Out. 24, 2017 18:19 UTC
  • Se a outra parte arruinar o JCPOA, nos vamos cortá-lo em pedaços.  (pontos de vista do líder num encontro com jovens leites e talentosos iranianos)

Num encontro com centenas de jovens elites e talentos na área científica, o Líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei descreveu jovens elites do país como fonte de esperança para o brilhante futuro do Irã e apontou a necessidade de vigilância face ao engano e planos traiçoeiros do Grande Satanás (os EUA).

Ele apresentou diretrizes construtivas sobre o progresso científico do país e a eliminação da dependência econômica, cultural e científica, bem como pontos importantes sobre questões recentes relacionadas ao acordo nuclear alcançado em 2015 com o Grupo 5 + 1 e conhecido como o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA).

Aiatolá Khamenei exortou as autoridades a acreditar em talentos dos jovens e suas habilidades para mudar o destino do país. O líder chamou o progresso científico como base para fortalecer e capacitar o país. Ao mencionar a palavra do Imam Ali (SA): "O conhecimento é poder". Ele explicou que qualquer um que tenha este poder na mão nunca será dominado. Isso significa que uma mão poderosa vencerá e subordinará os outros. Os Americanos e Europeus conseguiram conquistar o mundo pelo seu conhecimento. Lamentavelmente, nós ignoramos o valor do conhecimento e, portanto, ficamos para trás, apesar da nossa brilhante história e excelente talento. Outros nos avançaram e devemos compensar isso, assinalou o líder.

Ao criticar a ideia daqueles que veem o progresso sob uma abordagem ocidental, o aiatolá Khamenei disse: "Durante 50 anos o país viveu à sombra do Ocidente: durante esse tempo, vivia na sombra de países como os EUA. EU e outros ocidentais. O que o país ganhou além do desastre, atraso e destruição dos principais recursos do país? Aqueles que dizem que o país pode progredir subordinado ao Ocidente são traidores da pátria se são conscientes da sua afirmação ou podem ser ignorantes". O líder da Revolução Islâmica chamou a eliminação da dependência como o caminho principal para o progresso e observou que evitar a ocidentalização do país é um dos principais elementos para se livrar da dependência. A este respeito, ele reiterou: "não deve existir obstruções no caminho do progresso científico do país". Citando as capacidades excepcionais do país, o aiatolá Khamenei considerou apropriadas as bases científicas e tecnológicas do país e congratulou-se com as medidas tomadas pela Fundação Nacional de Elites e pelo Departamento de Ciência da Presidência, no entanto, ele acrescentou: "Claro, não devemos contentar com esse nível e grau de progresso, porque temos um longo caminho a percorrer para atingir o ponto satisfatório".

Dirigindo-se às pessoas, funcionários e ativistas políticos e de mídia, o Líder ressaltou sete pontos importantes sobre as recentes questões relativas ao acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA).    

O aiatolá Khamenei descreveu a dependência política como muito perigoso e motivo para derrubar as nações e apontou à remoção completa da dependência do Irã em relação aos EUA.  "Tendo monitorado os desenvolvimentos e as ações da República Islâmica do Irã, os inimigos estão fortemente preocupados e furiosos com a transformação do Irã de um país atrasado, dependente e submisso para um país efetivo e influente que desfruta de uma crescente proeza política, assertividade defensiva e científica".    

O Líder lembrou a animosidade do regime dos EUA em relação à nação iraniana desde os primeiros dias da Revolução e acrescentou: "Naqueles dias, não havia nem a questão da energia nuclear, nem dos mísseis e estas questões regionais; no entanto, os americanos aprenderam que, com a vitória da Revolução, perderam o Irã como um país subordinado, obediente e muito benéfico”.  .

