Jan. 25, 2018 10:20 UTC
  • As opiniões do Líder da Revolução Islâmica do Irã (na reunião com os participantes da 13ª Conferência da União Parlamentar da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI)

Pars Today - Em uma reunião com os convidados da 13ª Conferência da União Parlamentar da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), o Líder da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei, enfatizou que o mundo muçulmano deveria declarar de forma explícita e aberta sua posição sobre questões fundamentais e observou que a Palestina e a Unidade no mundo islâmico estão entre essas questões fundamentais.

Na terça-feira, 16 de janeiro, realizou-se em Teerã a XIII Conferência da União Parlamentar da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC), a segunda organização intergovernamental após as Nações Unidas, formada com base em um acordo alcançado na cúpula dos Países islâmicos com a participação de 57 países com o objetivo de consolidar os laços de fraternidade e solidariedade entre os Estados islâmicos e proteger interesses comuns.

A conferência deste ano, que contou com a participação de 17 presidentes parlamentares e 14 vice-presidentes, bem como delegações em nível dos chefes de comissões e representantes dos países islâmicos, abordaram questões como o desenvolvimento da cooperação econômica e comercial, o terrorismo e a participação de Estados Unidos na criação de turbulências na segurança das diferentes regiões; bem como questões como o Islã e a invasão de Al-Quds.

O aiatolá Khamenei destacou nesta reunião que "uma das questões principais e muito importantes do mundo islâmico é "esforçar-se para alcançar o progresso científico", e a experiência da República Islâmica mostrou que é possível promover o nível científico e situar-se nas fronteiras da ciência em setores importantes por meio de esforços e confiar nos jovens”.

 Ele também observou a responsabilidade religiosa e histórica dos países e estada muçulmanos em relação ao desenvolvimento das comunidades e, nesse sentido, sublinhou: "O mundo islâmico deve desempenhar um papel nas questões importantes e fundamentais de atualidade e não permitir a repetição da amarga experiência das últimas décadas do domínio dos poderes e suas consequências no longo prazo”.

O Líder da Revolução Islâmica, depois de cumprimentar os chefes e representantes dos países islâmicos, enfatizou a importante posição dos parlamentos dos países islâmicos e enfatizou que os órgãos legislativos podem estabelecer claramente as necessidades e os desejos da nação islâmica em o mundo. "Hoje, o mundo inteiro, e não apenas da Ásia ocidental, está no processo de desenvolvimentos importantes (portanto) devem desempenhar um papel dessa maneira". Para isso, ele acrescentou que é necessário usar esta importante posição para o dever religioso e histórico e se referiu aos duros golpes sofridos pelo mundo islâmico após os eventos após a Primeira Guerra Mundial. Neste ponto, ele elaborou: "Após a Primeira Guerra Mundial, o mundo muçulmano estava dividido e aqueles que não tinham direito civis, não tiveram nenhuma indemnização, oeste da Ásia e o norte da África foram dominados sem nenhuma razão, sem nenhuma referencia, e seus efeitos em longo prazo permaneceram no mundo islâmico, não se deve permitir que se repetissem incidentes semelhantes.  

O aiatolá Khamenei também advertiu que "o perigoso império da propaganda ocidental, liderada principalmente por sionistas, não deve permitir ignorar as questões-chave do mundo muçulmano e eliminar os principais problemas da comunidade islâmica". Assinalou que a questão palestina tem prioridade sobre todas as outras questões no mundo muçulmano. "Sobre a questão da Palestina, ocorreram três incidentes, a saber, a ocupação da terra, a expulsão em massa de milhões de pessoas e o massacre e o maior crime contra a humanidade. Essa opressão não tem precedentes na história”, ressaltou.

Ele disse, também, que a defesa da Palestina é responsabilidade de todos. "Não se deve assumir que o confronto com o regime sionista seja inútil, sim, pela graça e favor de Deus, as lutas contra o regime sionista darão frutos, assim como o movimento de resistência progrediu em comparação com os anos anteriores" , lembrou o aiatolá Khamenei.

 O Líder da Revolução Islâmica enfatizou que "houve um dia em que os sionistas entonavam o slogan "Do Nilo ao Eufrates", mas agora foram obrigados a construir um muro para se protegerem". Além disso, sobre os EUA acrescentou que foi muito longe de mais adotar a medida recente sobre Al-Quds (decisão de Washington de reconhecer Al-Quds como a capital do regime israelense). "Eles não serão capazes de fazer tal coisa e seus esforços serão em vão", disse aiatolá Khamenei.

