Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade (37-2017)
Neste programa, falaremos sobre o caso de abuso sexual das mulheres nos países ocidentais que aconteceram mesmo no Parlamento do Reino Unido e no Parlamento Europeu.
Apesar das alegações dos países ocidentais sobre a liberdade das mulheres e a igualdade de gênero na esfera social, especialmente o emprego das mulheres, as mulheres nesses países enfrentam um grande problema que é o assédio sexual por seus colegas do sexo masculino.
O abuso sexual feminino não se limita aos empregos de baixa renda, mas os países ocidentais enfrentam esse problema mesmo em cargos superiores. São considerados os impactantes relatórios sobre o assédio sexual feminino por funcionários políticos e até mesmo por pessoas que ocupam cargos no Parlamento e no governo.
No início do programa, vamos ouvir as palavras do Sr. Morteza Makki, nosso analista nos assuntos da Europa e dos EUA.
Após a revelação do escândalo sexual do conhecido produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, esses escândalos se expandiram a outras partes das comunidades ocidentais. Mesmo alguns meios de comunicação ocidentais fizeram campanha para que as mulheres falassem de seus abusos sexuais. Algumas das confissões são muito impressionantes. Nesse sentido, certas instituições e centros de pesquisa publicaram os resultados de seus estudos, que mostraram o outro lado da moeda das comunidades civilizadas ocidentais. Somente em uma dessas pesquisas, 47% das mulheres alemãs confessaram ter sido alvo de assédio sexual. As comunidades ocidentais sempre defendem a igualdade de gênero e o respeito pelos direitos das mulheres na sua melhor forma. Mas as realidades demonstram outra coisa. De acordo com os estudos realizados, o assédio sexual no Ocidente não se limita a um grupo ou classe especial. Quase todas as mulheres, em todos os níveis e posições de trabalho baixas ou altas, estão ao alcance do abuso sexual.
Por exemplo, representantes e trabalhadores dos parlamentos do Reino Unido, da França e do Parlamento Europeu também falaram sobre abuso sexual por parte de seus colegas. O movimento feminista nasceu na Europa e seu objetivo é defender os direitos das mulheres e a igualdade entre mulheres e homens. Mas os defensores desse movimento, ao invés de fornecer seus direitos, os tornaram ainda mais vulneráveis.
Deus Todo-Poderoso criou mulheres diferentes aos homens e definiu diferentes tarefas para cada um deles. Mulheres e homens não são iguais, mas se completam. Por esta razão, existem fronteiras entre mulheres e homens. O instinto sexual é um dos instintos naturais e Deus o criou para continuar as gerações de seus crentes. A diferença entre o ser humano e animal é que Deus definiu o caminho e o método legítimo para responder ao instinto sexual, que é o casamento e a formação da família como base das sociedades humanas. O contato sexual fora do centro da família (adultério) é contrário à moralidade humana e natural e é considerado ilegal e proibido em todas as religiões divinas e não divinas. Uma das maneiras de manter o autocontrole é respeitar os princípios morais. A propagação do assédio sexual contra mulheres no Ocidente e dos altos níveis das elites políticas e artísticas, e mesmo ao nível dos sacerdotes eclesiásticos, é o resultado do colapso da moralidade nas sociedades materialistas do Ocidente.
De acordo com as investigações mais recentes, um antigo membro do Gabinete britânico, depois de recusar o pedido de uma jovem mulher para trabalhar em seu escritório, enviou-lhe mensagens sexuais. Stephen Crabb, que trabalhou no ano passado no partido conservador, aceitou que depois da entrevista de trabalho com uma mulher, havia dito palavras incorretas e enviado mensagens inapropriadas. O amigo desta mulher testemunhou que Crabb, pai de dois filhos, queria manter relações sexuais com ela e acusou o deputado de abusar de sua posição. Crabb alegou ter se encontrado com essa mulher em várias ocasiões e que nada aconteceu entre eles, apenas a troca de mensagens reciprocas. Recentemente, a rede de notícias da BBC informou sobre as altas taxas de assédio feminino no local de trabalho e educação no Reino Unido. Segundo a BBC, 53% das mulheres e meninas britânicas sofreram assédio sexual ou violação.
Por outro lado, os conselheiros do partido conservador no Reino Unido abriram um caso que incluía os detalhes sobre o comportamento inadequado e até mesmo os crimes morais dos membros do partido no local de trabalho.
Alguns membros do Parlamento britânico são acusados de assédio sexual no local de trabalho e de algum comportamento indecente com as mulheres, e mesmo em um caso, o perpetrador pagou as vítimas para permanecer em silêncio.
O diário britânico The Times escreveu em um relatório que dois representantes do partido conservador e dois representantes do partido trabalhista da oposição assediaram as mulheres. O abuso sexual inclui o envio de mensagens inapropriadas ou relacionamentos indecentes com jovens pesquisadoras. A notícia é publicada enquanto se espera que nos próximos dias se publiquem ainda mais notícias sobre assédio sexual de trabalhadores por representantes de ambos os partidos políticos britânicos.
O líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, em um discurso recente e em reação a escândalo relativo ao assédio sexual no Parlamento de Westminster disse que o abuso sexual aumentou no Parlamento. Ele criticou a perversa cultura que permite que os homens abusem de sua imunidade diplomática para assediar mulheres. Essas declarações foram feitas após a publicação de relatórios com base no fato de que pesquisadores e assessores do Parlamento usam um grupo na WhatsApp para compartilhar dados relacionados aos perpetradores de abuso sexual. Neste grupo, sempre advertem sobre os maus tratos de alguns membros do Parlamento com os trabalhadores. Foram observados os nomes das autoridades de alto nível dos partidos trabalhistas e conservadores neste grupo.
Em seu discurso, Corbyn disse: O abuso sexual de mulheres não é limitado em uma indústria ou entidade. Este problema está enraizado na desigualdade de poder que é trata mulheres como pessoas subordinadas aos homens. Este problema não vai terminar com um confronto com pessoas que abusaram de mulheres, mas está relacionada à cultura que tem suportado até agora o abuso sexual. Esta perversa cultura avançou nos corredores do poder, como Westminster.
O primeiro-ministro britânico, Theresa May, prometeu expulsar qualquer ministro envolvido no abuso sexual de mulheres. Ela também afirmou que depois de revelar os nomes dos principais partidos políticos do país que cometeram o assédio sexual contra as mulheres, tomaremos medidas sérias para proteger os funcionários de Westminster.
Nesta lista, também vemos os nomes de dois ministros do governo britânico, acusados de comportamentos inadequados com as mulheres, bem como os nomes de 18 membros do partido conservador, acusados de abuso sexual de mulheres. Alguns parlamentares também são acusados de comportamento inadequado com mulheres investigadoras e até com pesquisadoras. Em uma carta dirigida ao presidente da Câmara dos Deputados, John Bercow, Theresa May pediu-lhe que criasse um sistema de atenção aos funcionários do parlamento que precisassem denunciar o comportamento inadequado dos políticos.
Os funcionários do Parlamento britânico sugeriram que esses serviços aparecem no contrato dos empregados. No entanto, os parlamentares são recrutados diretamente por representantes que certamente não concordarão com esta proposta. Teresa em sua carta escreveu que, se um parlamentar não cumprir as instruções, isso significa que o processo de trabalho não possui requisitos suficientes. Creio que essa situação já não é tolerável, disse ela.
O abuso sexual de mulheres existe inclusive no Parlamento Europeu, e as mulheres neste órgão são vítimas de assédio sexual masculino. Na semana passada, uma legisladora disse ao Parlamento Europeu que ela foi abusada sexualmente como milhões de outras mulheres ao redor do mundo.
O presidente do Parlamento Europeu, António Tajani, diz: desde 2014 até à data, apenas houve 10 denuncias contra deputados por assédio sexual. No entanto, os parlamentares negam isso e dizem que a maioria das deputadas foi abusada sexualmente, mas permanecem em silêncio para manter sua honra.
No entanto, os parlamentares ainda não entenderam a sensibilidade desta questão. Yannick Jadot, um deputado francês, diz: já criticamos um dos deputados por abusar de uma porta voz do partido e pedimos que ele não repita esse tipo de ação novamente. Os parlamentares acreditam que os políticos mais progressistas ainda não entendem os efeitos devastadores do assédio sexual sobre as mulheres, e é por isso que não esperamos mais dos homens como o representante polonês, que já havia declarado que as mulheres não desfrutam de tanta inteligência como homens. O deputado polonês, Janusz Korwin-Mikke, disse que "Algumas mulheres gostam de ser humilhadas, e outras não gostam, os homens, naturalmente, sabem que tipo de mulheres podem abordar e de qual grupo eles têm que fugir".
Nesse sentido, o ponto de vista dos homens sobre as mulheres, mesmo em níveis elevados, é impressionante, um ponto de vista que, apesar das atividades em curso dos defensores dos direitos das mulheres e feministas, demonstra o olhar instrumental a uma mulher. O relatório e as declarações anunciadas pelos representantes do Parlamento Europeu mostram que a dignidade e o valor das mulheres são ignorados no Ocidente, um olhar sobre a história da Europa e a entrada de mulheres na sociedade em processo de industrialização e o uso instrumental das mulheres na publicidade para a venda de bens deixam claro a raiz de tais comportamentos com mulheres no ano de 2017.
Isso é enquanto a religião islâmica no século XIV enfatizou a questão de manter a dignidade e a proeminência das mulheres na família e na comunidade, criticou a humilhação e a discriminação contra as mulheres. Do ponto de vista do Alcorão, o homem e a mulher compartilham uma percepção que é a humanidade. Ser um homem e ser uma mulher são as características desta realidade que surgiram com diferentes personagens para completar a criação, e o privilégio de cada um sobre o outro é ter reverência divina. O grande profeta do Islã, durante sua vida, se comportou com sua filha, da melhor maneira e com muito respeito, o que deveria ser um exemplo para os outros. O Profeta do Islã, para demonstrar na prática a dignidade das mulheres, respeitou tanto a sua filha Azzahra (a paz seja com ela) que as pessoas ficaram surpresas. O Profeta não só respeitou Azzahra, como, em várias ocasiões, recordava aos seus companheiros de respeitar as meninas.