Jul. 30, 2017 18:23 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente de ilusão à realidade 21 (2017)

Uma imprensa israelense revelou recentemente que as crianças iemenitas que desapareceram entre 1948 a 1954 foram sujeitos a exames médicos não autorizados.

Em meados de Junho de cada ano, se recorda um caso doloroso para 50 mil judeus no Iêmen que durante as décadas de quarenta e cinquenta do século passado, na esperança de uma vida melhor, migraram aos territórios ocupados da Palestina, mas depois de acomodados em campos temporários conhecidos como Ma'abarot, por razões desconhecidas, perderam seus filhos.

Este é o caso de milhares de crianças iemenitas que, com as suas famílias, chegaram ao aeroporto de Tel Aviv, anteriormente conhecido como Aeroporto Lod, foram enviados para campos e, sob vários pretextos, tais como check-ups e exames médicos, foram separados de suas famílias e enviadas para hospitais, mas nunca mais voltaram. Em muitos casos, poucos dias depois da separação, as famílias foram comunicados a notícia da morte de crianças sem entregar o corpo ou o endereço do local do enterro. No entanto, recentemente um relatório revelou o destino sombrio dessas crianças inocentes.

A imprensa israelense revelou que as crianças iemenitas que desapareceram entre 1948 a 1954 foram sujeitos a exames médicas não autorizadas. O diário Israel Hayom, em um relatório especial, confirmou a prática de experiências médicas ilegais sobre essas crianças. Os documentos revelados pelo jornal israelense também mostram que os corpos destas crianças foram submetidos a autópsias, sem o consentimento de seus pais. O “Israel Hayom” também publicou novas imagens dessas crianças, o que confirma que algumas das experiências foram realizadas em crianças. Uma foto mostra uma criança nua que tem escrito sobre o seu estômago "baço", o que evidencia o uso de alguns desses órgãos para o ensino de anatomia. Em uma das páginas deste documento se mencionam estudos e testes em cada quatro crianças que sofrem de desnutrição. Aparentemente se injetaram proteínas nas veias dessas crianças e esta foi à causa da sua morte. Outro documento é uma carta relacionada a um funcionário de hospital na cidade de Rosh Haayin, datado de 21 de novembro de 1949, onde se lê: "Eu visitei o hospital em Rosh Haayin e, naquela manhã, vi morrer quatro crianças durante o tratamento. Eles presentavam condições patológico-fisiológicas equilibradas, mas depois de serem injetadas diferentes soluções sofreram de transtornos e morreram”.

Outros testes que mostrou o jornal israelense confirmou que o regime israelense depois de separar as crianças de seus pais, relatou a falsa notícia da morte dos menores a suas famílias. Um desses documentos é a história de uma menina que, após a separação de seus pais, estava internada no hospital. Este diário destaca que é a primeira vez que se divulgam documentos e depoimentos de testemunhas que confirma que as crianças em situação de risco, foram submetidas a testes médicos sem precedentes tornando-se ratos de laboratório, que causaram a morte de pelo menos quatro delas. De acordo com este jornal, alguns desses documentos mostram que nesses anos o hospital Ram Bam na cidade de Haifa manteve com algumas destas crianças sequestradas e uma delas foi adotada por um membro da equipe do hospital responsável pela realização dos ensaios clínicos. Em alguns destes documentos lê: "médicos estavam testando novos tratamentos, por exemplo, aplicavam injeções intravenosas de proteína-seca, soro e plasmas secos de forma direta a estas quatro crianças iemenitas que sofreram de desnutrição e, neste processo, os meninos perderam a vida".

A Comissão Especial da Knesset sobre o Desaparecimento das Crianças do Iêmen Oriente e Balcãs, na quarta-feira 14 de junho de 2017 se reuniu para discutir a questão. O presidente da comissão, Nurit Koren, nessa reunião, disse. "No mesmo lugar que deveriam ter sido protegidos, as crianças desapareceram. Algumas das crianças desapareceram e seus pais nunca receberam um atestado de óbito, mesmo que pediram para ver os cadáveres, não tiveram respostas e nada poderiam celebrar funerais, e cada vez é mais evidente que os corpos das crianças foram utilizados para pesquisa”.