Aiatolá Khamenei descreveu a transformação do Irã como um modelo a seguir na mente das nações como uma razão para a maior fúria e desesperança dos poderes hegemônicos e acrescentou: "Nos últimos 40 anos, a nação iraniana provou ao mundo que é possível não temer as superpotências, resistir a eles e, apesar das sanções e da pressão, alcançar um crescimento e um progresso cada vez maiores”.   Ele disse que o progresso do Irã nos domínios militares e de mísseis, em meio a sanções em grande escala, atraiu o espanto e até mesmo a admiração de alguns inimigos rancorosos e acrescentou: "Um artigo de um general sionista há alguns anos a este respeito testemunha essa realidade”.   

“O líder disse que não queria perder o tempo de um apreciado e útil encontro com jovens elites, respondendo ao presidente dos EUA”. Ele acrescentou: não obstante, todos deveram prestar atenção a uma questão importante, a saber, a necessidade de conhecendo o inimigo porque qualquer nação que não identifique seu inimigo e a considere como amigo ou imparcial certamente será submetida a ameaças e exposta ao perigo”. O líder supremo mencionou: "Em Nahj al-Balagha, o Imam Ali diz que" Não vai adormecer e seja consciente do que está acontecendo ao meu redor" e a nação e as autoridades iranianas também não devem ser afetadas pelo sono e negligência, porque em tal caso eles vão lançar um os seus objetivos sobre nós e seremos saqueados".   

Apontando para as respostas adequadas e corretas das autoridades do país as observações de Trump, o Líder da Revolução Islâmica disse que o presidente e os governantes dos EUA sofrem de "atraso" porque não entendem os desenvolvimentos no Irã e na região.  "Eles querem levar o Irã jovem, fiel e desenvolvido até 50 anos atrás e, claro, isso não é possível, mas devido a esta sua visão atrasada, são incapazes de entender essa realidade e, por esse motivo, fizeram um erro de cálculo e sofreram sucessivas derrotas por nação iraniana”.   

O Líder da Revolução descreveu o regime dos EUA como "O Grande Satanás" e "O Mal Maior”, conforme as palavras verdadeiramente corretas do fundador da República Islâmica, Imam Khomeini, reiterando: "O regime dos EUA é agente do sionismo internacional perigoso e malicioso, o inimigo das nações dependentes e a causa da maioria das guerras na região e no mundo e como uma sanguessuga, procura sugar o que as nações têm”.  .

Ele apontou as observações de Trump na campanha eleitoral que Daesh havia sido criada pelos EUA, acrescentando: "É natural que os líderes dos EUA gritassem e falassem contra o Corpo da Guarda da Revolução Islâmica que causou um golpe aos perigosos objetivos dos EUA e Daesh na região”. 

O aiatolá Khamenei descreveu o fracasso das conspirações dos EUA na região, como na Síria, no Líbano e no Iraque, como outro motivo para a fúria e a ira dos funcionários dos EUA e acrescentou: "A República Islâmica frustrou os malditos complôs dos EUA". 

Depois de elucidar as razões para a ira e o desapontamento dos americanos, o Líder da Revolução Islâmica declarou sete recomendações importantes às pessoas, autoridades e ativistas políticos e de mídia sobre os recentes problemas.    

Para o primeiro ponto, o aiatolá Khamenei afirmou: "Todos devem saber que desta vez, também, os EUA definitivamente receberão uma bofetada no rosto e derrotados pela nação revolucionária iraniana".  A segunda recomendação do Líder da Revolução foi evitar a negligência diante do engano e da duplicidade dos EUA.

Ele reiterou: "O presidente dos EUA que mostra estupidez não deve nos levar a negligenciar as conspirações e a traiçoeira duplicidade do inimigo e considerá-lo trivial; na verdade, todos deveram estar presentes na cena com prudência, vigilância e prontidão completa”. 

O aiatolá Khamenei acrescentou: "É claro que um confronto militar não ocorrerá, mas há questões que não são menos importantes do que a guerra; portanto, temos que antecipá-los e ter cuidado.”.

