Violação dos direitos humanos da ilusão à realidade (32 de 2017)
No programa de hoje falaremos sobre o crescimento do islamismo na Europa. A liberdade religiosa é um dos direitos humanos mais fundamentais consagrados na Declaração dos Direitos Humanos e outros instrumentos de direitos humanos, este tema está na história da proteção das minorias religiosas.
O direito, refletido na primeira lei nacional de direitos humanos, como a Declaração de Direitos Humanos e Cidadania da França e a primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, estavam na vanguarda do Movimento Universal para os Direitos Humanos.
Os mais importantes instrumentos internacionais de direitos humanos são a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto de Direitos Civis e Políticos, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos e a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. O artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece:
"Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos".
Hoje em dia, no entanto, nos países ocidentais, vemos que os muçulmanos são assediados e discriminados apenas pela sua crença a uma religião celestial. Os países ocidentais se consideram fundadores e praticantes de documentos básicos sobre direitos humanos, mas todos os dias há um aumento no número de ataques racistas e crimes de ódio religioso nesses países.
O que se enfatiza, é a responsabilidade dos governos ocidentais de proporcionar uma base adequada para desfrutar dos rituais religiosos e proteger o direito da liberdade religiosa. Infelizmente, as evidências e os relatórios continuam assinalando a crescente onda de agressão contra os muçulmanos nos países ocidentais.
O semanário Spiegel anunciou recentemente em um relatório que os resultados de uma pesquisa europeia mostram que os muçulmanos na Europa se sentem expostos a comportamentos ruins e inadequados por causa de sua religião. E que as mulheres muçulmanas na Europa são vítimas de assédio sexual. Além disso, sempre realizam estudos sobre a situação dos muçulmanos na Europa". Recentemente, o Instituto Bertelsmann anunciou que os muçulmanos na Europa estão bem coordenados, mas muitas vezes não são convenientemente aceitos.
A Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia realizou recentemente uma pesquisa sobre o nível de tolerância e tratamento dos muçulmanos na comunidade europeia. A agência realizou este estudo em 2016 em 15 Estados membros da UE e entre 10.500 muçulmanos imigrantes na União, quase metade deles teve a nacionalidade de seus respectivos países. O resultado desta pesquisa mostra que os muçulmanos na Europa estão inter-relacionados e se adaptaram bem à sociedade em que vivem. Aproximadamente 76% dos muçulmanos na Europa tinham essa opinião. Deste total, 39 por cento dos muçulmanos sentiram que estavam sendo discriminados nas sociedades europeias nos últimos 5 anos devido aos seus antecedentes de imigração. Em particular, os muçulmanos africanos são mais propensos a serem discriminados em termos de emprego ou habitação.
Uma porcentagem menor confirmou que é discriminado por causa de sua religião. É claro que o tem aumentado consideravelmente o número de muçulmanos que estão segregados nas sociedades europeias.
Os resultados da pesquisa mostram que os imigrantes de segunda geração na Europa estão mais assustados do que a primeira geração de segregação racial por causa de sua religião. Além disso, dão como exemplo a Alemanha como um país que está em meio à discriminação contra os muçulmanos, enquanto apenas 18% dos muçulmanos turcos sentiram discriminação racial no país e esta percentagem entre os muçulmanos provenientes da África é de 50%. Os resultados também mostram que, além da discriminação, cerca de 27% dos muçulmanos na Europa reconheceram ser assediados e agredidos. Enquanto isso, as mulheres muçulmanas, especialmente com os véus islâmicos, relataram hostilidade e ataques físicos. Os 16 por cento dos muçulmanos que participaram da pesquisa se queixaram do controle policial, entre eles, os jovens mais do que velhos e os homens mais do que as mulheres. Desses, 42% acreditam que esses controles foram devidos às suas origens nativas e imigrantes.
Por suposto, cabe de salientar que, lamentavelmente, as atividades de grupos terroristas Salafitas e dos grupos que cometeram numerosos crimes em nome do Islã afetaram a perseguição de muçulmanos verdadeiros e pacíficos. Segundo a agência de notícias da Anatólia, os crimes relativos ao ódio aos muçulmanos, causados pela discriminação e preconceito contra os muçulmanos na Europa, atingiram 6811 em 2015 em vários países europeus. Da mesma forma, no relatório do "Escritório de instituições democráticas e direitos humanos" dependente a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), intitulado "Relatório de crimes de ódio de 2015", destaca o aumento desses crimes e o mais proeminente é a violação contra mulheres com véu e a queima de mesquitas em países europeus.
