Out. 02, 2017 11:29 UTC
  • Pontos de vista do Líder da Revolução Islâmica do Irã (Encontro com os membros da Assembleia de Peritos)

Em uma reunião com o presidente e membros da Assembleia de Peritos na quinta-feira, 21 de setembro, o Líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei, apontou à posição singular e excepcional da Assembleia de Peritos no Sistema Islâmico e exigiu aos seus membros que cumprem a sua importante responsabilidade.

"Através da formação de um comitê acadêmico que desfruta de uma perspectiva grandiosa, estratégica e profunda, esta Assembleia deve estudar o processo do movimento da Revolução Islâmica nos últimos 38 anos em direção a seus principais objetivos [...] estagnação e talvez retrocesso e demanda [respostas] de diferentes dispositivos de acordo com suas conclusões".

A Assembleia de Peritos é composta por "juristas" qualificados que, segundo estipula o Artigo 107 da Constituição da República Islâmica do Irã, são responsáveis ​​pela designação do Líder da República Islâmica do Irã. Seus membros são eleitos por eleições e pelo voto direto e secreto do povo por um período de oito anos. Atualmente, 88 legisladores são membros desta Assembleia. Considerando a situação sensível do Irã islâmico após o falecimento do Imam Khomeini (que Deus o abençoe), em menos de vinte e quatro horas, os especialistas, sob a direção do aiatolá Sadeghi, determinaram a liderança do aiatolá Sayed Ali Khamenei, o que mostra a importância e posição especial da Assembleia de Peritos no Sistema da República Islâmica do Irã.

O aiatolá Khamenei qualificou a Assembleia de Peritos de um Fórum singular e excepcional em termos de composição, papel e responsabilidades e acrescentou: "Junto com suas responsabilidades atuais, a Assembleia deve possuir uma visão e avaliação perfeita e estratégica da atualidade e do movimento da comunidade islâmica e da Revolução".

Ao explicar essa responsabilidade e o mecanismo para sua implementação, o Líder da Revolução Islâmica reiterou: "Os três ramos do governo são responsáveis ​​por liderar o país e devem governá-lo de forma revolucionária, enquanto isso, através da criação de um comitê acadêmico, a Assembleia de Peritos deve avaliar o nível do progresso ou retrocesso no caminho a alcançar os objetivos revolucionários e, consequentemente, exigir o desempenho de aparatos pertinentes".

Citando alguns exemplos, o aiatolá Khamenei esclareceu a responsabilidade de apresentar as ações e planos. Ele disse: "Um dos rótulos da nossa revolução foi a não declinação” Nem ao Oriente nem ao Ocidente "e, embora hoje não haja estes divisões de blocos esquerdas (Leste) ou de diretas (Oeste), os Estados Unidos e a Europa são fortes e poderosamente presentes".

O aiatolá Khamenei acrescentou: "Não declinar ao Ocidente" significa que não devemos ser absorvidos, afiliados, obedientes e estar submetidos aos Ocidentais; não devemos avançar no cumprimento de suas demandas e, devemos vigiar o país para não nos misturar com os desvios da cultura ocidental”.

“Citou o “poder econômico” como um dos pilares do poderio do país e detalhou que “um dos principais elementos do poder econômico é” o fortalecimento monetário e o poder de compra do povo”, portanto, continuou o Líder, se a moeda nacional se deprecie diariamente devido a negligência e políticas equivocadas e experimentamos a regressão e a reversão, os especialistas devem exigir explicações da Administração, do Parlamento e de outros órgãos responsáveis ​​com este assunto.

A questão da injustiça, o combate à pobreza e a correta distribuição de riqueza “foi à terceira questão que o Líder da Revolução Islâmica abordou como um dos principais assuntos da Revolução que requer a valorização dos Especialistas”. O aiatolá Khamenei recordou que a distribuição adequada da riqueza em um país que destaca no Islã, é diferente de declarações marxistas incorretas. Enfatizou que atingir a soberania econômica e a Justiça social, significa que o país deve ser governado de tal forma que se reduza o fosso entre os ricos e os pobres.

O aiatolá Khamenei considerou que "manter e salvaguardar o espírito e as motivações revolucionárias" é crucial para a sobrevivência da Revolução Islâmica. "Sem um espírito revolucionário, as lutas, sacrifícios e o sangue que as pessoas ofereciam para o estabelecimento do Islã seria um desperdício e, mesmo que esse governo não seja a República Islâmica, os Especialistas devem, portanto, ter uma estimativa do nível do espírito revolucionário na sociedade e dos fatores que o contrariam e, consequentemente, fazem as demandas pertinentes".

Ele destacou em ajudar e apoiar as forças revolucionárias e fieis como uma das demandas que devem se satisfazer com base na observação do movimento revolucionário do país e acrescentou: "obviamente, o país tem avançado e não retrocedeu neste sentido".

O líder da Revolução Islâmica afirmou que o tema da "religiosidade do povo” é importante e, salientando a alguns indivíduos que repetem a frase "não queremos levar o povo ao Paraíso pela força", e disse: “Esta é interpretação equivocada e falaz, porque ninguém quer levar as pessoas ao Paraíso pela força, mas o caminho para o paraíso deve ser devidamente aberto às pessoas e devemos encorajá-las a seguir esse caminho”. Assim mesmo, explicou que "a filosofia por trás do envio de profetas tem sido orientar as pessoas para o Paraíso e distanciá-las do Inferno, é claro que a afirmação de que não há compulsão no Islã é uma afirmação correta, mas existem restrições religiosas em alguns casos".