Como parte da terceira recomendação, o Líder da Revolução apontou a hostilidade dos EUA contra os elementos do poder do Irã e reiterou: "Ao contrário [da vontade] do inimigo, todos devemos aprimorar esses elementos". 

Ele descreveu as ciências e o poder da defesa como os principais elementos de poder da nação iraniana e acrescentou: "A proeza dos mísseis deve aumentar diariamente o desgosto do inimigo". 

O aiatolá Khamenei descreveu a economia como um dos outros elementos do poder do Irã e reiterou: "É preciso prestar atenção séria à redução da dependência e ao aumento do poder endógeno da economia".  

Na mesma nota, o Líder da Revolução lembrou: "Nós repetidamente afirmamos que não temos nenhum problema com o investimento estrangeiro, incluindo o ocidental, mas a economia do país não deve depender de um pilar que se agite com a força de alguém como Trump.”.

“Ele acrescentou: “A economia do Irã deve concentrar no” pilar da capacidade e potencialidade doméstica e as políticas declaradas de economia de resistência devem ser seguidos e implementados”.

"Ignorar a impressão criada pelo inimigo" foi à quarta recomendação chave do Líder da Revolução em relação aos desenvolvimentos recentes.  

O aiatolá Khamenei disse: "Na JCPOA, o inimigo criou a impressão de que, se chegar a um acordo, todas as hostilidades seriam removidas; chegamos a um acordo, mas as inimizades cresceram e mantidas".

A quinta recomendação do Líder da Revolução Islâmica, foi aumentar o poder defensivo, aproveitando da experiência da Guerra da Defesa Sagrada dos anos 80. 

Ele reiterou: "Nesses anos, Teerã estava indefeso sob o bombardeio de Saddam [Hussein] e seus apoiantes ocidentais, [e] a juventude do país começou do zero e gradualmente alcançou tal capacidade que [causou] o inimigo parar quando testemunhou nossa capacidade de responder em espécie”. 

O aiatolá Khamenei reiterou: "Nós também devemos aumentar nossa força defensiva agora para que os inimigos não cresçam presunçosamente e descarados e não sejam encorajados a lançar um ataque e cometer outros erros contra nos".  

Em sua próxima recomendação, o Líder da Revolução apontou à questão da abordagem dos europeus sobre a questão recente. 

Ele disse: "Compreendendo que o JCPOA é do interesse de si e dos americanos, os europeus expressaram oposição às observações do presidente dos EUA sobre rasgar o JCPOA e a adoção dessa posição é boa, mas não o suficiente".  

O Líder da Revolução disse: "Se outro lado arruinar o JCPOA, nós vamos destruí-lo em pedaços".

O Líder da Revolução Islâmica reiterou: "Os europeus devem se opor às medidas dos EUA, como a violação do JCPOA, incluindo as sanções que preveem emergir do Congresso e evitar a unanimidade com os americanos em questões como o poder defensivo do Irã e a presença do Irã na região porque não aceitaremos o uníssono dos europeus com a rebeldia dos EUA”. 

Na mesma nota, o Líder da Revolução acrescentou: "Aqueles que têm mísseis e armas atômicas estão proibindo o Irã de possuir mísseis com dois ou três mil quilômetros [de faixas]. Qual é a sua preocupação com este ou outros assuntos relacionados com o Irã?”.  

“A recomendação final do Líder da Revolução foi “levar a sério a economia da resistência e seus princípios”, incluindo a produção doméstica, a proibição de importações desnecessárias, a prevenção do contrabando de bens e a criação de empregos”.

Ele reiterou: "Mais da metade do ano está passando e devem redobrar os esforços para a realização de objetivos da Econômica de Resistencia, de modo que a economia do Irã se transforme da dependência do petróleo para uma economia com base no valor agregado”.