O relatório descreveu a situação recente e a propagação do ódio contra os muçulmanos. A maioria dos crimes de ódio ocorreu no Reino Unido, particularmente na Inglaterra e no País de Gales, então no ano passado houve 2581 abusos cometidos contra muçulmanos. As duas organizações da sociedade civil "MEND" e "Tell MAMA", que atuam na pesquisa sobre o aumento dos crimes de ódio, citam a quantidade de crimes. De acordo com as duas organizações, entre esses crimes se pode mencionar, jogar uma mulher com véu a frente de um trem, agredir algumas mulheres veladas, incendiar mesquitas, atacar a um "Centro Cultural Islâmico" e destruir túmulos e lugares sagrados de muçulmanos.
Em 2015, a Alemanha testemunhou da ocorrência de 2447 casos de "racismo e ódio contra estrangeiros". Em 2014, havia 2339. As violações mais óbvias que o país germano testemunhou no ano passado foram agressão física contra pessoas e a queima de mesquitas.
França tem testemunhado quase o triplo crime de ódio contra os muçulmanos durante o ano passado em comparação com 2014, 460 em 2015 em comparação com 153 em 2014. No relatório foram descritos como "golpes", "queimaduras", "roubo" e "atos subversivos e ameaças".
Nos Países Baixos, esses crimes também aumentaram consideravelmente. A polícia holandesa registrou 439 crimes de ódio contra os muçulmanos no ano passado e 24 em 2014. O relatório também fornece evidências de outros países europeus. O crescimento de grupos racistas e nacionalistas na Europa e a sua entrada nos Parlamentos tem desempenhado um papel no aumento dos ataques contra os muçulmanos na Europa. Nos últimos anos, os homens da extrema-direita ganharam posições políticas importantes e apoio ao racismo tem agravado o ataque contra imigrantes e minorias muçulmanas. Os crimes de ódio religioso têm crescido constantemente desde 2012. Segundo os instrumentos de direitos humanos, todos os países têm o dever de proteger a liberdade religiosa.
Entrevista: Sr. Maki
A islamofobia tornou-se um fenómeno comum nos países europeus. A religião, que é fonte de paz, justiça e convivência de seguidores de todas as religiões, por causa das políticas que beneficiaram os governos, promove o extremismo ocidental, a violência e o terrorismo. O Islã, com mais de um trilhão e meio de seguidores no mundo, foi vítima das políticas anti-muçulmanas dos governos ocidentais devido aos equívocos e percepções e interpretação incorreta dos grupos extremistas takfiris e terroristas dos ensinamentos do Islã, sabendo que mesmo os muçulmanos de hoje são as maiores vítimas dos grupos takfiris e terroristas. O Iraque, a Síria e outros países islâmicos estão enfrentando uma crise fabricada por governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos e o Reino Unido que agora também estão afetados com problemas causados por grupos takfiris e terroristas.
A ideologia de todos os movimentos takfiris é o culto Wahhabita da Arábia Saudita, um aliado estreito e estratégico dos Estados Unidos e dos governos europeus. O anti-islamismo no Ocidente e as correntes takfiris e terroristas são dois lados da mesma moeda. Os governos ocidentais procuram deliberadamente destruir a imagem pacífica e justa do Islã e introduzir a mente da opinião pública que os grupos takfiris e terroristas são resultados dos ensinamentos do Islã para o seu povo.
Apesar da retirada de alguns takfiris e grupos terroristas como Daesh da política dos governos ocidentais, eles ameaçam com a continuação de seus ataques terroristas contra a Europa.
Os governos europeus, embora falem sobre a luta contra esses grupos, no entanto, não têm uma vontade séria de lutar contra esse fenômeno e continuam seu apoio a esses grupos sob diferentes títulos e capas. De fato, a política antiterrorista dos governos ocidentais baseia-se na política anti-muçulmana e na limitação adicional dos muçulmanos e na eliminação do Islã da lei da liberdade religiosa nas sociedades ocidentais.