Violação dos Direitos Humanos no Ocidente, da Ilusão à Realidade
No programa de hoje, falaremos da flagrante violação dos diretos humanos da coalizão liderada pelos sauditas no Iêmen.
Juntamente com as notícias do sofrimento humano, segue a dolorosa situação dos muçulmanos no mundo. Embora na mídia ocidental, a imagem transmitida do Islã e dos muçulmanos for sinônima de violência e terrorismo, mas é preciso dizer que os muçulmanos em todo o mundo enfrentaram grandes sofrimentos e são vítimas da violência e do terrorismo.
Os muçulmanos nos países ocidentais são vítimas de agressão de grupos extremistas, racistas e anti-islâmicos. E na Ásia também são vítimas dos interesses políticos dos governos ditatoriais.
Em o outro extremo, os muçulmanos oprimidos dos Rohingya enfrentam o genocídio étnico e desastrosas tragédias humanas, e os muçulmanos no Iêmen morrem sob os ataques aéreos sauditas. Por outro lado, os sírios são mortos por extremistas wahhabitas que são marionetes do Islã radical na Arábia Saudita, e os palestinos oprimidos há muito tempo têm sido vítimas da brutalidade sionista.
Mas, nesses dias, o povo iemenita como o de outros muçulmanos está enfrentando uma situação grave. A agressiva coligação saudita e seus mercenários lançam diariamente ataques terrestres, marítimos e aéreos contra as áreas residenciais e a infra-estrutura do Iêmen. O regime da Arábia Saudita e sua coligação há três anos realizaram uma guerra global contra o Iêmen, que até agora deixou mais de 8 mil pessoas mortas e milhares de feridos, destruindo a infra-estrutura do país, deslocando milhões e a propagando doenças contagiosas e fome no país.
É interessante notar que, apesar dos relatórios e documentos das instituições de direitos humanos, esta situação inconclusiva continua a ser apoiada pelos governos ocidentais.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, alertou recentemente sobre a gravidade da situação humanitária no Iêmen e afirmou: "segundo as informações, as violações de direitos humanos e humanitários no Iêmen causaram baixas civis extremas. As consequências são catastróficas, não por natureza, mas por homem”. Segundo ele, "de março de 2015 a 30 de agosto de 2017, pelo menos 5144 civis foram mortos e mais de 8749 ficaram feridos, entre eles 1184 crianças mortas e outras 1592 lesionadas. Além disso, 3233 civis foram assassinados por coligação da Arábia Saudita”.
No ano passado, além de mercados, hospitais, escolas, áreas residenciais e outras infraestruturas públicas e privadas, foram também alvos de ataques aéreos, cerimônias funerárias e pequenas embarcações civis. Os relatórios indicam que houve tantos incidentes que atualmente existem cerca de 8 milhões 180 mil pessoas que precisam de ajuda humanitária e 3 milhões 700 mil pessoas estão à beira da fome.
A organização de direitos humanos “Human Rights Watch” também disse que a coalizão da Arábia Saudita realizou cinco ataques violentos contra o Iêmen em junho passado e mataram 39 iemenitas, incluindo 26 crianças. A Diretora Executiva da Divisão do Médio Oriente de ONG Human Rights Watch, Sara Leah Whiston disse: a Arábia Saudita realizou um bombardeio no Iêmen que deixou pelo menos 14 mortos, incluindo crianças, como parte de seus ataques em curso contra o país árabe. Após esses ataques, os civis sofreram graves danos, o que constitui uma violação das regras de guerra, que são considerados um crime de guerra. Mediante um comunicado, a Arábia Saudita informou que durante o bombardeio na capital do Iêmen, Sanaá, ocorreu um "erro técnico", que eles perceberam depois de realizar uma investigação. Após esses ataques sangrentos e desamparo de crianças, as Nações Unidas precisam incluir a coalizão liderada pelos sauditas na lista negra de violadores dos direitos da criança em conflitos armados.
O semanal Der Spiegel também citou a pior de todas as crises no Iêmen e escreveu que 7 milhões de pessoas estão em risco de fome. 3 milhões de pessoas foram deslocadas e 600 mil foram infectadas com o vírus da cólera. No Iêmen, uma tragédia se formou cuja principal responsabilidade é da Arábia Saudita e o mundo está observando.