O líder da Revolução Islâmica reiterou: "Os governos da região que estão ajudando os americanos e estão cooperando com o regime sionista para combater os irmãos muçulmanos estão cometendo uma traição direta como os sauditas estão fazendo".

Em outra parte de seu discurso, o aiatolá Khamenei descreveu a "unidade no mundo muçulmana” como outra questão importante e, nesse sentido, disse: "Acreditamos que a unidade no mundo islâmico, que goza de uma grande população e abundantes instalações e um estado muito crucial no mundo, pode pavimentar o terreno para a formação de um grande e influente poder e até mesmo dissemos a quem nos mostra a hostilidade aberta que estou pronta a tratá-los de maneira fraterna, mesmo que não tenham essa abordagem".

Ele enfatizou a necessidade de criar sinergia entre os estados muçulmanos, porque em sua opinião, "disputas, guerras e derramamentos de sangue no mundo muçulmano, cuja principal causa são os americanos e os sionistas, não devem permitir abrir caminho para a criação de uma margem de segurança para os sionistas e seu regime”.

O Líder da Revolução Islâmica considerou "os esforços para alcançar o progresso científico" como uma das questões e exigências mais importantes do mundo muçulmano. Sobre este assunto, ele explicou: "Usando a ciência, o mundo ocidental garantiu o poder e a riqueza internacionais e conseguiu dominar o mundo, mas porque não tinha fé ou fundamentos, a ciência levou à opressão, hegemonia e exploração, portanto, o mundo do Islã deve trabalhar para alcançar o progresso científico para libertar-se dessa dominação e é possível fazê-lo”, afirmou.

Aiatolá Khamenei referiu-se à experiência bem sucedida do Irã sobre o tema do progresso científico para reiterar que "o Irã islâmico, ao confiar na sua juventude, no momento em que foi sujeito a sanções, conseguiu se colocar nas fronteiras da ciência em sectores importantes, enquanto anteriormente estava atrasado nestas áreas”.

"Hoje, os jovens iranianos alcançaram grandes realizações em medicina, nanotecnologia, células-tronco e ciência nuclear", afirmou o líder.

Além disso, abordou a questão de "expor as alegações mentirosas do Grande Satanás, isto é, os Estados Unidos" que defende os direitos humanos. "O indivíduo a frente dos EUA hoje declara as posições deste país de forma muito explícita e aberta, de fato, seus predecessores também mantiveram essas posições, mas não as declararam de forma tão explícita e o exemplo desta posição é o seu comentário recente sobre África e América Latina e outras raças, que é claramente um caso de violação dos direitos humanos, portanto, essas declarações falsas devem ser desmascaradas”, disse aiatolá Khamenei.

Disse também que outra das afirmações falsas do governo dos EUA é a luta contra o terrorismo. Sobre este ponto, acrescentou: "Os americanos cantam slogans antiterroristas enquanto apoiam abertamente o regime terrorista sionista e, além disso, com a chegada do atual presidente dos EUA, durante seu mandato e até mesmo de sua campanha eleitoral, tornou-se evidente que estão por trás da criação de Daesh e que apoiam esse grupo até o último suspiro”.

Aiatolá Khamenei sublinhou a necessidade de acompanhar os pontos mencionados na resolução final da 13ª Conferência da União Parlamentar da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC) e ajudar a fazê-los a realizar. "O que recomendamos e o com que insistimos são os casos que nós próprios colocamos em prática e conseguimos resultados", afirmou.

 Ele também citou a resistência da nação iraniana contra a guerra econômica dos inimigos como uma dessas instâncias e acrescentou que as sanções são partes desta guerra econômica, que perpetuaram por muitos anos e se intensificaram ao máximo e que ainda persistem até hoje; No entanto, a nação iraniana resistiu e não foi derrotada e hoje está transformando essas sanções em um meio para florescer”.

O Líder da Revolução Islâmica descreveu a "democracia religiosa" como outra experiência bem sucedida da nação iraniana e facilitando o crescimento espiritual e material. "Com a ajuda de Deus, a nação iraniana frustrou os complôs americanos até agora e as frustrará de agora em diante também", disse aiatolá Khamenei.

Aiatolá Khamenei encerrou seu discurso, expressando a esperança de que "o movimento bem sucedido e crescente da nação iraniana se tornará um motivo para o fortalecimento da comunidade muçulmana contra os poderes hegemônicos".

Tags