Em nome de Deus cumprimentos a todos os estimados ouvintes e a todos interessados no programa Venha conosco ao Irã.

Estamos com vocês com mais um programa desta série. Nos programas anteriores viajamos à província florestal de Gilan no norte do Irã. No programa de hoje,  apresentaremos a cidade do porto de Astara em que encerramos nossa viagem nesta formosa província  de Gilan. Convidamos-lhes que nos acompanhem.

Astara é uma cidade litorânea que encontra-se na costa ocidental do mar Caspio no ponto mais setentrional da província e faz divisa com a fronteira  da República de Azerbaijão . Astara é a capital de uma cidade com o mesmo nome. Astara limita pelo leste com o Caspio, pelo norte à cidade de Astara que pertence ao Azerbaijão , pelo oeste com a província de Ardebil e pelo sul com a cidade de Talesh na província de Gilan.

Um rio chamado Astara-Chay, separa  Astara no Irã de Astara do Azerbaijão. O clima de Astara é morno e úmido e, chove anualmente uma média de 1500 milímetros .

Nesta região além do idioma turco de Azerbaijão também é frequente a língua Taleshi.

Os documentos históricos tratam de que Astara no século passado foi uma pequena aldeia na margem do rio Astara telefonema Dahaneh-kenar, isto significa que Astara se denominava a uma região montanhosa e não uma região urbana.

Como Astara encontra-se na entrada crucial do mar Caspio e também por sua cercania ao centro do noroeste do país com 530 Km de distância de Teerã e 190 Km do centro de Gilan goza de privilégios exclusivos. Por muito tempo este porto costeiro litorâneo do mar Caspio sofreu  um estancamento por problemas políticos e geográficos. Depois da vitória da revolução islâmica do Irã foi construída a estrada de Astara-Ardebil no caminho atraente chamado Heiran, estenderam-se as possibilidades de Astara. Ademais, devido à queda da ex União Soviética, as idas e voltas fronteiriças e os intercâmbios comerciais fizeram com que se acelerasse o desenvolvimento econômico da cidade.

O desenvolvimento da urbanização nos últimos anos e  relativo ao bem-estar econômico do povo também  mudou o estilo da arquitetura da cidade.

Hoje em dia, Astara recebe anualmente, pelos diferentes mercados que estão dentro da cidade e na costa, numerosos turistas quem além de comprar nos mercados também não perdem a oportunidade de visitar diferentes lugares formosos da cidade e desfrutar do bom ânimo, o acolhimento do povo e a natureza verde da região.

A agricultura é a principal atividade da população em Astara, onde o cultivo de arroz e de trigo tem aumentado o desenvolvimento econômico nesta área. Entre outros produtos da cidade podemos destacar o mel dos apicultores de Heiran que produzem todos os anos uma quantidade elevada de mel. O mar Caspio é um recurso rico para pescar, ademais as almejas e ostras na praia também são os produtos básicos e econômicos para as fábricas produtoras de alimentos de peixes. O turismo também é outro recurso lucrativo em Astara.

A natureza atraente da cidade recebe anualmente e sobretudo na primavera e no verão um grande número de turistas. Nesta parte do programa falaremos sobre as atrações turísticas .

A cascata de Laton com uma altura de quase 105 m. é uma das atrações da região, a qual se encontra a 15 Km ao sul de Astara e a 6 Km da aldeia denominada Kuteh-Kumeh. Ao longo do caminho existem muitas fontes de águas potáveis frescas, no entanto, ao final do percurso encontram-se os perigosos vales.

À margem da cascata há um dos mais belos bosques no meio da virgem província de Gilan que está cheio de árvores e de plantações de frutos, peras, nozes,  e maçãs silvestre, onde durante 9 meses do ano mantém sua verdadeira  beleza.

O volume de água da cascata Laton varia em diferentes estações do ano.

Em qualquer rincão da bela província de Gilan junto com as obras históricas pode ser muito bem observado as maravilhosas paisagens da natureza. Acabamos o programa de hoje com a apresentação do castelo Qaleh-rud-khan.

Segundo os experientes, a construção do castelo remonta-se à época dos Sasanidas (do século III ao VII  cristão) e, foi reconstruído no século V e VI da hégira lunar (que coindice com o século XI e XII  cristão) na época da soberania de Saljuquian. O castelo Qaleh-rud-khan também é conhecido como o castelo Kohan (o Velho castelo, chamado Hessami e o castelo Hezar-peleh, que encontra-se a uma distância de 20 Km ao sudeste da cidade de Fuman, situado no pico de uma montanha e rodeado de um bosque.

Este castelo é um dos mais importantes castelos militares de Gilan e inclusive no Irã. Sua extensão é de  mais de 50 mil metros quadrados e, está a uma altura de 600 metros em uma das mais altas montanhas. As muralhas do castelo medem 1500 metros. Pela primeira vez, em 1830, o pesquisador russo de origem polonesa, Alexander Chodzko, começou os estudos arqueológicos sobre o castelo. Uma parte de suas aponte a respeito diz o seguinte:

"Qaleh-rud-khan é um castelo que encontra-se em cima de uma montanha, que por baixo corre um rio com o mesmo nome. O teto do castelo é de pedra e tijolo. Nas laterais da entrada existem duas firmes torres defensivas. Em cima da entrada encontra-se uma inscrição, onde indica que o castelo foi reconstruído  nos anos 918 a 921 da hégira lunar. Atualmente, a inscrição mencionada está protegido no museu da cidade de Rasht."

Quarenta torres estão distribuídas ao redor do castelo. Segundo os documentos históricos, nunca os inimigos puderam penetrar nele nem o conquistar.

O castelo é formado por duas partes, uma  chamada Arg, onde vivia o rei e a família real e, a outra denominada Qur-Khane onde os soldados se exercitavam e viviam. Até o momento o castelo Qaleh-rud-khan está  salvo das catástrofes naturais. E muitos dos turistas que viajam a Gilan no norte do Irã visitam também esse belo castelo.