Em 2011, um funcionário da Organização para a Libertação da Palestina, Hassan Sheshnyh, disse que 400 crianças palestinas mantidos em prisões israelenses, independentemente do tipo de pena que enfrentavam, foram objeto de crimes da humanidade como testes em seus corpos de novas drogas desconhecidas, o que resultou em casos de morte ou invalidez de alguns de seus órgãos.

Além disso, pode consultar os crimes do regime sionista em crianças na Tunísia. "É possível que os assassinos, sejam farmacêuticos" é o nome de um filme documentário com a utilização de crianças tunisinas por médicos israelenses para testar novos medicamentos. Diretor tunisiano Iman bin Hussein, neste filme, revela que o Pastor e o Ministério da Saúde da Tunísia tinham elaborado com uma das maiores companhias farmacêuticas em Israel para testar novos medicamentos para esta empresa, especialmente medicamentos para o tratamento de Manchya, uma doença transmitida pelo um tipo de mosquito ao corpo humano e causar danos irreparáveis ​​na pele. Pelo menos três mil soldados norte-americanos que participaram da ocupação do Iraque, em 2003, foram infectados com a doença, enquanto trabalhava com crianças em Tunísia. O diretor tunisiano sublinha que, conforme a documentação escrita e testemunhos de testes, esta droga desde 2000, antes do início da ação militar contra o Iraque e a derrubada do regime baathista no país até 2014 foi testado em crianças tunisianas. Ele também disse que 50 Dinares tunisianos foram pago às famílias para aceitar a teste de droga em seus filhos. A maioria destes testes foram realizados em crianças na região de Sidi Bouzid, no sul da Tunísia. O filme mostra o rosto das crianças com manchas pretas após a primeira dose, nesta fase, a pessoa a fazer um exame de sangue se usa gessos nas manchas e feridas criadas.

Em junho passado, o gabinete israelense planejou a adotar cem crianças sírias refugiadas e dar-lhes a cidadania. Após a transferência de crianças para os territórios ocupados eles iriam ficar com famílias com raízes árabes e judias. Então, de acordo com o programa, enviar as crianças nos primeiros três meses para a escola noturna e, em seguida, continua seus estudos em instituições e centros de formação ligada ao Ministério israelense de Educação. No entanto, antes que o regime israelense sob o pretexto de fornecer tratamento para os feridos dos opositores sírios em seus hospitais recebeu centenas de pacientes feridos, cujo destino é um mistério até agora.

Aparentemente, o gabinete israelense está tentando repetir o cenário de décadas de quarenta e cinquenta do século passado, desta vez em crianças sírias menos de 18 anos.

A este respeito, o jornal sionista Yediot Aharonot publicou um relatório no último setembro do ano passado, segundo o qual as autoridades israelenses, sob os auspícios do judeu-americano de Direitos Humanos Associação Amliyah, tentaram transferir crianças sírias afetadas pelo conflito na Síria nos hospitais israelenses em Safed e Nahariya para dar-lhes tratamento. Yediot Aharonot argumentou que as crianças após o tratamento para a recuperação são levadas a viver em assentamentos e lembre-se que só em agosto do ano passado a Organização Amliyah transferiu 21 crianças na província de Quenitra, localizada no sul da Síria, dos territórios ocupados e os oficiais do exército israelense as hospitalizaram no centro Ziff da cidade de Safed para o tratamento.

Segundo o diário israelense, esta organização, com sede em Nova York, tem repetido novamente este tipo de atividade e em coordenação com o Exército israelense entrou crianças sírias em um hospital na cidade de Nahariya. Além disso, após o bombardeio químico desastrosa da cidade de Khan Shaykhun na província de Idlib, o regime de Tel Aviv pediu a transferência de crianças sírias feridas no ataque a hospitais israelenses. Este pedido levantou questões sobre o objetivo dos sionistas que era estudar os efeitos e resultados de bombas químicas usadas em Khan Shaykhun em pessoas afetadas, especialmente as crianças.