Em outra parte de seu discurso, o Líder da Revolução Islâmica descreveu o encontro com as jovens elites como uma sessão doce e agradável que repleta de esperança para o futuro e os horizontes à frente e enfatizou que as elites são bênçãos divinas e gratidão deve ser estendida para Esta bênção, dizendo: "Eu acredito profundamente e fortemente em elites e jovens talentosos e as autoridades também devem perceber que temos elites que podem mudar o destino do país".  

Ele descreveu o progresso científico como pavimentação do poder do país e reiterou: "Apesar de seus resplandecentes antecedentes na ciência, nosso país ficou para trás no ramo científico durante o domínio de estrangeiros e esse déficit deve ser compensado".  

O Líder da Revolução Islâmica descreveu a eliminação da dependência como o principal caminho para evitar a ocidentalização do país e enfatizou que o progresso científico é um dos principais elementos para se libertar da dependência, reiterando: "Nenhum obstáculo deve ser criado no caminho do conhecimento científico e progresso tecnológico por vários aparelhos”. 

Citando as capacidades excepcionais do país, o aiatolá Khamenei descreveu os fundamentos científicos e tecnológicos do país, conforme apropriado, e expressou prazer com as medidas da Fundação Nacional Elites do Irã e do Departamento de Ciências do Escritório Presidencial, acrescentando: "Claro, não devemos esteja contente com essa extensão de progresso, porque temos um longo caminho a percorrer para atingir o ponto satisfatório”.   

Continuando, o Líder da Revolução Islâmica apontou para um ponto fundamental e disse: "Deveria haver tendências e atualizações no progresso científico para que estilos e métodos de gestão em várias administrações não fossem influentes neste caminho e no progresso científico de o país não esteja parado”.  

Aiatolá Khamenei também afirmou alguns pontos sobre questões relacionadas à ciência e à tecnologia.

"Aumentar a qualidade dos regulamentos das empresas científicas", "a necessidade de aumentar o orçamento para ciência e tecnologia", "a gestão correta dos recursos financeiros neste setor" e "a necessidade de promover a qualidade dos trabalhos científicos” foram pontos que o Líder da Revolução Islâmica apontou.  

Ele instou fortemente o departamento científico da Presidência e a fundação de elites a utilizar as capacidades dos aparelhos governamentais mais do que nunca. 

O Líder da Revolução Islâmica também disse: "Uma solução fundamental deve ser elaborada para a indústria do país, porque a indústria está afligida com a situação de montagem e, enquanto essa situação existe, a inovação não será atendida e a mobilidade e ciência também irão parar e, em tais condições, nenhum laço seria estabelecido entre as universidades e a indústria”.  


Ele apontou para a questão da necessidade de atribuir importância às atividades culturais no Departamento Científico do Escritório Presidencial e na Fundação Nacional de Elites e acrescentou: "Mais perigosos e amargos do que os assassinatos físicos nos últimos anos e alguns de nossos cientistas foram martirizados, é o cativeiro intelectual e cultural dos cientistas; portanto, as elites devem salvaguardar sua piedade”.  

Na parte final de suas observações, o Líder da Revolução descreveu as condições de hoje e a posição do país como a melhor oportunidade para a juventude impulsionar sua fé, fazendo esforços científicos para o progresso e a remoção de problemas, dizendo: "Eu Tenho certeza de que o Irã com estes seus jovens terá um futuro muito melhor, mais avançado e mais organizado”.

No início desta reunião, o Dr. Sattari, vice-presidente de assuntos científicos e tecnológicos e chefe da Fundação Nacional Elites, apontou a necessidade de uma mudança na abordagem econômica de uma economia baseada em petróleo para uma economia baseada em recursos humanos criativos, fiéis e autoconfiantes e disse: "Projetar um paradigma educacional bem-sucedido, a concentração em impulsionar as capacidades das elites e a atração de iranianos no exterior e a criação de rede de elite é uma das atividades e abordagens mais importantes da Fundação Nacional de Elites”.