Dez. 16, 2017 04:16 UTC
  • EUA, Israel e os seus aliados regionais procuram semear a discórdia entre os muçulmanos/ponto de vista do líder da revolução no encontro com os participantes da Conferencia Internacional da Unidade Islâmica

O líder da revolução islâmica do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei, recebeu na quarta-feira, 15 do mês iraniano de Azar (6 de dezembro de 2017), em uma audiência os participantes da Conferencia Internacional da Unidade Islâmica.

Em uma reunião com os chefes dos três ramos do poder, um grupo de funcionários de governo, embaixadores de países muçulmanos e participantes da Conferência Internacional da Unidade Islâmica por ocasião do auspicioso aniversário de nascimento do honrado profeta do Islã, o Muhammad (Paz seja sobre ele) e Imam Jafar Assadiq, o sexto Imã xiita, o  líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei afirmou que superar aos problemas domésticos, regionais e globais depende de como seguir os ensinamentos do último profeta e reiterou: "Se o mundo do Islã quiser assegurar o poder e a glória, deve buscar a unidade e a firmeza".    

Felicitando o aniversário do nascimento do Profeta do Islã, Hazrate Mohammad (P.E.C.E) e o sexto Imã dos muçulmanos xiitas, Imam Jafar Assadiq (SA), aiatolá Khamenei desejou que estes dias “nos ajudassem a compreender melhor a responsabilidade e o caminho que tínhamos diante de nós no que diz respeito ao cumprimento da bênção do Profeta. Ele também fez declarações importantes sobre a situação atual no mundo islâmico e o problema de Al-Quds.

Qualificando o nascimento auspicioso do Santo Profeta como um ato da misericórdia de Deus, o líder recordou que o Alcorão apresenta o profeta Mohammad como uma benção para toda a humanidade. "Esta misericórdia é concedida aos seguidores desta grande personalidade e aqueles que aceitam seu caminho e suas orientações se beneficiarão da misericórdia divina. Deus diz: "... Minha clemência abrange tudo, e a concederei aos tementes (a Allah) que pagam o zakat, e crêem nos Nossos versículos. São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e seu Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e lhes proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que os deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados"(versículos 156 e 157 da surata Al-Araf).

O santo Profeta trouxe a pureza a todo o mundo. Ele trouxe a salvação a pessoas, as resgatando das trevas da ignorância. O que o Santo Profeta se apresentou à humanidade e não inclui nem exclui um grupo específico de pessoas, ele pertence a toda a humanidade. Aqueles que o seguem e lhe obedecem, se beneficiam disso. O santo Profeta ajuda as pessoas a romper jugues presos aos seus pescoços, mãos e pés, como as dependências que os impedem de avançar e se libertar, o que distanciá-los da espiritualidade e cria uma vida amarga para o ser humano. A este respeito, o aiatolá Khamenei apontou que Hazrate Mohammad se enfrentou e lutou contra os grilhões de vários tipos de escravidão, como tirania e arrogância de poderes, distinções de classes, aristocracias cruéis e outras aflições e assegurou que as nações podiam continuar esse caminho enquanto permaneciam firmes e mostrar resistência.

Em referência aos grandes complôs que estão tramando as superpotências contra a Ummah islâmica, o aiatolá Khamenei assinalou que era possível se opuser a essas conspirações e frustrá-las. Recordou a história do profeta Moises (SA) e do Faraó que se relata no Alcorão Sagrado. Enquanto Faraó era poderoso e tinha talento, armas, dinheiro e tudo mais à sua disposição, Moises estava sozinha, fez este pedido a Deus de uma maneira suplicante: E Moisés disse: “Ó Senhor nosso, tens concedido ao Faraó e aos seus chefes esplendores e riquezas na vida terrena e assim, ó Senhor nosso, puderam desviar os demais da Tua senda. Ó Senhor nosso, arrasa as suas riquezas e oprime os seus corações, porque não crerão até verem o doloroso castigo”. Então Allah o exaltou e disse em resposta: " Disse-lhes (Allah): Vossa súplica foi atendida; apegai-vos, pois, à vossa missão e não sigais as sendas dos ignorantes”(versículos 88-89 da surata Jonas).

O aiatolá Khamenei descreveu os EUA, o regime sionista, os reacionários e vassalos dentro do mundo muçulmano dependente aos poderes arrogantes como os faraós do mundo atual e recordou que todos eles não hesitam em esforçar contra o Islã e contra o caminho do santo Profeta. "De fato, os faraós de hoje tentam criar guerras e discórdias no oeste da Ásia e envolver os muçulmanos na divisão e provocar um contra o outro, visando a segurança do regime sionista e para que ele possa viver em segurança e uma vida cômoda. Estão fazendo isso para evitar que os muçulmanos progridem, querem que o corpo da Ummah islâmica derrame sangue até que seja fraco e inconsciente e perca toda a sua resistência. O  único caminho de lutar é o que apresenta o Alcorão.