O jornal Al-Shorouk Tunis publicou um relatório que revela que o grupo terrorista Daesh vende crianças sírias e iraquianas ao regime israelense por meio do comércio e tráfico de pessoas da máfia. Este jornal afirma que as crianças são vendidas através da Turquia para as redes mafiosas, que então transfere os menores para os territórios ocupados. Ela enfatiza que cada uma dessas crianças, todos os bebês tinham sido vendidos por dez mil dólares.

 

Violação dos direitos humanos no Ocidente de ilusão à realidade 21 (2017)

Atualmente, a grande parte dos migrantes do mundo está formada por pessoas que procuram uma vida melhor.

A combinação de pobreza, exploração, guerra, violência, desastres ambientais e perda de perspectiva de vida, são fatores que impuseram a imigração. No entanto, o artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece o direito de migrar, mas não cria um requisito para os países a aceitá-lo.

Secretário Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, em uma mensagem na véspera do Dia Mundial do Refugiado em 20 de junho, disse: "Eu conheci muitas pessoas que perderam tanto, mas nunca perderam sonhos para seus filhos, nem o desejo de tornar o nosso mundo um lugar melhor. Eles vão pedir-nos pouco em troca, a nossa solidariedade e apoio somente no momento em que mais necessitam”, acrescentou.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados relatou que entre 200 e 300 milhões de pessoas vivem longe de casa, desta estimativa, 17 milhões são refugiados de guerra ou política. Além deste número que pode ser adicionado a 33 milhões de pessoas que são refugiados em seu próprio território.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) relatou que desde o início do terceiro milênio, até agora, o número de refugiados ambientais, formada por pessoas devido à seca e inundações que emigraram por ter perdido os meios de sobrevivência, dobrou de 25 a 50 milhões. Estima-se que este número atinge em 200 milhões até 2050. Cabe ressaltar que este grupo enfrenta um grande problema a não ter clara sua situação do ponto de vista dos direitos internacionais, desde que a Convenção de Genebra de 1951 considera apenas casos de deslocamento forçado causada pela guerra e perseguição política.

Em um relatório recente, a ONU anunciou que o conflito, violência ou perseguição em lugares como a Síria ou Sudão do Sul deixou um registro de 65,6 milhões de deslocados em todo o mundo no final de 2016. Há mais de 300 mil que tiveram que fugir de suas casas em 2015, e mais de seis milhões em 2014, de acordo com o relatório da agência da ONU para refugiados (ACNUR).

Filippo Grandi, chefe do ACNUR, em uma recente conferência de imprensa, disse: "É o número mais elevado desde que temos os registros. É um numero inaceitável e fala por si, mais do que nunca, a necessidade de solidariedade e um objetivo comum para prevenir e resolver crises". O funcionário da ONU se referia aos números divulgados na véspera do Dia Mundial do Refugiado comemorado em 20 de junho. De acordo com estas estatísticas, no ano passado, 10,3 milhões de pessoas se vieram forçadas, pela primeira vez, a deixar suas casas, das quais 6,9 milhões estavam dentro das fronteiras do seu país. Considerando estes números, Grandi concluiu que o ano passado havia "uma pessoa deslocada em cada 3 segundos.”.

De acordo com o relatório das Nações Unidas no final de 2016, mais de 40,3 milhões de pessoas no mundo tiveram que deixar suas casas e buscar refúgio no interior do seu próprio país, cerca de 500 mil a menos que em 2015. A Síria, Iraque e Colômbia registraram a maioria dos deslocados internos. Outros 22,5 milhões de pessoas -metade de menores de idade- foram registrados como refugiados no ano passado, o relatório salientando que este é um numero recorde. Além disso, o conflito de seis anos na Síria forçou mais de 5,5 milhões de pessoas a buscar refúgio em outros países, somente no ano passado foram 825 mil. A guerra naquele país é o maior produtor de refugiados no mundo. Juntamente com os 6,3 milhões de deslocados no interior do país, esses números mostram que quase dois terços dos sírios foram forçados a deixar suas casas, disse o relatório. O conflito na Síria, que deixou mais de 320 mil mortos, "se está tornando uma crise esquecida", adverte o relatório.

O chefe do ACNUR também alertou para a rápida deterioração da situação no Sudão do Sul. É a crise dos refugiados e deslocados que agrava mais rápido do mundo, de acordo com Grandi. A guerra civil no Sudão do Sul, que começou em dezembro de 2013, deixou dezenas de milhares de mortos e forçou um total de 3,7 milhões de pessoas de suas casas, quase um terço da população.