Segundo os dados das Nações Unidas, a maior catástrofe humanitária do mundo está ocorrendo atualmente no Iêmen. Esta catástrofe não foi infligida por um fenômeno natural neste país, mas feita pelo homem. Claro, o mundo nega essa tragédia. As estatísticas que se ouve são terríveis.
80% da população dos 27 milhões de iemenitas dependem de ajuda humanitária para se alimentar e o país está à beira da fome. Organizações locais e internacionais de ajuda humanitária relataram restrições ilegais à entrega de ajuda.
Além disso, pelo menos sete milhões de pessoas estão em risco de fome. Mais de 3 milhões estão fugindo deste país. 14,5 milhões, ou seja, mais de metade dos cidadãos não têm acesso à água potável. O resultado é a pior epidemia no país. Cerca de 600 mil pessoas foram infectadas com o vírus da cólera desde abril e cerca de 2.000 iemenitas morreram da doença.
Tudo isso é algo que poderia ser evitado, e as Nações Unidas não duvidam que a crise humanitária seja um resultado direto da guerra nesse país. Desde o início da guerra no Iêmen, segundo estatísticas do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, mais de 5000 civis morreram, incluindo 1.200 crianças. As Nações Unidas acreditam que a coalizão liderada pela Arábia Saudita é responsável pela maior parte dessas mortes.
O Escritório dos Direitos Humanos da ONU também pediu um inquérito independente sobre os ataques aéreos da coalizão saudita contra um hotel perto de Sanaá, onde mais de 30 pessoas foram mortas, evidentemente, o Reino Unido e os Estados Unidos estão opostos à formação de tal comissão de inquérito. Os dois países, juntamente com a Alemanha, estão entre os maiores exportadores de armas à Arábia Saudita. Os fabricantes de armas britânicos, desde a vitória do Partido Conservador britânico nas eleições de 2015 (nos últimos 22 meses), exportaram cerca de cinco bilhões de libras de armas para regimes repressivos. O aumento das exportações deste armamento é em grande parte devido às ordens da Arábia Saudita. Londres desde o início da guerra no Iêmen tem aprovado a exportação de armas no valor de mais de US $ 3 bilhões para a Arábia Saudita. Washington também exportou mais de US $ 1 bilhão de armas para esse país. A Human Rights Watch anunciou que as munições fabricadas por Estados Unidos e do Reino Unido têm sido usadas para atacar civis no Iêmen.
A coalizão liderada pelos sauditas respaldada pelos EUA tem conduzido operações militares no Iêmen, apesar de numerosos documentos e relatórios de instituições de direitos humanos, mas se opõem a investigações independentes sobre abusos de direitos humanos no Iêmen.
O diretor de direitos humanos das Nações Unidas, Zaid Raad al-Hussein, há muito que pede uma investigação internacional independente sobre violações dos direitos humanos no Iêmen. Mas, apesar dos crimes e assassinatos de pessoas inocentes no Iêmen, a Arábia Saudita continua a se opor ao início de investigações internacionais independentes no Iêmen sobre violações de direitos humanos no país. Claro, hoje, a opinião pública conhece melhor o jogo político. O representante saudita no Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra, respondendo às petições do Alto Comissário para os Direitos Humanos de investigar no Iêmen, disse que não foi um bom momento para realizar uma investigação internacional independente sobre abusos direitos no Iêmen. Al-Vesal afirmou que "estamos trabalhando juntos para alcançar um resultado conjunto aceitável". Não temos objeções à nossa própria pesquisa, nossa discussão é apenas sobre o momento, é um bom momento para formar uma comissão, apesar dos problemas no mundo?
O fato é que os países e os aliados ocidentais do regime saudita estão tentando ignorar o sofrimento dos iemenitas porque é uma guerra de isolamento. É claro que cerca de 3 milhões de iemenitas estão fugindo, mas raramente podem sair do país e chegar à Europa.
Zeid Raad al-Hussein disse: "As partes no conflito não reconheceram a comissão nacional criada para investigar violações dos direitos humanos no Iêmen, portanto, a comissão não pode fornecer um relatório completo e imparcial sobre a situação de os direitos humanos no Iêmen. Solicitei repetidamente à comunidade internacional que inicie uma investigação independente sobre as graves violações dos direitos humanos no Iêmen. O silêncio da comunidade internacional contra as vítimas do Iémen é vergonhoso e, em muitos aspectos, ajuda a continuar a processo".