Aiatolá Khamenei assinalou alguns dos problemas do país, como a questão econômica e disse: "as pessoas de todos os setores da vida e classes e as autoridades do país devem saber que a solução de problemas, seja econômico ou cultural, apenas é possível por próprias pessoas e depende das capacidades internas e não dos estrangeiros". Acrescentou que esse tema deve se repetir tantas vezes na sociedade para se tornar um discurso comum e definitivo, porque deve ser aproveitada a capacidade de jovens e profissionais capacitados, inteligentes, inovadores e criativos em diversos setores produtivos, científicos e educacionais.

“O líder explicou: “Não estou pedindo a ruptura com os vínculos com o mundo e sempre pedi contatos extensivos com o mundo desde o início da Revolução até agora, mas o que estou dizendo é:” Não troque a sua perna firme e natural por um bastão estrangeira e não depender de estrangeiro“.

Sobre a questão da dependência de estrangeiros, o aiatolá Khamenei abordou o tema das negociações sobre o acordo nuclear do Irã-Grupo 5 + 1 e disse: "A questão que tivemos e temos com as negociações nucleares e repetidamente foi levantado em reuniões com os responsáveis é que não havia nada de errado com as negociações, o cuidado e a preocupação deveriam ter sido exercidos de modo que, as outras partes não teriam visto isso como uma violação do Plano Integral de Ação Conjunta". Ele pediu a "trabalhar com o mundo e aceitar as obrigações associadas a ele, mas não devemos copiar aos estrangeiros".

O aiatolá Khamenei reiterou que o sistema islâmico venceu a frente do inimigo e os empurrou atrás, e o mesmo sucederá no futuro, mas devemos saber que não existe um inimigo diante de nós, mas estamos diante de uma "frente".

Descreveu o crescente progresso do sistema islâmico nos assuntos regionais e globais como uma das principais razões por trás da fúria e a maldade do inimigo em relação à nação iraniana e, observando as declarações do presidente dos EUA na 72ª Assembleia Geral da ONU, disse que o motivo das observações tolas, muito odiosas e baratas do presidente dos EUA com sua linguagem de gângster e cowboys, que foi mera mentira e íngremes, brotam de raiva e amargura, frustração e idiotice.

"As declarações do Presidente dos Estados Unidos não eram uma fonte de orgulho para a nação americana, mas eles deveriam ter vergonha de tais declarações e ter um presidente desse tipo". As elites americanas devem declarar esse sentimento de vergonha.

Sobre a indignação de autoridades dos EUA, o aiatolá Khamenei sublinhou que "Washington esboçou uma nova realidade geográfica no Médio Oriente em uma estratégia chamada" Novo Oriente Médio "ou" Grande Oriente Médio "e os três principais eixos desse desenho foram o Iraque, a Síria e o Líbano, mas enfrentaram a derrota nos três países".

"Com base nessa conspiração, o Iraque, com sua história e civilização antiga, a Síria como pivô da resistência, e o Líbano, com seu status especial, deveriam cair sob o domínio e a influência do regime americano e sionista", portanto, a presença e a eficácia da República Islâmica do Irã têm impedido a realização das intenções e objetivos de regime sionista e dos EUA na região e essa é a razão da sua indignação", acrescentou o líder.

O líder da Revolução Islâmica reiterou: "Não deve haver um erro na análise de algumas pessoas, porque as posições tomadas pelos Estados Unidos não são o resultado de seu poder e força contra o Irã; porem, essas posições emanam da fragilidade, fracasso e fúria de Washington", insistiu.

Aiatolá Khamenei observou a presença bem sucedida e orgulhosa da República Islâmica em temas regionais e globais, enfatizando que "essa honra deve ser salvaguardada com sabedoria, prudência e pensamento correto e não cometer erros nas interações, tomar decisões e adotar posições".

Ele ressaltou que essa honra foi alcançada a custo de lutas do povo e dos jovens e do sangue derramado dos mártires. Precisou: "O amado mártir Mohsen Hojaji foi um exemplo e temos muitos desses exemplos entre os jovens e, Deus Todo-Poderoso, destacou este exemplo perante os olhos do povo por alguns motivos, para que todos se submetessem à nobre verdade e as motivações revolucionárias que estão crescendo entre os jovens pela graça de Deus”.

O Líder da Revolução Islâmica, apontando que as inúmeras demandas dos jovens através de cartas e mensagens para que participem na defesa de santuários sagrados [na Síria e no Iraque] e na luta contra o inimigo, reiterou que "estes são as mesmas motivações revolucionárias entre os jovens e a existência de tais motivações está ocorrendo em circunstâncias em que fatores dissuasórios e atrações como o ciberespaço estão presentes, e isto significa o favor e o milagre de Deus".

No final de seu discurso, o Líder da Revolução Islâmica também descreveu o mês lunar de Muharram como o mês de Imam Hussein e todos os valores divinos manifestados através do Jihad, o martírio, a sinceridade, lealdade, perdão, esforço para proteger a religião de Deus e enfrentar todos os poderes hostis à religião. Ele reiterou: “Este evento tornou-se mais vivo com o tempo e a comemoração desta grande façanha se torna mais vigorosa e generalizada a cada ano e esse tema tem uma mensagem e significado especial e pela graça de Deus esse movimento avançará com a liderança do Imam Hussein (a paz esteja com ele).

 

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