Quase 70 anos depois de os palestinos foram expulsos pelo regime israelense, cerca de 5,3 milhão de palestinos ainda vivem em campos de refugiados. O Bureau Central de Estatística Palestina (PCBS), por ocasião do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) anunciou em comunicado que 66 por cento dos palestinos que vivem na Palestina em 1948 foram expulsos pelo regime israelense da sua própria terra e, atualmente, 5, 9 milhões de palestinos vivem como refugiados no mundo. "A difícil condição humana e a tragédia que se abateu sobre o povo palestino" resultaram em cerca de 960 mil refugiados palestinos, 66% da população total de palestinos que vivem na Palestina histórica, na véspera da guerra, em 1948, disse uma declaração de PCBS.

Atualmente, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), a agência da ONU responsável pela prestação de serviços a milhões de refugiados palestinos, estima que o número de registrados em 2016 de refugiados palestinos totalizou cerca de 5,9 milhões, disse PCB, notando que este numero era representativa de um número mínimo.

Entre os refugiados, destinada às crianças como um dos mais vulneráveis ​​da sociedade que enfrentam problemas sérios. De cada 200 crianças no mundo, um é imigrante. Imigrantes e refugiados menores estão expostas às piores formas de abuso e lesão, respectivamente. Eles podem facilmente tornar-se vítimas de traficantes e criminosos. Os problemas das crianças imigrantes não começam ou terminam com a imigração. Em muitos casos, os filhos de imigrantes no país de acolhimento (o país onde imigrou) enfrentam a privação e pobreza. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) enfatiza: "Com a chegada das crianças aos países de destino, não se acabam ameaças e riscos." Nos últimos anos, muitas crianças perderam suas vidas neste caminho perigoso. A criança síria de três anos, Aylan, é uma dessas crianças, que para chegar a um destino tranquilo e seguro, começou uma jornada perigosa, mas perdeu a vida afogado no mar.

Tem aumentado o número de crianças que migram sozinhos. Em 2015, 100 mil casos de crianças que se refugiaram por ter perdido seus pais ou foram separadas deles foram documentados. Desde 2014 este número triplicou. UNICEF ​​disse que, apesar de medidas extraordinárias e os grandes esforços e da generosidade de indivíduos e organizações, as crianças e suas famílias têm problemas para consolidar sua posição. Eles estão desesperados, diante de pobreza e privação, assim como nessa idade precisam de serviços mais básicos e proteção.

A degradação ambiental, segurança alimentar e pobreza estão entre as causas de migração e problemas de desenvolvimento. As estatísticas mostram que apenas em 15 anos, o número de migrantes no mundo atingiu 173 milhões em 2000 e aumentou para 244 milhões até 2015. Espera-se que 50 milhões de pessoas em todo o mundo durante a próxima década sejam deslocadas à força como resultado dos efeitos devastadores da desertificação. Estima-se também que, nos próximos 50 a 100 anos, milhões de pessoas ao redor do mundo, devido aos efeitos das alterações climáticas, como o aquecimento global, abandonem suas terras e migrar para outros países; assim, em vez de fechar as fronteiras, devemos buscar soluções inovadoras. Muitos refugiados a deixar suas casas enfrentam vários problemas, tais como calor e frios extremos, a fome, a doença, a discriminação e a violência e até mesmo experimentar a perda de membros da família, mas a esperança de chegar ao país anfitrião e que se acabam todos estes medos e ameaças.

Segundo um relatório da agência da ONU para refugiados (ACNUR), os que fornecem maiores acolhidas a refugiados são a Turquia (2,9 milhões), Paquistão (1,4 milhões), Líbano (1 milhão), Irã (979000), Uganda (940,000) e Etiópia (791,000).

Proteção dos refugiados e pessoas deslocadas e resolver este problema global que requer uma resposta global e responsabilidade compartilhada da comunidade internacional. Responsabilidade compartilhada baseada na cooperação internacional e assistência no sentido de, em apoio aos direitos humanos e a dignidade humana, a paz e a segurança a nível internacional.