "É ridículo que os americanos, junto com os governantes medievais e tribais sauditas, falasse de direitos humanos e de um país onde não há democracia, lançando acusações contra a República islâmica, uma nação que é o símbolo da democracia na região", criticou aiatolá Khamenei.

O Líder da Revolução Islâmica na segunda parte de seu discurso, explicou como utilizar a experiência para dirigir o país adequadamente e dirigir as suas oportunidades e ameaças.

O líder assinalou o "impacto decisivo da unidade e da integridade nacional" nas realizações e êxitos dos últimos quatro décadas, acrescentando: "Esta experiência bem sucedida deve ser usada na gestão do país, porventura, a unidade está em desacordo com expressar a oposição às políticas das instituições governamentais, mas não deve haver brigas e disputas no domínio das questões macro no país”.

Aiatolá Khamenei descreveu a “bipolarização do país e a dividir o povo em dois grupos" como uma experiência perigosa, acrescentando: "No ano de 1359 do calendário persa (1980-1981), o então presidente levantou a sociedade dividida e bipolar em dois grupos a favor e contra. Essa experiência não deve ser repetida”, aconselhou o líder.

A dependência de capacidades internas e priorização da produção nacional foi outro ponto que se refere o líder da Revolução sobre a questão da gestão adequada do país e também observou que "a desconfiança no inimigo" se deve considerar outra experiência fundamental e sério que tem que ser plenamente atendida na administração do país.

"Nós não podemos confiar no inimigo, mas em alguns pontos por algumas razões, por exemplo, para retirar aos norte-americanos de desculpas, retrocedemos e, por suposto, a desculpa não foi eliminado, mas sofreu um duro golpe".

Aiatolá Khamenei, apontando à questão de JCPOA (acordo nuclear com o G 5 + 1), disse: "nós confiamos nos funcionários que desenrolaram as negociações e seguiram este assunto, porque acreditamos que são fiéis e pertencem a nós, mas em alguns casos, sobre esta questão, devido a confiar nas palavras no lado oposto, negligenciamos alguns temas ou não fizemos o esforço necessário”.

Impulsar o poderio militar e de segurança foi outro ponto destacado pelo líder da Revolução no desenvolvimento do que deve e não deve fazer na "boa governação do país e gerenciamento de ameaças e oportunidades." Aqui destacou que não é segredo que os Estados Unidos, a fim de eliminar os elementos do poder de Irã, tentaram criar o ódio contra a Guarda Revolucionária Islâmico (IRGC) e da Força de Al-Quds, mas não devemos agir de acordo com vontade do inimigo em questões domésticas e regionais.

Notando ao impacto de atrair investidores nacionais e estrangeiros na gestão da economia do país, o líder da Revolução descreveu a verdadeira atenção ao povo passa pela criação de indústrias rurais “como a solução a alguns problemas de habitação precária e corrupção resultante”.

A criação de instalações para facilitar o transporte de mercadorias das zonas rurais é tão importante quanto à prevenção rigorosa da importação de mercadorias que prejudiquem o produto local semelhante, disse o líder que também falou da importância do uso de produtos domésticos como fundamento necessário para a promoção da qualidade destes produtos, a luta contra o contrabando, a correta e digna aplicação do artigo 44 [da Constituição sobre a privatização] e a questão da segurança do investimento.

Aiatolá Khamenei descreveu o "ciberespaço" como uma das outras questões importantes e eficazes na correta gestão do país. “Uma avalanche de temas que vão contra os valores e interesses nacionais; Informações e até a inteligência está imerso nas mentes da sociedade”. Este ambiente deve ser controlada, sem privar a nação de ciberespaço, disse ele.

As questões de EUA foi o último tema que o líder da República Islâmica referiu em seu discurso. "A maioria dos problemas com os EUA são fundamentalmente insolúvel, porque o problema da América com a gente não emanam de questões como a energia nuclear ou os direitos humanos, o seu problema é com a própria essência da República Islâmica".

Aiatolá Khamenei citou questões como "direitos humanos, o terrorismo, alegações dos norte-americanos da desestabilização do Irã na região" como uma desculpa para os Estados Unidos contra a existência do sistema islâmico. "Estados Unidos são terroristas, um terrorista e partidário de um regime como o regime sionista, que é o núcleo do terrorismo e foi criado para o terror e a tirania desde o primeiro dia da sua criação, portanto, é impossível chegar a um acordo com os Estados Unidos”, disse ele.

Para finalizar disse que "os norte-americanos devem saber que a República Islâmica não abandonará suas posições como a luta contra a tirania e a defesa de Palestina e não renunciaria aos esforços para restaurar os direitos da nação”.

 

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