Líder da Revolução Islâmica disse que hoje em dia, infelizmente, existem alguns governantes e personalidades de elite na região que dançam ao ritmo dos Estados Unidos e fazem o que querem e os chamam de inconscientes e aconselhou não segui-los. "Não temos motivo para se contrariar com os governos muçulmanos. Nós acreditamos na unidade. Agradecemos a Deus por ajudar a República Islâmica e o povo do Irã a criar unidade e fraternidade entre todos os seus irmãos muçulmanos das diferentes escolas islâmicas. No entanto, contra esse movimento que busca e está interessado na unidade, existem algumas pessoas que tentam criar discórdias e guerras, de fato, a sua tarefa é seguir as políticas dos EUA na região ".

Ele reiterou: "Para os seguidores dos norte-americanos na região, a nossa fala é um conselho, embora não tenhamos a intenção de responder a alguns idiotas, nós aconselhamos que  servir os tiranos globais vai ajudando o seu próprio detrimento e, como o Alcorão, a colusão com os déspotas não tem mais resultado do que a destruição ".

Segundo o Líder, o caso do takfirismo é o resultado do trabalho de alguns mercenários inimigos. "O inimigo queria isso, o inimigo queria travar uma guerra entre xiitas e sunitas, mas o Louvor pertence a Deus que fez nossos inimigos ignorantes". A quantidade de sunitas que Daesh matou na região foi maior que os xiitas! Isso indica que, na realidade, é o inimigo de todos os muçulmanos, afirmou aiatolá Khamenei, explicando que “nosso confronto com as forças takfiris foi um confronto contra a opressão e distorção do Islã. Foi uma luta contra um grupo bárbaro que não sabia nada sobre moralidade ou civilização islâmica ou sobre a verdade do Islã (os terroristas Takfiri) queimavam e matavam pessoas vivas, mantinham em cativeiro as famílias muçulmanas e estavam envolvidas em todos os tipos de corrupção, incluindo a corrupção política, sexual, financeira. Eram agentes dos Estados Unidos e do sionismo, e dos seus seguidores, onde quer que estejam também são agentes dos Estados Unidos e do sionismo. Esta é uma realidade, nos levantamos contra eles. Se o mundo do Islã queira alcançar a dignidade, não se deva esquecer a unidade, a solidariedade e a unanimidade.  Se o mundo do Islã quer alcançar o poder e a dignidade, deve enfrentar o sionismo ", afirmou o líder iraniano.

Em outra parte da sua alocução, o aiatolá Khamenei referiu-se ao caso palestino e declarou: "Hoje, a questão palestina está no topo dos assuntos políticos do mundo do Islã e da Ummah islâmica, somos todos responsáveis ​​pela defesa da Palestina e da liberdade da nação palestina e devemos lutar e trabalhar para esse fim". Sobre o desespero do inimigo a este respeito, ele reiterou: "Quando eles afirmaram que queriam declarar Al-Quds como a capital do regime sionista, isso é um sinal de sua incompetência e incapacidade". Sem dúvida, ao fazê-lo, receberão um golpe muito duro e o mundo do Islã se levantará contra eles, o inimigo definitivamente não conseguirá alcançar o resultado desejado na questão Palestina e a Palestina será liberada. Não há dúvida de que a Palestina será liberada. “Isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde, mas definitivamente acontecerá e a luta da nação islâmica para a libertação da Palestina terá fruto, se Deus quiser “, afirmou o líder iraniano.

Em seguida, o aiatolá Khamenei fez referência à incomparável resistência do povo iraniano e declarou: "Felizmente, o povo do Irã conseguiu superar caminhos difíceis com fé, persistência e resistência. Todo o mundo, tanto nossos amigos como nossos inimigos em todo o mundo deveriam saber que, no decorrer dos 38 anos após a vitória da Revolução, surgiram problemas no caminho que tomamos que se fossem contra outras nações ajoelhavam perante estas pressões, mas esses problemas não conseguiram se curvar o nosso povo. No entanto, a partir de agora, os problemas que o povo iraniano enfrenta, serão definitivamente menores e mais fracos, uma vez que a sua capacidade e poder são muito mais do que o passado".

Finalmente, ele enfatizou: "Vamos derrotar todos os problemas com o favor de Deus, o inimigo não conseguirá arrastar o povo do Irã para a derrota e forçá-los a recuar ...; Com a benção de Deus, podemos superar todos os problemas, mostrar a dignidade islâmica a todas as nações do mundo e elevar a bandeira da dignidade islâmica sobre os picos mais altos, se Deus quiser ", concluiu o líder iraniano.

 

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